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Paulla Helena Silva de Carvalho*
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Comemoração também nos remete a festejar. Ou seja, comemora-se alegremente e, por esse motivo – e utilizando o título de uma obra de Snyders – pergunto: onde está a “alegria da escola”, para que possamos comemorar? Uma coisa podemos saber: a alegria da escola não está somente em paredes coloridas, cadernos novos, bolas e parquinhos com areia. A alegria da escola está em ensinar! Ou seja, cumprir sua função social: a socialização dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, como forma de formação e elevação cultural das massas. No dia em que tal função seja reconhecida socialmente como importante, para além da informação fragmentada e técnica do aluno ou da redução de seu papel a um mero espaço de convivência, poderemos comemorar muito.
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Para que isto ocorra, existe um processo de conquistas muito grande. Entre os pontos mais comentados está a melhoria da condição concreta do trabalho do professor, no que tange desde sua formação com qualidade, até seu salário, o número de alunos por turma. Por isso, não devemos tampar os olhos diante do fato de que verdadeiramente a educação nunca foi prioridade no Brasil, como já afirmava Faoro, embora esteja sempre presente nos discursos dos políticos. Pois, para enfrentar um problema, temos que reconhecê-lo como tal e não só comemorar sem entender sobre quais circunstâncias a festa se dá!
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Por isso é que no dia 15 de março dou parabéns aos que compreendem esses elementos que envolvem a educação e a escola brasileira – e mais ainda aos que corroboram em defesa de uma educação de qualidade para todos!
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* Paulla Helena Silva do Carvalho, professora e coordenadora do curso de Pedagogia da UniBrasil, é mestre em educação.
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Fonte: Jornal do Brasil on line
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