sexta-feira, 18 de março de 2011

Instituições de ensino em BH criam regras para uso do celular em sala

17 de março de 2011

Colégios e faculdades adotaram medida para não atrapalhar a aula; mas existem alunos que desrespeitam a regra. Atender celular dentro da sala é proibido em algumas instituições de ensino em Belo Horizonte. Em um centro universitário, no bairro Estoril, Região Oeste de BH, existem placas que alertam sobre o assunto, mas mesmo assim a aula vive sendo interrompida.

A professora Samira Domingos disse que, em média, por dia, tocam três celulares durante a aula dela. “E toca na maior altura. Desconcentra totalmente, ainda mais que a minha aula é de exatas. Quando então a gente está no meio de uma continha, aí que desconcentra totalmente”, disse rindo. A professora falou que o celular de um aluno já havia tocado. Alexandre Veloso levanta a mão e se identifica. “Geralmente eu deixo no silencioso, mas eu me esqueci dessa vez”, justificou a ligação da namorada.

Em caso de reincidência, o estudante pode ser punido. A primeira punição para o aluno é o caso de uma advertência. Se isso permanecer aí sim a gente tem a suspensão. Essa suspensão, conforme a nossa resolução, é de três dias. Isso é um caso extremo”, comentou o assessor acadêmico da reitoria, Everton Reis. A regra permite que o aluno saia da sala para atender o telefone. O uso do notebook é autorizado, desde que o conteúdo acessado na internet seja adequado à matéria.

Crianças

Nas escolas de ensino fundamental e médio o controle é maior. Em uma na Região da Pampulha, quem for flagrado usando qualquer aparelho eletrônico durante a aula, é advertido pelo professor e, se insistir, pode ser encaminhado à sala da direção. “A gente vai agir de uma forma mais severa, provavelmente chamando os pais e encontrando outras formas de educar o aluno”, apontou o diretor do colégio, Daniel Machado. “Mas o telefone dos adolescentes ainda toca e as discretas mensagens de texto fazem parte da rotina do colégio”, completou.

Os pequenos também estão ligados nas novas tecnologias, mas eles dão o exemplo. Gabriel Lacerda, 10 anos, disse que tem câmera fotográfica, ipod e celular, mas que o pai dele não deixa levar para a aula. E quem trás usa com bom senso. Ana Luisa tem um celular, mas ele passa a manhã toda desligado. “Só uso ele depois da aula, quando eu vou ligar para o meu pai, minha mãe ou irmão. Não pode usar o celular em sala de aula porque tira a atenção e pode atrapalhar os outros alunos”, exemplificou a garota.

Fonte: G1

Menor dá tiro dentro de sala porque colega furou fila

Tiro ocorreu de fora acidental e por sorte ninguém se feriu

Da Redação - 17/03/2011 - 20:53

Três adolescentes foram apreendidos após um deles disparar um tiro no interior da sala de aula, nesta quinta-feira (17). A ocorrência foi na Escola Estadual Maria Amélia Guimarães, no Bairro Pirajá, na Região Nordeste de Belo Horizonte.

Segundo informações da Polícia Militar, um garoto de 14 anos estava com o revólver, que seria do pai dele. Ele se desentendeu com um colega, de 16 anos, que teria furado a fila do bebedouro, no corredor da escola. Na sala de aula, com o professor dentro, ele sacou a arma para ameaçar o desafeto e a disparou, acidentalmente. O tiro não acertou ninguém.

O suspeito, com ajuda de dois colegas, teria jogado o revólver por uma janela. A PM foi acionada e os garotos apreendidos. A vítima de 16 anos confirmou à polícia que passou na frente do colega na fila. Os envolvidos foram levados ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA).

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/menor-da-tiro-dentro-de-sala-porque-colega-furou-fila-1.254035

quinta-feira, 17 de março de 2011

Alunos enfrentam barro e goteira para estudar


Publicado no Super Notícia em 17/03/2011

Por JAQUELINE ARAÚJO

Nas salas de aula, estudantes convivem com goteiras no telhado, mofo e reboco se soltando
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Alunos do distrito de Andiroba, na cidade de Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, estão encontrando dificuldades para estudar. O primeiro problema enfrentado é conseguir chegar à Escola Estadual João Nazário, já que a estrada que dá acesso ao local é de terra e está em péssimas condições por causa do barro causado pela chuva. Já na escola, os estudantes se deparam com os problemas na infra-estrutura do imóvel.

Após uma denúncia de um pai insatisfeito com a situação, a diretora da escola, Gilk Patente, que atende alunos do ensino fundamental, recebeu a reportagem do jornal Super Notícia e mostrou os problemas enfrentados pelos alunos. A escola, construída em 1968, está precisando com urgência de uma reforma. Com o período chuvoso, os problemas se tornam mais visíveis. Duas salas de aula estão com goteiras no teto, que está com pedaços soltos, manchas de mofo e, ainda, o reboco das salas está descascando. Os alunos da 7ª série precisam assistir às aulas amontoados próximos ao quadro para não serem atingidos pelas goteiras.

A instituição, além de receber os alunos do distrito de Andiroba, também é frequentada por estudantes dos bairros vizinhos como Vale do Bom Jesus e Melo Viana. São cerca de 25 km que os estudantes precisam percorrer entre asfalto e estrada de terra. Segundo a diretora Gilk, os alunos que saem dos bairros vizinhos não estão comparecendo às aulas desde a última segunda-feira devido à incapacidade de o transporte escolar chegar até a escola por causa dos atoleiros que se formaram nas estradas.

A ex-aluna da escola Ivny Cristina França, de 16 anos, que, desde o primeiro ano estudou na escola, conta que já sofreu para estudar no período das chuvas. "O teto da sala sempre estava pingando e tínhamos que ficar afastando as carteiras por causa das goteiras, além das poças de água que se formavam na sala", conta.

O motorista do ônibus que transporta os estudantes, Márcio Rodrigues de Freitas, de 44 anos, disse que passar nos atoleiros é um risco grande. "Em outro ano, tentei passar com os alunos e derrapou muito. Tive medo de que o veículo tombasse", contou.

Obras na estrada de terra só depois do período de chuva
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A Secretaria de Estado de Educação reconhece que a Escola Estadual João Nazário tem problemas urgentes e que precisa de reforma no telhado. Ontem, um engenheiro de obras compareceu à escola. Após um laudo feito por ele, um relatório deve ser enviado, no prazo de uma semana, para o setor de obras para ser providenciada uma recuperação emergencial.

A escola já havia feito, em 2008, um pedido de reforma geral, que incluía a construção de um refeitório, e entrou na lista de espera das escolas que pedem reformas. Sobre a situação das estradas que dão acesso à escola, a Secretaria de Obras e Transportes da Prefeitura de Esmeraldas informou que está ciente da situação, mas que só pode realizar uma ação efetiva após o período chuvoso. Ontem, foi enviada uma equipe ao local, onde se constatou que há três pontos críticos. Máquinas serão enviadas para recuperar o trecho após o fim das chuvas. (JA)

Foto de Charles Silva Duarte

Seis em cada dez professores de SP dizem que violência nas escolas causa ''sofrimento''

17 de março de 2011

Pesquisa feita pela Apeoesp mostra que, para 57,5% dos docentes de São Paulo, casos de violência nas escolas causam ''sofrimento''

Uma pesquisa feita pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) mostra que, para 57,5% dos professores de São Paulo, casos de violência nas escolas causam “sofrimento”. A preocupação só fica atrás de jornada de trabalho excessiva, superlotação nas salas de aula e dificuldades de aprendizagem dos alunos.

Na terça-feira (15), uma professora da cidade de Guaimbê (SP), ficou ferida após um estudante atirar uma carteira escolar nela. A docente havia pedido que o aluno parasse de conversar durante a aula. Ele foi suspenso por seis dias.

O relatório, que foi concluído em dezembro de 2010, ouviu 615 docentes dos ensinos fundamental e médio da rede paulista. O objetivo era avaliar como estava a saúde do professor estadual. Para a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, o aumento da violência contra o professor –especialmente no interior do Estado, onde o número de casos vêm crescendo desde 2007– mostra falta de valorização docente.

“Não é um problema só do professor. É também da família e da sociedade. Como resolver isso? O menino tem que ser punido. Não tem que passar em brancas nuvens. Mas a saída não pode ser só a punição. Tem que passar pelo processo: [reforço da] autoridade [do docente], reconhecimento profissional e respeito”, afirma.

Brasil

Os casos não são exclusividade dos professores paulistas. Em todo o país, são registrados casos de violência contra docentes. Em Porto Alegre, no ano passado, uma professora foi assaltada por um ex-aluno dentro da sala de aula. O estudante teria roubado R$ 10 para comprar crack. Em Brasília, o governo local estudava colocar câmeras dentro das escolas para combater a violência.

Fonte: UOL Educação

NOTÍCIAS...

Pais terão de indenizar ex-diretora de escola

17 mar. 2011

Alunos criaram uma comunidade no Orkut com ofensas à educadora, que processou as famílias

Um grupo de pais de alunos e ex-alunos do Colégio da Providência, em Laranjeiras, foi condenado pelo Tribunal de Justiça a indenizar a educadora Maria Margarete Gomes por danos morais no valor de R$18 mil. Conhecida como Irmã Margarete, a vítima era diretora da instituição quando um grupo de alunos criou uma comunidade no Orkut chamada "Eu odeio a irmã Margarete".

Segundo o TJ, no site eram proferidas ofensas verbais e palavras de baixo calão à educadora, fazendo-a se sentir humilhada e exposta a situação vexatória. Segundo os pais, a ex-diretora causava constrangimentos aos alunos, motivo que os teria levado a criar a "comunidade", para desabafar. Eles defenderam seus filhos, alegando que estes não possuíam experiência de vida suficiente, e que apenas queriam "estar na moda".

Para o desembargador Cléber Ghelfenstein, da 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, a internet é um espaço de liberdade, o que não significa que seja um território sem lei, sendo cada pessoa responsabilizada pelo que publicar. Além disso, segundo ele, o episódio deixa claro a culpa dos alunos e ex-alunos nas agressões à irmã, não importando se só criaram a "comunidade" ou proferiram xingamentos, pois a intenção foi denegrir a imagem da mesma.

"A situação retrata a fútil mentalidade de alguns jovens de nossa sociedade, desprovidos de uma EDUCAÇÃO baseada no respeito ao próximo", concluiu o magistrado.

Fonte: O Globo (RJ)

Aluno atira carteira em professora no interior


17 de março de 2011

Rapaz teve a atenção chamada na sala de aula

NATÁLIA CANCIAN (SP)

Uma professora de matemática foi agredida com uma carteira escolar por um aluno de 16 anos enquanto dava aula em uma escola estadual em Guaimbê (449 km de SP). O incidente ocorreu na manhã de terça-feira. Ferida na cintura, Sandra Inês Bontempo, 29, foi afastada temporariamente pela Secretaria de EDUCAÇÃO para recuperação. A identidade do estudante não foi revelada.

Segundo a polícia, após a docente chamar a atenção do aluno porque ele conversava, o rapaz começou a xingá-la e arremessou a carteira em sua direção. "Se não tivessem segurado, ia bater na minha cabeça", conta Sandra. "Ele pegou a carteira de volta e a empurrou contra mim." Ela diz que o aluno tentou agredi-la novamente, mas foi contido pelos colegas. Assim que conseguiu sair da sala, Sandra gritou para que a diretora chamasse a polícia.

A conselheira tutelar Mayumi Iwai, chamada à escola para acompanhar o caso, diz que o aluno estava revoltado e fez ameaças. "Ele disse que a intenção dele era matar a professora e que iria matar cada uma das conselheiras se o processo seguisse." Mayumi afirma ainda que a professora chorava muito e tinha sangue na blusa. À polícia o rapaz confessou ter xingado e agredido a professora. Segundo o delegado André Luís Teixeira, ele disse que perdeu o controle e que está arrependido. Ontem, o juizado da infância em Getulina (a 453 km de SP), que atende casos de Guaimbé, ordenou a internação provisória do garoto, por 45 dias, na Fundação Casa.

Segundo o promotor Bansardi Giazarina, um defensor acompanhará o caso. Em nota, a secretaria disse que lamenta o ocorrido e que "foi um caso isolado" na unidade. Mauymi contesta. "É quase todo dia. Se não é agressão física, é verbal." Segundo ela, isso decorre, em parte, da progressão continuada, "em que os alunos só vão à escola para ganhar presença".

Fonte: Folha de São Paulo (SP)

Estudante reage a bullying e vira estrela da internet

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER / DE SÃO PAULO / 16/03/2011

Má notícia: você provavelmente já foi, é ou ainda será zoado na escola.

Nesta semana, um vídeo que caiu na internet exemplifica bem esse tipo de bullying. Nele, colegas tiram onda com um garoto gordinho, identificado por sites estrangeiros como Casey, aluno de 16 anos num colégio australiano.

Agora, uma notícia melhorzinha: você não está sozinho. A maioria absoluta dos jovens já foi vítima de bullying. Em algum momento, alguém inventa um apelido maldoso, um motivo para te transformar em tiro ao alvo da galera. Pelo que o vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=Kwy2Kj5hmJ8&feature=rec-LGOUT-exp_fresh+div-1r-2-HM) mostra, Casey decidiu não cair na pilha e, de supetão, reagiu aos socos de um colega magrinho.

Pela brutalidade do revide, o garoto ganhou o apelido de "Pequeno Zangief" --referência a um lutador brutamonte do game "Street Fighter". De vítima, Casey passou a estrela. O vídeo em que retruca o bullying se espalhou feito foguete pela internet. Até site ele ganhou. Depois de assistir ao vídeo, você talvez tenha pensado: "Boa, Casey!". Foi essa, ao menos, a reação em massa dos internautas.

É importante saber lidar com as provocações. Dar o troco na mesma moeda, contudo, é incentivar a máxima "violência gera violência". Cristiane Ferreira da Silva é mãe de um garoto de 13 anos, alvo de chacotas por cinco anos. No ano passado, ele "explodiu", segundo Cristiane, e partiu para cima dos agressores. Ela condenou o comportamento do filho, mas acha que a culpa maior é da escola, que fechou os olhos para o bullying contínuo que um de seus alunos sofria.

"Diretor e professores têm de admitir que o bullying acontece dentro da escola. Precisam chamar o pai dos agressores e o pai do agredido. Não dá para falar que isso é brincadeira, que adolescente é assim mesmo", disse. Cristiane processou a escola municipal em que seu filho estudava (a primeira decisão na Justiça foi favorável a ela). Desde o ano passado, ela é presidente da ONG Educar Contra o Bullying, em São Paulo.

JIU-JITSU

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Em janeiro, o Folhateen trouxe uma reportagem sobre como aulas de jiu- jítsu têm servido de ferramenta antibullying (assinantes da Folha ou do UOL podem ler a íntegra).

Rosa Maria Macedo, da psicologia da PUC, fez uma ressalva à tática: "Treinar alunos para se defender com luta é estimulá-los a usar a violência física para combater a violência psicológica".

Já o psicólogo Miguel Perosa acha que a luta pode ser um recurso se o diálogo não funcionar. "A denúncia é o primeiro passo. Mas não há diálogo com quem espanca."

As técnicas do jiu-jitsu, defendem professores da arte marcial, pode ajudar o jovem a paralisar seu agressor, sem necessariamente machucá-lo depois.

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Fonte: Folha.com