quarta-feira, 9 de junho de 2010
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Violência na escola em debate
Juiz de Fora - 9 de junho de 2010, quarta-feira - Tribuna de Minas
Em um período marcado por diversos casos de agressão física e psicológica dentro das instituições de ensino, “A violência na sociedade contemporânea e seus reflexos na escola” foi o tema do seminário realizado durante todo o dia de ontem pela Secretaria de Educação (SE). O evento, que contou com participação dos diretores dos colégios municipais, também teve palestra do diretor do Centro de Pesquisas Sociais (CPS) da UFJF, Carlos Alberto Botti. Na semana passada, Botti divulgou dados do estudo realizado na cidade que revelam que, apenas em 2009, um quarto dos professores da rede pública foi agredido ou ameaçado no interior das escolas. A partir do seminário, a intenção é elaborar um código de conduta com o objetivo de normatizar as ações que devem ser seguidas em qualquer caso de violência e estimular que os diretores tracem um cronograma de atividades para discutir a questão nos colégios. Segundo a assessora de gabinete da secretaria, Thereza Leite, o encontro teve a pretensão de dar início a um estudo profundo. “Não podemos esquecer que a violência que atinge a escola como instituição é reflexo do que vemos na sociedade em geral. Temos um papel importante para ajudar a reverter esse quadro e o assunto não vai se esgotar em um dia de formação. Precisamos desenvolver ações contínuas.”
Possível vítima - No dia em que se discutiu a questão da violência dentro da escola, uma profissional de educação de uma colégio municipal da região Sudeste da cidade registrou boletim de ocorrência por acreditar ter sido vítima do problema. Ao sair da instituição onde trabalha, por volta das 13h30, ela encontrou seu carro, um Fiat Uno cinza, todo arranhado.
terça-feira, 8 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
NOTÍCIAS...
Lula sanciona lei que obriga bibliotecas nas escolas
O texto prevê o prazo máximo de dez anos para cumprimento da decisão em todo o país
Portal R7 - 25/05/2010 - 11:00 - Postado em 07 de junho de 2010
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que obriga a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do país. A decisão foi publicada nesta terça-feira (25) no Diário Oficial da União. O texto diz que será obrigatório um acervo de livros na biblioteca de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado, “cabendo ao respectivo sistema de ensino determinar a ampliação deste acervo conforme sua realidade, bem como divulgar orientações de guarda, preservação, organização e funcionamento das bibliotecas escolares”.
Ainda segundo a medida, a biblioteca terá que contar com coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura. A lei, que começa a valer nesta terça-feira, prevê esforços progressivos para a universalização das bibliotecas num prazo de até dez anos. O Senado aprovou em abril a lei, que é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-SP). De acordo com dados do Censo Escolar 2009, elaborado pelo MEC (Ministério da Educação), apenas 57% dos alunos matriculados no ensino fundamental têm acesso a bibliotecas.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
MENSAGEM [Blog do Euler]
Livros grátis na Internet
Olha aí pessoal, vira e mexe recebo uma mensagem lembrando que temos um site com muitos livros e vídeos grátis e que não é divulgado. Hoje foi a colega professora Hilda quem mandou a msg que transcrevo a seguir, recomendando a quem interessar a visita ao site indicado.
"LIVROS EM PDF - Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos.Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente: Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ; escutar músicas em MP3 de alta qualidade; Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia; ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA e muito mais.... Esse lugar existe! O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso, basta acessar o site:
Só de literatura portuguesa são 732 obras!
Só de literatura portuguesa são 732 obras!
Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno.Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura. Divulgue para o máximo de pessoas!"
quarta-feira, 2 de junho de 2010
PESQUISA [Notícias]
Violência e deterioração no Ensino Público
Escola chega a situação limite
MARIANA NICODEMUS - Repórter
Cerca de um quarto dos professores da rede pública de ensino da cidade foi agredido ou ameaçado de agressão dentro da escola no ano passado. O dado é da pesquisa “Fala, Juiz de Fora”, cujos resultados, divulgados ontem, pelo Centro de Pesquisas Sociais (CPS) da UFJF, evidenciam a situação limite enfrentada por quem está inserido nos espaços de educação gratuita oferecidos no município. Mais de 12% desses profissionais foram vítimas de furto no local de trabalho em 2009, enquanto 27% sofreram ataques morais. Quase metade dos educadores (47,2%) serviu de alvo para xingamentos de alunos, em clara expressão daquele que seria o grande problema da escola na opinião da maioria dos docentes (62,7%): a falta de respeito. Para o diretor do CPS, Carlos Alberto Botti, os números refletem “a explosão do caos social no ambiente escolar”.
A presença marcante da violência dentro da escola mostra a banalização e a quebra da hierarquia na educação, segundo Botti. “A deterioração dentro do ambiente escolar não é culpa da escola, que é apenas um dos muitos agentes responsáveis pelo processo de socialização.” Ele aponta a falta de preparo da sociedade frente à nova família - sem o pai provedor do lar e a mãe educadora dos filhos - como responsável pela ausência de parâmetros entre os jovens. “O modelo de escola que existe hoje é o mesmo que nossos avós cursaram, mas a sociedade mudou. O tempo que esses meninos passam no colégio é muito curto e, quando saem, a referência é a rua, é a sociedade que os associa a conceitos de irresponsabilidade e criminalidade. A própria juventude se enxerga dessa forma”, afirma Botti.
De acordo com o professor, a situação é mais acentuada entre estudantes da rede pública porque grande parte desses adolescentes veem suas mães deixarem o lar para cumprir o papel materno em casas de classe média, como empregadas domésticas. “Além disso, o dia dos alunos das escolas particulares tem outra estrutura, sendo preenchido por atividade extraclasse, como curso de línguas e esportes.” Para Botti, os resultados da pesquisa indicam a escola integral como “horizonte para a reversão do problema, embora ainda não seja essa a solução”.
Violência entre alunos - A exposição à violência se repete entre os alunos. Dos 569 estudantes que responderam à pesquisa, em novembro passado, mais de 58% relataram já ter presenciado algum caso de agressão física na escola que frequenta, e quase 12% desses adolescentes foram vítimas de agressão. Embora afirmem ver o colégio como ambiente agradável e acolhedor, apontam a má gestão e a deficiência dos professores (33,6%) e a falta de infraestrutura (24,9%) como preocupações. Alguns - 23,3% - indicam os próprios alunos como problema para a escola.
Mais de 30% dos docentes trocariam de profissão - Embora cerca de 90% dos 502 professores da rede pública ouvidos pela pesquisa “Fala, Juiz de Fora”, em setembro e outubro de 2009, sintam-se pelo menos parcialmente realizados com a carreira, mais de 30% revelaram que trocariam de profissão caso tivessem a oportunidade. A desvalorização dos profissionais da área e a relação com os alunos - marcada por indisciplina, desinteresse, desrespeito e violência - foram citadas por mais de 80% dos entrevistados como maiores problemas enfrentados pelos educadores do município, estado e União.O relatório aponta que mais da metade dos docentes é exposta a mais de 30 horas-aula por semana, intensidade que, aliada à ausência de atividades de lazer, pode comprometer o desempenho. Além disso, quase 40% dos docentes relataram ter passado por problemas de saúde relacionados ao trabalho em 2009, sendo a maioria ligados a desgaste emocional, como estresse e depressão.
Os relatórios e a massa de dados produzidos pelo conjunto de pesquisas de opinião coletadas pelo projeto serão encaminhados à Secretaria de Educação do município e à Superintendência Regional de Ensino. O objetivo, segundo o diretor do Centro de Pesquisas Sociais da UFJF, Carlos Alberto Botti, é abastecer a sociedade de dados capazes de provocar uma reflexão sobre o papel social da escola, contribuindo, assim, para a formatação de políticas públicas para a educação.
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