quarta-feira, 7 de julho de 2010

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Menino de 9 anos é flagrado com droga na escola


Da Sucursal, 06 jul. 2010

IPATINGA – Uma criança de apenas 9 anos foi flagrada com buchas de maconha dentro de uma escola pública desta cidade do Vale do Aço. O garoto estava com três porções da droga que seriam vendidas a outros estudantes. Descoberto após uma denúncia anônima, ele entregou outro menor, de 13 anos, que revelou ter conseguido o entorpecente com dois adolescentes de 17 anos. Segundo parentes da criança, ela é tímida, nunca apresentou problemas escolares ou com a polícia e teria sido coagida a entrar para o tráfico, sob ameaça de ter o irmão mais velho espancado.

O flagrante foi no final da tarde da última segunda-feira (5), na Escola Municipal Terezinha Nívia Lopes, no Bairro Nova Esperança. Após a denúncia, a viatura do primeiro-tenente da Polícia Militar Wesley Flávio Soares foi até a escola e, na sala da diretoria, encontrou o entorpecente escondido na mochila do garoto. Ele mora com os pais, dois irmãos e uma tia em uma casa com quatro cômodos, próxima ao colégio. Segundo os policiais, após uma conversa com o menino, ele afirmou que tinha recebido a droga de outro menor, de 13 anos, que estuda no Bairro Esperança. Os militares foram atrás do adolescente e descobriram que ele havia comprado a maconha de outros dois jovens de 17 anos. Depois, repassou para a criança de 9 anos para que ela revendesse pelo preço de R$ 10.

Após fazer uma busca nas casas dos rapazes de 17 anos, a PM localizou, embaixo do colchão de um deles, 60 buchas de maconha. Escondido dentro de uma poltrona, estava um revólver calibre 38, com cinco cartuchos intactos. Carla Camila Rodrigues, 22 anos, que mantinha vida conjugal com um dos menores, foi detida durante a ação. Os três envolvidos de 13 e 17 anos e o material apreendido foram levados para a 1ª Delegacia Regional de Ipatinga. Os menores prestaram depoimento e foram liberados em seguida. Já o menino de 9 anos não chegou a ser levado para a delegacia, segundo o Conselho Tutelar, porque foi entregue aos pais. Conforme uma moradora vizinha da escola do garoto, que preferiu não se identificar, a criança foi chantageado para revender a drogas. “Parentes levam e buscam o menino, todos os dias, na escola. Ele é muito tímido e nunca houve problemas desse tipo antes. O que eu sei é que forçaram esse garoto a pegar as drogas, senão iriam bater em um irmão dele”, afirma.

Por telefone, uma tia do garoto, E.P.P., 32 anos, reforçou a versão de que seu sobrinho foi manipulado. “Ele foi obrigado a colocar as drogas na mochila. Falaram que se não obedecesse, iriam bater no irmão mais velho dele. Eu sempre acompanho meu sobrinho até a porta da escola, pois os pais dele trabalham fora. É um menino normal e não teve culpa de nada, tanto que nem chegou a ir para a delegacia”, afirmou.

Já a mãe do menor de 13 anos, C.M.V., 55 anos, afirma que recebeu a notícia da apreensão do filho quando chegava em casa do trabalho, no início da noite de segunda. “Fiquei surpresa. Tenho mais outros três filhos e ele me ajuda a tomar conta deles. É um bom menino. Agora vou ter que orientar mais o meu menino. Ele não tinha contato com os dois adolescentes de 17 anos”. O delegado da Infância e Juventude de Ipatinga, Rodrigo Manhães, vai acompanhar o caso e afirma que será instaurado um procedimento para apurar a conduta dos menores.

A presidente da Regional 1 do Conselho Tutelar do município, Nair Dias Rodrigues, afirma que a criança de nove anos não passagem pelo órgão. “O conselho vai monitorar estes adolescentes e fazer visitas às famílias para orientá-las”, informou. Procurada pela reportagem do HOJE EM DIA, a diretora da Escola Municipal Terezinha Nívia Lopes não quis dar declarações, sob orientação da assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal.

terça-feira, 6 de julho de 2010

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Polícia identifica seis dos jovens que agrediram aluno do Caseb

Distrito Federal - Publicação: 06 jul. 2010

A Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) espera concluir, ainda nesta terça-feira (6/7), as investigações sobre a agressão de um jovem de 15 anos em uma parada de ônibus na 710 Sul, a 300 metros do Centro Educacional Caseb, na última quinta (1º/7). A polícia já identificou seis dos oito agressores que, de acordo com o delegado-adjunto Yury Pereira Fernandes, são estudantes do colégio. Não está descartado um pedido de internação provisória dos envolvidos.

Até ontem (5/7), a mãe do adolescente, alguns agressores, uma das vítimas e a prima, que teria sido o motivo da desavença, já tinham prestado depoimento na DCA. O delegado disse que a lesão não pode ser considerada simples porque o jovem, como foi atingido na cabeça, ainda pode ter sequelas e, também, só pelo fato de ele ficar 30 dias afastados de suas atividades, o fato já é considerado grave. "A princípio, será tratado como lesão corporal de natureza grave, no entanto, vai depender do laudo final, já que uma das vítimas está hospitalizada", explica Yury Pereira.

Sobre uma possível mudança na acusação para uma tentativa de homicídio, o delegado-adjunto explica que isso não deverá acontecer. "Para considerar tentativa de homicídio é preciso ter a intenção de matar. Foi esclarecido que eles queriam agredir. A acusação só mudaria se o adolescente viesse a falecer", informa.Para a polícia, o motivo da agressão foi considerado fútil e banal, já que a briga aconteceu depois da prima dos dois jovens agredidos relatar que teria sido apelidada pelos colegas do Caseb. De acordo com o delegado Yury Fernandes, os primos, então, resolveram tirar satisfação e uma primeira desavença aconteceu ainda na escola, como foi relatado por um dos vigilantes do Caseb.

Punição
- De acordo com a investigação, os seis jovens podem responder por lesão corporal grave, ameaça e ainda bullying. A polícia não descarta um pedido de internação provisória no Caje, que pode ser de até 45 dias, dependendo da decisão da Justiça. "A polícia irá tomar todas as medidas cabíveis para resolver o mais rápido possível a situação", explica.Em relação à possível internação, para o delegado, além de ser uma forma de punição pode ser um jeito de evitar um futuro linchamento dos jovens pela sociedade. "A comunidade está muito envolvida, a internação pode ser uma forma de protegê-los também", afirma.

O delegado-adjunto da DCA disse também que, após a agressão de quinta-feira, ficou constatado que os adolescentes ainda ameaçaram as vítimas. Além disso, se ficar claro que a jovem apelidada sofreu bullying, eles podem responder por injúria. "Entretanto, eles negaram terem apelidado a adolescente", diz.Após a conclusão, o caso segue para a Vara da Infância e da Juventude (VIJ), que irá determinar a pena a ser cumprida pelos adolescente. Mas o delegado garante que, provavelmente, a Justiça deve acatar a internação, ao invés, de uma medida socioeducativa.

Outro registro - Na manhã de ontem (5/7), a mãe do jovem agredido esteve no colégio para uma reunião com pais, alunos envolvidos, diretoria, funcionários da instituição e um representante do Conselho Tutelar. O objetivo era pedir a transferência do aluno e, ainda, saber quais medidas seriam tomadas pelo Caseb.A mãe relatou que havia sido ameaçada por um dos agressores, que simulou, em um gesto, uma arma de fogo. A ameaça foi registrada também na DCA, que irá apurar o caso. O delegado-adjunto Yury Fernandes disse que essa situação será investigada separadamente, entretanto, isso pode complicar bastante a situação do jovem. "São fatos distintos, mas vai pesar muito no pedido de internação desse adolescente.

Dois deles, em particular, estão extrapolando e até desacreditando da autoridade da polícia", informa.EntendaO adolescente de 15 anos e o primo dele foram espancados por estudantes do Caseb na última quinta-feira (1º/7) na parada de ônibus da 710 Sul, próximo ao Colégio Caseb, na 909 Sul. Os agressores utilizaram paus e pedras para bater nas vítimas, o que resultou em um coágulo no cérebro do jovem de 15 anos. O adolescente foi encaminhado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde permanece internado, mas já passa bem.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

FALA EDUCADOR (A) !

Violência na escola: a culpa é de quem?

Segunda- feira, 21 de Dezembro de 2009


Depoimento de Lia Kayano - professora de história da rede municipal de São Paulo*

Sou professora da rede municipal de São Paulo. Na minha escola, há uma turma em que os alunos cultivaram entre si uma relação muito violenta, e se tornou motivo de queixas e sofrimento para todos os professores desde o começo do ano. Certo dia, eu chego à escola e fico sabendo que, ao que parece durante a minha aula, dois alunos teriam forçado um terceiro a ingerir gotas de um medicamento (analgésico). Se foi mesmo durante a minha aula não sei dizer, já que nesta sala, quando consigo fazer com que dois parem de se bater, atrás de mim já estão outros quatro se agredindo. A mãe do aluno abriu uma denúncia junto à Diretoria de Ensino. A medida administrativa foi me notificar por violar artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Estatuto do Funcionalismo Público.

A responsabilização individual do professor quando este tipo de situação acontece não é resposta, tanto porque não resolve a questão (há crianças se agredindo e desacatando professores), quanto pela injustiça. Uma escola recebe diariamente uma grande diversidade de crianças com suas cargas de experiências sociais e familiares. Somos educadores e assumimos a difícil tarefa de fornecer educação básica como direito elementar e constitucional.

Como medida que protege a todos profissionais da educação, devemos repudiar nos obrigarem a responder penalmente por infrações praticadas pelos alunos. Não se trata de negar e não assumir o problema. Devemos encarar a questão da violência com toda a seriedade que ela encerra. Assumimos, sim, a tarefa de debater coletivamente estas situações e o compromisso de apontar e adotar medidas que garantam segurança aos educadores e às crianças. Os profissionais que engendram a rede de ensino assumem os problemas de violência que se manifestam dentro da escola pelo seu comprometimento com sua profissão, que se traduz na forma de comprometimento com as crianças que são nossas beneficiárias diretas.

Reconhecendo a necessidade de chamar as crianças e toda a comunidade escolar à responsabilidade pela qualidade do processo educativo, a imputação penal do professor não deve caber enquanto medida administrativa. No meu caso específico, o que deveria ser considerado como um problema que diz respeito a toda comunidade escolar, foi encarado como uma infração que eu teria cometido individualmente. Isso não é política pedagógica séria. Esta não pode ser a resposta administrativa e institucional a esse tipo de demanda. Reconheço a importância da elaboração de manuais e legislações que orientam os profissionais de educação diante de conflitos na escola. Estes expedientes nos orientam sobre procedimentos a serem adotados após as situações consideradas violentas terem acontecido, mas são insuficientes para pensar uma prática que leve as escolas a refletirem, autonomamente, sobre as origens e possíveis soluções para esses conflitos.

Não basta sabermos que podemos encaminhar alunos a tal ou qual instituição (polícia, conselhos tutelares, varas de infância), ou que podemos responder penalmente por infrações cometidas pelos alunos. Trata-se de estarmos preparados para encarar os problemas vivenciados nas escolas, sejam eles considerados violentos ou não, de forma coletiva, envolvendo a todos (pais, vizinhança, educadores, equipe administrativa e alunos) na busca de soluções.

domingo, 4 de julho de 2010

PENSAR CONSTANTE...


Críticos seremos, verdadeiros, se vivermos a plenitude da práxis. Isto é, se nossa ação involucra uma crítica reflexão que, organizando cada vez o pensar, nos leva a superar um conhecimento estritamente ingênuo da realidade. Este precisa alcançar um nível superior, com que os homens cheguem à razão da realidade. Mas isto exige um pensar constante, que não pode ser negado às massas populares, se o objetivo visado é a libertação.

Paulo Freire (1921-1997). In: Pedagogia do Oprimido. 13.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. p. 152-153.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

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Aluno agride professora

Foto de Fábio Gonçalves / Agência O Dia

POR FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Discussão em sala de aula entre aluno e professora por causa de MP3 player terminou em agressão e queixa de lesão corporal na 6ª DP (Cidade Nova). A briga ocorreu dia 10, em turma do 6º ano da Escola Municipal Pereira Passos, no Rio Comprido. A professora Eliana da Cunha Lopes, 61 anos, que leciona Português, recolheu o aparelho e a mochila de estudante de 13 anos. Irritado, o adolescente lhe deu um soco e quebrou o dedo anelar esquerdo da professora.

Afastada das salas por ordem médica, Eliana teme ficar com sequelas na mão. “Tenho consulta terça-feira, quando farei nova avaliação. Estou abalada, tomando remédios para tirar a dor e antidepressivos”, lamentou. “Os dedos incharam tanto que o ortopedista precisou quebrar um anel que eu usava com alicate”, completou. Segundo Eliana, foi a segunda vez em dois dias que ela mandou o garoto desligar o MP3 player, que tocava alto e atrapalhava a aula. “Quando fui falar com o aluno, ele colocou o aparelho na mochila, recolhida por mim e colocada sobre a mesa. Estava escrevendo no quadro quando ele se aproximou, possesso, gritando para que eu devolvesse a mochila. Então ele me deu o soco e saiu da sala”, detalhou.

DANOS MORAIS - Eliana foi ontem à delegacia acompanhada de Edna Félix, diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação. O Sepe já pediu providências contra a violência nas escolas da rede à secretária Cláudia Costin. “A situação vem se agravando”, argumentou Edna. No caso de Eliana, o sindicato afirmou que irá processar o município por danos morais. Em nota, a secretaria informou que o responsável pelo aluno foi advertido sobre o incidente e que o jovem terá acompanhamento de psicólogos da Rede de Proteção. O órgão destacou que 300 agentes educadores já foram encaminhados às escolas para evitar casos semelhantes e que, em abril, implementou o Regimento Escolar Básico do Ensino Fundamental, que estabelece regras de disciplina e convivência nas unidades, além dos direitos e deveres dos alunos e professores.

Dossiê da violência em escolas públicas do Rio foi encaminhado pelo Sepe ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil e à Câmara de Vereadores e à Assembleia Legislativa, que aguardam informações sobre as denúncias, solicitadas à Secretaria Municipal de Educação.

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Ensino médio é o que menos avança no país, alerta MEC

Publicado no Jornal OTEMPO em 02/07/2010

Brasília. O ensino brasileiro deu sinal de melhora. Mas o avanço perde força entre os estudantes mais velhos. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2009 (Ideb), divulgado ontem pelo Ministério da Educação, mostrou que a maior elevação ocorreu nas séries iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), com aumento de 4,2 pontos, em 2007, para 4,6, em 2009, antecipando inclusive a meta estabelecida para 2011. Nas séries finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), o acréscimo foi de 3,8 para 4. O ensino médio teve o pior desempenho: a nota passou de 3,5 para 3,6, numa escala de 0 a 10.
Para o MEC, o resultado foi positivo. "O fantasma da queda de qualidade, que nos assombrou até o começo dos anos 2000, está ficando para trás", disse o ministro Fernando Haddad, ao anunciar os resultados. "Estamos distantes da nossa meta final, mas estamos com uma trajetória consistente, já pelo quarto ano consecutivo. Não é hora de esmorecer. É tentar acelerar o ritmo das mudanças".

O avanço captado pelo Ideb não significa que o nível de aprendizagem nas escolas brasileiras seja bom. Longe disso. A Prova Brasil/Saeb, usada no cálculo do índice, avalia conhecimentos de português e matemática a cada dois anos. A nota média dos alunos do 5º ano do ensino fundamental em português foi de 184,3 pontos, numa escala até 400. A nota dos estudantes do 3º ano do ensino médio foi 268,8, na escala até 800. Em todos os níveis, no entanto, houve progresso. Em 2009, apenas 75,9% dos alunos de nível médio passaram de ano. Nas séries finais, 81,3%. Nas iniciais, 88,5%. Os indicadores de fluxo também melhoraram em relação a 2007.

Ministro quer revisão das metas do Ideb

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para as escolas e redes de ensino poderão ser revistas a partir da próxima avaliação, já que os objetivos têm sido antecipados nas duas últimas edições do índice. As informações são da Agência Brasil. “Entendo que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pela avaliação) pode convidar um grupo de pesquisadores para começar a avaliar a necessidade e a oportunidade de fazer isso agora”, disse. Mas, segundo ele, as metas nacionais do índice não devem ser alteradas por enquanto. “Precisamos ter um pouco mais de cautela, porque o esforço para melhorar é cada vez maior e vai exigir mais ciência, mais interação entre os entes federados para que possamos atingir os nossos objetivos”, disse.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

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MP de Minas e São Paulo realizam Operação Merenda Escolar

Por Izabela Ventura, repórter - 1 jul. 2010

Uma organização criminosa que os Ministérios Públicos de Minas Gerais e de São Paulo definem como um “poderoso cartel” estão na mira da justiça. Na manhã desta quinta-feira (1º) acontece a Operação Merenda Escolar, que pretende coletar provas relativas a fraudes em licitações, terceirizações ilegais no fornecimento de merenda escolar, corrupção e lavagem de dinheiro em prefeituras. Os alvos são Belo Horizonte, Contagem, Mariana, Varginha, Uberaba, Tietê (SP) e Sorocaba (SP), onde estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão. Participam da ação 40 policiais militares de Minas, dez policiais civis de São Paulo, 42 promotores fiscais, sete promotores de justiça de Minas e dois de São Paulo. As investigações tiveram início há dois anos, a partir de denúncias recebidas por promotores de justiça de Ribeirão das Neves, na Grande BH. De acordo com o Ministério Público Estadual de Minas (MPE), um corretor da Central de Abastecimento (Ceasa) de Minas vendia notas fiscais de empresas mineiras para outras envolvidas no cartel, desde 2006.

O objetivo seria reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Além disso, empresas fantasmas registradas em BH e Contagem, na Região Metropolitana, seriam usadas para o pagamento de propinas a agentes públicos de Minas Gerais e São Paulo. Ainda segundo o MPE de Minas, uma empresa que forneceu merenda escolar para Ribeirão das Neves entre 2006 e 2009 já foi denunciada pelo MPE de São Paulo por “compor organização criminosa voltada para a sonegação fiscal, fraude à licitação, corrupção ativa, entre outros crimes”. A prefeitura de Neves teria pago, irregularmente, cerca de R$ 15 milhões a essa empresa.