sexta-feira, 2 de julho de 2010

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Ensino médio é o que menos avança no país, alerta MEC

Publicado no Jornal OTEMPO em 02/07/2010

Brasília. O ensino brasileiro deu sinal de melhora. Mas o avanço perde força entre os estudantes mais velhos. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2009 (Ideb), divulgado ontem pelo Ministério da Educação, mostrou que a maior elevação ocorreu nas séries iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), com aumento de 4,2 pontos, em 2007, para 4,6, em 2009, antecipando inclusive a meta estabelecida para 2011. Nas séries finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), o acréscimo foi de 3,8 para 4. O ensino médio teve o pior desempenho: a nota passou de 3,5 para 3,6, numa escala de 0 a 10.
Para o MEC, o resultado foi positivo. "O fantasma da queda de qualidade, que nos assombrou até o começo dos anos 2000, está ficando para trás", disse o ministro Fernando Haddad, ao anunciar os resultados. "Estamos distantes da nossa meta final, mas estamos com uma trajetória consistente, já pelo quarto ano consecutivo. Não é hora de esmorecer. É tentar acelerar o ritmo das mudanças".

O avanço captado pelo Ideb não significa que o nível de aprendizagem nas escolas brasileiras seja bom. Longe disso. A Prova Brasil/Saeb, usada no cálculo do índice, avalia conhecimentos de português e matemática a cada dois anos. A nota média dos alunos do 5º ano do ensino fundamental em português foi de 184,3 pontos, numa escala até 400. A nota dos estudantes do 3º ano do ensino médio foi 268,8, na escala até 800. Em todos os níveis, no entanto, houve progresso. Em 2009, apenas 75,9% dos alunos de nível médio passaram de ano. Nas séries finais, 81,3%. Nas iniciais, 88,5%. Os indicadores de fluxo também melhoraram em relação a 2007.

Ministro quer revisão das metas do Ideb

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para as escolas e redes de ensino poderão ser revistas a partir da próxima avaliação, já que os objetivos têm sido antecipados nas duas últimas edições do índice. As informações são da Agência Brasil. “Entendo que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pela avaliação) pode convidar um grupo de pesquisadores para começar a avaliar a necessidade e a oportunidade de fazer isso agora”, disse. Mas, segundo ele, as metas nacionais do índice não devem ser alteradas por enquanto. “Precisamos ter um pouco mais de cautela, porque o esforço para melhorar é cada vez maior e vai exigir mais ciência, mais interação entre os entes federados para que possamos atingir os nossos objetivos”, disse.

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