sexta-feira, 2 de julho de 2010

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Aluno agride professora

Foto de Fábio Gonçalves / Agência O Dia

POR FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Discussão em sala de aula entre aluno e professora por causa de MP3 player terminou em agressão e queixa de lesão corporal na 6ª DP (Cidade Nova). A briga ocorreu dia 10, em turma do 6º ano da Escola Municipal Pereira Passos, no Rio Comprido. A professora Eliana da Cunha Lopes, 61 anos, que leciona Português, recolheu o aparelho e a mochila de estudante de 13 anos. Irritado, o adolescente lhe deu um soco e quebrou o dedo anelar esquerdo da professora.

Afastada das salas por ordem médica, Eliana teme ficar com sequelas na mão. “Tenho consulta terça-feira, quando farei nova avaliação. Estou abalada, tomando remédios para tirar a dor e antidepressivos”, lamentou. “Os dedos incharam tanto que o ortopedista precisou quebrar um anel que eu usava com alicate”, completou. Segundo Eliana, foi a segunda vez em dois dias que ela mandou o garoto desligar o MP3 player, que tocava alto e atrapalhava a aula. “Quando fui falar com o aluno, ele colocou o aparelho na mochila, recolhida por mim e colocada sobre a mesa. Estava escrevendo no quadro quando ele se aproximou, possesso, gritando para que eu devolvesse a mochila. Então ele me deu o soco e saiu da sala”, detalhou.

DANOS MORAIS - Eliana foi ontem à delegacia acompanhada de Edna Félix, diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação. O Sepe já pediu providências contra a violência nas escolas da rede à secretária Cláudia Costin. “A situação vem se agravando”, argumentou Edna. No caso de Eliana, o sindicato afirmou que irá processar o município por danos morais. Em nota, a secretaria informou que o responsável pelo aluno foi advertido sobre o incidente e que o jovem terá acompanhamento de psicólogos da Rede de Proteção. O órgão destacou que 300 agentes educadores já foram encaminhados às escolas para evitar casos semelhantes e que, em abril, implementou o Regimento Escolar Básico do Ensino Fundamental, que estabelece regras de disciplina e convivência nas unidades, além dos direitos e deveres dos alunos e professores.

Dossiê da violência em escolas públicas do Rio foi encaminhado pelo Sepe ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil e à Câmara de Vereadores e à Assembleia Legislativa, que aguardam informações sobre as denúncias, solicitadas à Secretaria Municipal de Educação.

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