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terça-feira, 23 de abril de 2013

Só 7% dos alunos de escola pública entraram na USP

Apenas 7,7% dos candidatos de Escola pública que fizeram o vestibular da Fuvest conseguiram entrar na Universidade de São Paulo (USP) em 2013, o que representa uma queda em relação ao ano anterior, quando 8,36% desse grupo foi aprovado. No total, os oriundos da rede pública representam neste ano "28,5% do total de ingressantes. O porcentual mostra pouco avanço sobre o ano anterior - em 2012, o índice era de 28%.
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Após os resultados, a USP estuda alterar sua política de bonificação. O retrato dos ingressantes está longe de refletir a realidade da Educação do País, que tem 85% dos estudantes de Ensino médio em Escolas públicas.
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"Foi um bom resultado, mas não estou satisfeita. Esperava que (o porcentual) aumentasse", disse a pró-reitora de Graduação. Telma Zorn. A USP ofereceu 10.982 vagas em 2013.
O resultado surge enquanto se debate a implementação de cotas nas universidades estaduais de São Paulo. Entre outras coisas, o plano do governo prevê 50% de matrículas de Alunos de Escola pública até 2016.
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Se mantido esse ritmo, a USP vai levar 115 anos para ter 50% de Alunos de Escolas públicas - sem levar em conta cursos como Medicina e Engenharia, em que a proporção desses Alunos é menor. A USP não divulgou os porcentuais por curso. Além de ampliar o bônus (o limite hoje é de 15%), Telma mencionou possível bonificação para certas carreiras e para quem participa de olimpíadas estudantis. Apesar de indicar mudanças, nada foi anunciado.
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Segundo Telma, a USP precisa verificar por que os resultados não progrediram como esperado. "É uma situação multifatorial, até o ProUni não pode ser desvinculado". Para ela, o aumento das bolsas federais em faculdades privadas afastaria o estudante de Escola pública do vestibular da Fuvest. Para tentar reverter isso, a universidade tem investido em um programa em que estudantes da USP vão a Escolas. Em 2012, houve 3,3 mil visitas.
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O problema é que o número de inscritos da rede pública subiu quase 5% entre 2012 e 2013, mas o salto no ingresso foi mais tímido, menos de 2%. Debate. Segundo o Educador Jorge Werthein, do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, fazer com que os Alunos acreditem que é possível entrar na universidade é essencial. "A USP tem de mostrar que realmente busca a inclusão".
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Presidente do cursinho Henfil, Matheu Prado diz que a bonificação não mudará o retrato social da universidade. "Se a USP quer incluir, precisa radicalizar, precisa ter cotas." Para a estudante Thaís Cortez, de 18 anos, que está pelo segundo ano no cursinho da Poli, "quem estudou em Escola pública não consegue entrar se correr sozinho" Ela quer uma vaga em Administração na Fuvest.
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Fonte: O Estado de São Paulo (SP)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Após saída de estudantes, reitoria da USP tem bagunça e pichação

CRISTINA MORENO DE CASTRO
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Os estudantes que haviam invadido o prédio da reitoria da USP (Universidade de São Paulo) foram pegos de surpresa pelos policiais que cumpriram a reintegração de posse do local, na madrugada desta terça-feira. Ao todo, 70 estudantes foram detidos e levados de ônibus para o 91º DP (Ceasa). Após a saída dos alunos, restou uma grande bagunça no prédio da reitoria.
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Paredes e vidros foram pichados, há papéis e móveis revirados e lixo pelo local. Os estudantes deixaram colchões e cobertores para trás e até as estátuas foram movimentadas. Policiais que fizeram uma vistoria no imóvel encontraram sete garrafas de coquetéis molotov, três galões com gasolina e seis caixas de rojões. A Polícia Civil ainda vai realizar uma perícia no prédio para verificar se houve danos ao patrimônio da universidade.
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ASSEMBLEIA
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Os estudantes haviam decidido, em assembleia realizada na noite de ontem (7), manter a ocupação, apesar do fim do prazo dado pela Justiça para deixarem o local. Após a votação, alguns estudantes agrediram jornalistas. Um cinegrafista caiu após ser empurrado e um fotógrafo teve a câmera arrancada e machucou as mãos --ele foi levado ao hospital. O clima ficou tenso e, após os grupos ficarem separados, os alunos arremessaram pedras na direção dos jornalistas. Um cinegrafista foi atingido e ficou levemente ferido. No momento do tumulto, não havia guardas universitários nem PMs no local. Após a confusão, um representante dos invasores disse que havia ocorrido uma "situação isolada".

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RESISTÊNCIA
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Na assembleia, vários estudantes disseram estar dispostos a resistir caso a PM fizesse a reintegração de posse. Mais cedo, às 18h, uma reunião de negociação entre representantes da reitoria e alunos terminou em impasse. O superintendente de relações institucionais da USP, Wanderley Messias da Costa, chegou a deixar a sala onde ocorria o encontro.

A proposta apresentada à tarde pela universidade previa que os alunos e funcionários não fossem punidos por participar da invasão. A reitoria também manteve a oferta de criar grupos para discutir o convênio com a PM --principal motivo da invasão-- e revisar processos administrativos contra estudantes. Os alunos, no entanto, consideraram a proposta insuficiente, já que havia chance de novos processos caso ficasse provado que houve vandalismo no prédio invadido.

Os acontecimentos que levaram à ocupação da reitoria tiveram início no dia 27 de outubro, quando três alunos da USP foram detidos por posse de maconha. Houve reação de colegas, que investiram contra a PM. Policiais usaram bombas de efeito moral e cassetetes para levar os rapazes à delegacia --depois eles foram liberados. Na mesma noite, um grupo de cem estudantes invadiu um prédio administrativo da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Na terça passada, mais de mil alunos realizaram uma assembleia que decidiu, por 559 votos a 458, pela desocupação do edifício. A minoria derrotada, porém, decidiu invadir a reitoria, onde hoje há cerca de 50 manifestantes -- a USP toda tem cerca de 82 mil alunos (50 mil só na Cidade Universitária).

Fonte: Folha de São Paulo

Os 70 estudantes detidos durante ocupação na USP são levados do campus à delegacia

Reprodução TV Globo / O tempo
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Ao todo, 24 mulheres e 46 homens foram detidos na Universidade de São Paulo (USP) pela Polícia Militar durante a reintegração de posse do edifício da reitoria da instituição, na zona oeste da capital paulista. Os alunos haviam decidido deixar o prédio por volta das 7h30 desta terça (8). Eles foram encaminhados em três ônibus para a delegacia, onde será registrado boletim por dano ao patrimônio público.

Os oficiais de Justiça realizavam a certidão de entrega do imóvel no início desta manhã para que o prédio possa ser devolvido oficial à USP. O Batalhão de Choque deve permanecer no local até que a desocupação seja finalizada.

Por volta de 400 policiais e 50 carros da corporação estavam no campus pouco antes das 7h com escudos e cassetetes. A coronel empregada na operação afirmou que o efetivo era necessário, "para que a operação acontecesse na maior tranquilidade possível, não houvesse nenhum perigo, nenhum dano, nenhum risco". Segundo ela, dois carros da Polícia Militar sofreram danos. A PM também usou dois helicópteros Águia para a reintegração de posse. Quando chegaram ao campus, um grupo de manifestantes tinha paus e pedras nas mãos. Eles gritavam palavras de ordem contra a presença da força armada.

Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=134510

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Faculdade de Economia da USP suspende aulas após morte de aluno

A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP) suspendeu as aulas nesta quinta-feira (19), após a morte de um aluno na noite dessa quarta-feira. O estudante de Ciências Atuariais Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi assassinado no estacionamento da faculdade por volta das 21h30.

Nesta manhã, os alunos da FEA entregaram à reitoria da universidade uma carta pedindo providências contra a violência no campus. A carta, do Centro Acadêmico Visconde de Cairu, diz que os casos de violência se tornaram uma constante na USP. Os estudantes pedem uma solução imediata para o problema. Querem melhorias na iluminação da universidade e a ampliação do serviço de vigilância no campus.

A reitoria da USP ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

Ao comentar o assassinato do estudante, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a segurança é assunto que preocupa “cada vez mais” os reitores.

“O campus universitário é um espaço reservado em que o tratamento dado a essa questão é diferenciado em relação ao restante da cidade. Pela dimensão, os campi são verdadeiras cidades e o acesso às vezes é muito irrestrito até pelo desejo da população em aproveitar aquele espaço”, afirmou o ministro.

Segundo Haddad, no caso das universidades federais - a USP é administrada pelo estado de São Paulo – a segurança tem sido reforçada e os investimentos cresceram nos últimos anos.

AGÊNCIA BRASIL