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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Universitária em cadeira de rodas perde aula por falta de acesso

RIO - A estudante Lorena Melo Martins, de 22 anos, faz faculdade de Arquitetura e Urbanismo na Universidade de Fortaleza (Unifor), mas está enfrentando dificuldades para frequentar o curso devido aos problemas de acessibilidade do prédio, na capital do Ceará. Ela passou por uma operação no joelho e, obrigada a usar uma cadeira de rodas, não consegue chegar à sala de aula porque a rampa até o segundo andar é íngreme demais. Depois de perder várias aulas, a aluna fez um relato sobre seu drama no Facebook. O post já tem mais de 6,2 mil compartilhamentos e 170 comentários. “Todos os dias venho pra aula e não consigo chegar nas salas de aulas por causa da péssima acessibilidade da universidade”, conta ela, antes de descrever com detalhes os diversos apelos feitos à Unifor e os constragimentos que sofreu. “Já me humilhei, chorei e perturbei as pessoas aqui na universidade por uma coisa que é minha de DIREITO! Não só minha, mas de TODOS!”.
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De acordo com seu texto na rede social, Lorena pediu à coordenadoria do curso para passar sua turma a uma sala no térreo. Mas, em vez disso, a direção deixou à disposição três pessoas para ajudá-la a subir a rampa todos os dias. No começo, deu certo, ainda que de mal jeito, mas, nesta segunda-feira (12), a aluna chegou ao local no horário certo e não havia ninguém para ajudar. Depois de um telefonema, veio um funcionário.
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“O segurança demorou 20 minutos pra chegar. Mesmo assim, ele não conseguiu me levar, pois tenho 1,80m e sou gorda. Impossível subir a rampa do bloco C”, critica a estudante, que perdeu a aula nesse dia. “Já é a terceira semana de aula que começo perdendo”. O direito de ir e vir é de todo brasileiro, previsto no Artigo 5 da Constituição Federal. A Lei de Acessibilidade, criada em 2004, exige que toda construção de uso coletivo ofereça facilidades a cadeirantes. De acordo com o arquiteto Arthur Fortaleza, da Unifor, a faculdade tem cerca de 20 blocos. Nove deles foram construídos em 1972. Nestes, as rampas de ligação com os andares superiores são mais íngremes do que as demais. Os alunos sentem a diferença mesmo caminhando. Para pessoas em cadeira de rodas, ele reconhece, é bem complicado.
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- Até o momento, todos os problemas que aconteceram por causa das rampas haviam sido contornados, com mudanças de salas. Mas isso não foi possível neste caso. Estamos para apresentar à diretoria um plano que prevê melhorias na acessibilidade do campus - diz Artur.
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Já a estudante termina seu relato com um desabafo. “Enfim, a Unifor é uma das maiores universidades particulares do Nordeste, é um local de uso coletivo, ou seja, tem OBRIGAÇÃO de ser acessível. Amigos arquitetos e estudantes da Unifor, gostaria de pedir a ajuda de vocês para, juntos, termos uma universidade acessível para todos. Isso é NOSSO direito!”
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quarta-feira, 19 de maio de 2010

NOTÍCIAS...

Quatro estudantes ficam feridos após confusão com a PM

Celso Martins e Augusto Franco - Repórteres - 17/05/2010 - 23:04

O estudante Marco Aurélio Souza Ribeiro foi atingido por bala de borracha no confronto com a PM.

Quatro estudantes da Faculdade Pitágoras ficaram feridos na noite desta segunda-feira (17) após confronto com a Polícia Militar na Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Gutierrez, Oeste de Belo Horizonte. Com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, os militares dispersaram os manifestantes para desinterditar as pistas da avenida. Os alunos dos cursos de engenharia são contra a redução de 40 minutos diários da carga horária. Os estudantes jogaram do prédio da instituição lixeiras e rolos de papel higiênico e estouraram os lacres dos extintores de incêndio. Dois militares tiveram ferimentos leves.

A manifestação começou por volta das 18h40, antes da entrada dos alunos para a sala de aula, e só terminou por volta das 20h30. Com o fechamento das pistas, a Polícia Militar enviou reforço para liberar a passagem de carros pela avenida. “Os policiais jogaram uma viatura em cima dos manifestantes e começaram a atirar com balas de borracha no grupo de estudantes que correram para a faculdade”, denunciou o professor de sociologia da faculdade, Geraldo Márcio Inácio. Segundo ele, os objetos só foram jogados depois que os militares começaram a bater em uma estudante.

O estudante do 7º período do curso de Engenharia de Produção, Renato Barbosa Pereira, 28 anos, disse que levou um tiro de borracha na perna direita quando entrava na faculdade, correndo da confusão. “No início da manifestação, um policial pediu para que uma das pistas fosse liberada, pedido prontamente atendido, mas em seguida chegou um grupo de policiais que começou a bater nas pessoas”, recordou. O estudante Marco Aurélio Souza Ribeiro alega que levou um soco no olho esquerdo de um policial militar. Ele registrou ocorrência na Seccional Sul.

As faculdades Pitágoras devem reduzir no segundo semestre deste ano a quantidade de cursos e de turmas presenciais, passando parte dos atuais alunos para a modalidade à distância. A decisão, tomada sem consulta prévia aos professores e alunos vem causando uma série de protestos.

Representantes do Sindicato dos Professores se reúnem nesta terça-feira (18), às 14 horas na sede da instituição, na Rua Jaime Gomes, 198, na Floresta, para discutir as mudanças. A categoria pode votar, inclusive, pela greve. “Tentamos dialogar com o grupo e construir em conjunto este novo modelo pedagógico. Os representantes informaram que as mudanças só serão comunicadas no dia 28, no final do semestre, quando os professores perdem seu poder de mobilização. Não aceitaremos cortes nem demissões injustificados”, disse o professor José Carlos Arêas, diretor do sindicato.

Em nota, a Kroton Educacional afirmou que o grupo vai implementar um novo modelo acadêmico a partir do segundo semestre de 2010. Afirma ainda que a carga horária dos cursos, obedecendo aos parâmetros das Diretrizes estabelecidas pelo MEC, será “fortalecida por atividades que reforcem a autonomia da aprendizagem, otimizando a formação do profissional adequadamente preparado para a agilidade e flexibilidade do mundo do trabalho”.

O texto afirma ainda que a maioria dos cursos oferecidos “prevê um tempo destinado a práticas complementares de ensino com foco no uso de novas tecnologias”. Além disso, o modelo de divisão do semestre em dois termos letivos – atualmente em vigor nas unidades com a marca Pitágoras- será substituído, também a partir de agosto, pelo semestral.

O comandante dos batalhões especializados da Polícia Militar, coronel Sandro Teatini, explicou que será aberta uma investigação para apurar se houve exagero por parte dos militares. Ele disse que os policiais foram atacados com objetos, motivo do envio de reforço para o local.


Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/quatro-estudantes-ficam-feridos-apos-confus-o-com-a-pm-1.119012

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Rede de faculdades reduz custos para comprar grupo Iuni

Após herdar dívida de R$ 150 milhões de empresa matogrossense, grupo que controla Pitágoras adota ensino híbrido

Raquel Massote - Repórter - 18/05/2010 - 20:39

Estudantes da Unidade da Rio de Janeiro fizeram manifestação em frente à faculdade

Depois de adquirir o grupo matogrossense Iuni, em março deste ano, a Kroton Educacional desenvolveu para 2010 uma agenda focada no lema “low cost, high performance”. Entre os principais pontos desta agenda estão a redução da carga horária ao mínimo estipulado por lei.

Além disso, a empresa pretende obter ganhos de produtividade com maior número de alunos em sala de aula e empreender um rigoroso controle de despesas e investimentos. A Kroton atua no ensino superior com 24 faculdades próprias, com a marca Pitágoras e incorporou mais 16 faculdades, com a marca Iuni.

A partir da consolidação do investimento, a redução dos custos administrativos deverá atingir um patamar de R$ 20 milhões por ano. Ao ser procurada nesta terça-feira (18), a empresa não quis detalhar o planejamento. No entanto, uma das estratégias que deverão ser adotadas é intercalar aulas presenciais e virtuais, que geram menos gastos. Este novo modelo acadêmico foi denominado ensino híbrido.

A aquisição do Iuni levou aproximadamente seis meses para ser concluída e envolveu um total R$ 422 milhões, sendo que R$ 192 milhões pagos em dinheiro, além de uma participação de 6,31% do capital da Kroton transferidas ao fundador do Iuni, Altamiro Galindo. Além disso, a instituição de ensino mineira assumiu uma dívida de R$ 150 milhões contraída pelo empresa.

Durante a apresentação dos resultados referentes ao primeiro trimestre deste ano, realizada na semana passada, o grupo informou que grande parte das sinergias a serem capturadas pelo grupo, a partir da aquisição, deverá ocorrer a partir de 2011.

Entre estes pontos estão a unificação de uma série de estruturas. Entre os objetivos estão a adoção de um modelo pedagógico único no segundo semestre de 2010.

Para o analista em educação da Planner Corretora, Rafael Burquim, a operação trouxe um impacto sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre, principalmente no que diz respeito às margens. “O valor pago foi considerado alto pelo mercado e trouxe um choque sobre as margens da companhia”, disse o analista. De acordo com ele, os desafios das empresas educacionais que são listadas em bolsa é diminuir custos, sem que isto implique em perda de qualidade no ensino. “Este é um ponto delicado, principalmente no setor de educação”.

O lucro líquido do grupo caiu 20,4% no primeiro trimestre de 2010, sobre o mesmo intervalo do ano passado, para R$ 19,8 milhões. O resultado foi, em grande parte, afetado pelo aumento das despesas operacionais, que subiram 80,7%, na comparação entre os dois intervalos e atingiram R$ 35,6 milhões. No que se refere à Receita Líquida houve um incremento de 37,3%, para R$ 144,4 milhões. A margem Lajida ajustada, ou a relação entre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) ajustado e a receita líquida caiu de 31,8% para 21,1%. “Este ano o grande desafio do grupo é elevar estas margens”.

A Kroton é atualmente controlada pelo fundo americano Advent, que em junho do ano passado adquiriu 50% do capital da Pitágoras Administração e Participação (PAP), holding que detém 55% da empresa. A outra metade da PAP continua nas mãos dos fundadores da empresa, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e os empresários Evandro Neiva e Julio Cabizuca.

Após a aquisição do Iuni, o Kroton praticamente dobrou de tamanho e passou a contar com 86 mil alunos matriculados no ensino superior. O grupo atende ainda 265 mil estudantes do ensino básico que adotam o sistema de ensino (apostilas) Pitágoras, por meio de 720 escolas associadas.

Atualmente o grupo está presente em 28 cidades e 10 estados brasileiros. A incorporação não envolveu a sobreposição de faculdades. A Kroton tem 24 unidades nas regiões Sul e Sudeste e o Iuni conta com 16 faculdades no Centro-Oeste, Norte e Nordeste.