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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Professores do Paraná encerram greve sem reajuste reivindicado

 
SÃO PAULO - O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) decidiu nesta terça-feira encerrar a greve que completou 46 dias sem o reajuste reivindicado. Em assembleia realizada no Estádio de Vila Capanema, em Curitiba, 70% dos cerca de 12 mil educadores presentes votaram pelo encerramento da greve, “em respeito aos pais e aos estudantes, e não ao governador Beto Richa (PSDB), que só fez desrespeitar os profissionais da educação e a população”, disse Luiz Fernando Rodrigues, secretário de Comunicação da entidade. O governador Beto Richa disse ao GLOBO que espera que agora "a paz volte ao Estado". Para ele, a greve foi injustificada e organizada por petistas que estão no comando do APP-Sindicato.
 
Os servidores decidiram aceitar a última proposta apresentada pelo governo do Paraná: o reajuste inicial será de 3,45%, que será pago em outubro, e 8,5% que serão pagos em janeiro de 2016, já com a recomposição da inflação do período. O acordo ainda prevê um plano de reajuste até 2018. Desde o início, a categoria pedia aumento de 8,17%, por conta da reposição da inflação. O presidente do APP-Sindicato, Hermes Leão, disse que os professores voltam ao trabalho de "cabeça erguida".
 
- Vamos poder andar em cada rua deste estado podendo olhar para cada cidadão com toda a dignidade. E queremos deixar claro que nós vamos ficar monitorando o governo durante quatro anos, dia e noite. Se atacarem qualquer direito ou descumprir qualquer compromisso, esse formigueiro entrará em movimento novamente - disse Hermes Leão.
 
 
EN
 
Para o secretário de Comunicação da entidade, Luiz Fernando Rodrigues, durante os 46 dias de greve, o governo do Paraná desrespeitou os professores.

— Não fomos atendidos, mas continuaremos a nossa mobilização, continuaremos também pressionando o poder público para investigar e punir os responsáveis pela violência em 29 de abril — disse Rodrigues.
 
No episódio de abril, 213 pessoas, segundo a prefeitura de Curitiba, ficaram feridas num protesto de professores contra mudanças no sistema da Previdência dos Servidores do Paraná, que terminou em confronto com a polícia, em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Alep). Após a ação violenta da polícia, o gabinete de Richa mergulhou em uma crise e levou o governador tucano a demitir os secretários de Educação, Fernando Xavier Ferreira, e o de Segurança, Fernando Francischini, além do comandante da PM, Cesar Vinicius Kogut. As demissões foram antecipadas pelo GLOBO.
 
O governador disse que no confronto de abril ficaram feridas somente 40 pessoas, mas que o sindicato contabilizou como feridos até os que estavam com os olhos lacrimejando pelo gás pimenta.
 
- Sou contra a violência. Se houvesse um só ferido já seria de lamentar, mas considero o episódio encerrado. Vamos voltar à vida normal - disse o governador. Richa disse que a crise provocou "arranhões" na sua imagem e na do seu governo.
 
- Agora vamos tentar recuperar a imagem com trabalho e realização de obras, que serão retomadas. Fizemos um grande ajuste fiscal no Estado. Só com as mudanças na Previdência do Estado, que os professores eram contra, conseguimos uma economia mensal de R$ 125 milhões. Sabíamos que, ao cortar despesas, teríamos consequências negativas para a nossa imagem, mas tínhamos que fazer. Agora, estamos retomando obras e pagando fornecedores - disse Richa.
 
Ele explicou que não pôde atender os professores antes por absoluta falta de dinheiro.
 
- Dinheiro não cai do céu. Não temos fábrica de dinheiro. Para dar dinheiro para a educação, estava faltando para obras e pagamento de fornecedores - disse Richa, para quem a greve foi injustificada:
 
- O piso salarial nacional dos professores é de R$ 1.900 e no Paraná o piso é de R$ 3.200. Quando divulgamos os salários médios dos professores na internet, mostramos que os professores não eram tão coitadinhos assim e que tudo não passava de um jogo político no Paraná - afirmou o governador tucano.
 
REPOSIÇÃO DAS AULAS PREOCUPA SINDICATO
 
Com o fim da greve, os quase um milhão de alunos, que estão sem aula desde o dia 25 de abril, retornam às salas de aula nesta quarta-feira. A maior preocupação do sindicato é com a reposição das aulas: os servidores ainda não sabem se conseguirão repor até 23 de dezembro e avaliam a melhor maneira para isso. No entanto, a proposta do governo, que foi aceita pelos professores, prevê o pagamento de 3,45% que é referente à inflação entre os meses de maio, quando vence a data-base da categoria, e dezembro de 2014.
 
Em janeiro de 2016, os servidores devem receber um novo reajuste, com a inflação acumulada em 2015, mais um ponto percentual de aumento real. A mesma medida deve ser tomada em janeiro de 2017. Em maio de 2017, os servidores ainda devem receber um novo aumento, em relação ao primeiro quadrimestre do ano. Já em 2018, a data-base voltará para o mês de maio, quando será paga a inflação acumulada no último período. Além do reajuste, os servidores também exigiram que os dias de falta durante a greve não sejam descontados. Na última segunda-feira, em reunião entre representantes do APP-Sindicato e da Secretaria de Educação, o governo se comprometeu a não descontar as faltas dos meses de maio e junho, desde que haja reposição das aulas e compensação da carga horária dos funcionários.
 
Sobre as faltas de abril, que já foram lançadas, o governo afirmou que irá reembolsá-las a partir do momento em que forem entregues os relatórios mensais de frequência, e forem homologados os calendários das unidades escolares. Esta é a segunda paralisação da categoria este ano, a primeira aconteceu em fevereiro. Com o fim da greve, os quase um milhão de alunos, que estão sem aula desde o dia 25 de abril, retornam às salas de aula nesta quarta-feira.

Fonte: O Globo

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Professores em greve ocupam a Câmara do Rio e protestam em abertura de festival de cinema

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Secretaria estadual de Educação disse que vai cortar o ponto dos grevistas a partir da última quinta (26), quando o Tribunal de Justiça decretou a ilegalidade da paralisação
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27/09/2013 - da Redação
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Os professores em greve da rede municipal do Rio de Janeiro (RJ) ocuparam, na tarde dessa quinta-feira (26), o plenário da Câmara Municipal, onde os vereadores votariam o Plano de Cargos e Salários assinado na última quarta-feira (25) pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). A categoria afirma que não foi ouvida para a elaboração do documento. A sessão foi cancelada e os professores permanecem no interior da Casa até esta sexta-feira (27). Os profissionais de educação da rede municipal dizem que não vão sair do prédio até que o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), os receba. “A categoria está desconfiada de que possa ter uma nova sessão amanhã (27)”, explicou a diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Gesa Linhares.
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Por volta das 20h, um grupo de professores realizou, ainda, um protesto em frente ao Cine Odeon, na Cinelândia, onde ocorria a abertura do Festival Internacional de Cinema do Rio. Policiais militares impediram, com truculência, a aproximação dos manifestantes ao tapete vermelho, por onde passavam os convidados do evento.
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Os professores estaduais e municipais estão em greve desde o dia 8 de agosto. Um mês depois de iniciado a paralisação, a categoria voltou a dar aulas, mas dois dias depois parou as atividades novamente. Segundo o Sepe, a greve tem a adesão de 80% dos professores.
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Corte de ponto
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Na quarta-feira (25), o Tribunal de Justiça do Rio derrubou a liminar concedida ao Sepe que impedia o corte dos dias parados e outras penalidades com a greve dos professores. Com a decisão da desembargadora Geórgia de Carvalho Lima, o município pode descontar os dias não trabalhados pelos grevistas. O prefeito Eduardo Paes, por sua vez, afirmou que ainda vai avaliar se cortará ou não o ponto dos grevistas. Já a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) informou nesta sexta-feira (27) que vai "cortar o ponto dos servidores faltosos a partir de quinta-feira (26), quando foi publicado o acórdão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça ratificando a ilegalidade da greve". Em relação aos dias parados anteriores a 25 de setembro, a Seeduc informou que, caso as aulas não sejam repostas, executará também o desconto desse período.
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Foto: Tomaz Silva/ABr
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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Professores param em março

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Por Juana Suarez
Com o fim do Carnaval, o que se espera das escolas é acelerar o ritmo dos estudos, mas na rede pública de ensino, já estão programadas paralisações. Nos dias 14, 15 e 16 do mês que vem, servidores da educação em todo o país vão cruzar os braços contra a redução do índice de reajuste do piso salarial nacional dos professores.

O protesto é um recado direto ao grupo de governadores, incluindo o de Minas, Antonio Anastasia, que quer barrar o aumento de 22% no piso e limitá-lo a 6,5%. Atualmente, a Lei Federal nº 11.738/08 estabelece o piso nacional de R$ 1.187 para professores de nível médio (com jornada de até 40 horas semanais). E esse salário deve ser reajustado anualmente, conforme o investimento mínimo por aluno definido pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Para 2012, o índice de reajuste previsto é de 22%, o que elevaria a remuneração básica para R$ 1.448. O Ministério da Educação (MEC) informou que aguarda um parecer do Tesouro Nacional para aprovar o aumento, que deve sair até o próximo mês.

Enquanto isso, o grupo de governadores tenta acelerar a votação na Câmara dos Deputados do projeto que vincula o reajuste anual à inflação. No ano passado, o índice foi de 6,5%.

A assessoria de imprensa do governo de Minas confirmou que Antonio Anastasia (PSDB) - juntamente com os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB); da Bahia, Jacques Wagner (PT); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); e do Ceará, Cid Gomes (PSB) - pediu ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT), para providenciar a votação do projeto. Os chefes de governo alegam que as condições financeiras atuais não permitem um aumento maior.

Segundo a Secretaria de Governo de Minas, o reajuste de 22% não teria impacto no novo modelo de remuneração adotado pelo Estado, o subsídio, que tem como base R$ 1.122 para profissionais de nível médio com carga horária de 24 horas por semana. Proporcionalmente, o Estado alega pagar 57% mais. Se o piso nacional for reajustado em 22%, Minas continuaria pagando mais. Portanto, não seria preciso reajustar o salário dos professores. Porém, a longo prazo, o reajuste baseado no Fundeb pode vir a ultrapassar a remuneração em Minas. Em abril, está previsto um reajuste de 5% para todos os servidores do Estado.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) diz que o subsídio - que incorporou os benefícios da categoria ao salário base - congelou a carreira, não permitindo que a remuneração mineira acompanhe o reajuste nacional.
Confederação
Categoria tenta barrar projeto
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) tem uma audiência pré-agendada com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), para o próximo dia 1º de março. Segundo o presidente da CNTE, Roberto Franklin Leão, o objetivo é barrar a tramitação do projeto de lei nº 3.776/08, que está pronto para votação em plenário e vincula o reajuste do piso nacional do magistério ao índice da inflação.

"É uma vergonha a falta de compromisso desses governadores com a educação brasileira. Em vez de cumprir a lei, eles se articulam para congelar o piso".

Para a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira, o reajuste defendido pelos governadores vai apenas recompor a inflação e não terá ganho real. "Eles querem mudar a lógica de um piso que valoriza a educação, através do investimento no professor", disse.

De acordo com a lei em vigor, o reajuste do piso varia de acordo com os investimentos nos estudantes. Quanto mais se investe no aluno, maior é o aumento do salário dos professores. O projeto que visa a derrubar esse cálculo tramita na Câmara desde 2008, quando foi sancionada a lei nacional do piso. Na época, o próprio governo federal enviou a proposta para modificar o reajuste porque os custos com os salários poderiam comprometer o orçamento da educação a longo prazo. O projeto chegou a ser aprovado na Câmara, mas foi rejeitado no Senado, por pressão da categoria, e voltou às mãos dos deputados. (JS)

Fonte: Jornal O TEMPO (MG)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Deputados ignoram apelo de professores e aprovam projeto que muda remuneração da categoria

ANA CLARA OTONI/CLÁUDIA GIÚZA
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A contragosto dos professores, os deputados estaduais aprovaram, por 51 votos a 20, o substitutivo apresentado pelo governo de Minas Gerais à Assembleia Legislativa que estabelece o subsídio como única forma de remuneração, extinguindo o sistema de vencimento básico (piso salarial com benefícios). Desde a manhã desta quarta-feira (23), os professores estavam na ALMG, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, aguardando a votação do projeto - que só começou às 20h.
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Segundo a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira, o Estado ignorou o acordo firmado com a categoria que colocou fim à greve de 112 dias - durante a negociação com a categoria, o Estado aceitou que o servidor optasse pelo piso salarial ou pelo subsídio como forma de pagamento. Durante negociação com a categoria, o Estado aceitou que o servidor optasse pelo subsídio ou pelo piso salarial como forma de pagamento. A votação estava marcada para a terça-feira (21), porém, cerca de 2.000 professores fizeram uma manifestação na Casa e impediram que a sessão ocorresse. O Sind-UTE havia ameaçado voltar com a greve, caso o projeto fosse aprovado. A categoria ainda não se manifestou sobre a hipótese de realmente paralisar as atividades, com a confirmação da aprovação do substitutivo.
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O deputado Rogério Correia (PT) classificou o substitutivo apresentado pelo governo como "um novo projeto de lei", devido à quantidade de artigos no texto. Correia acusa o governo de ter agido de má-fé ao cancelar, na semana passada, a reunião com a comissão formada para debater o assunto, composta por deputados, governo e sindicato, e não abrir nova data para o diálogo. “A oposição e os professores foram traídos. O governo ganhou tempo para conseguir que o projeto ficasse em caráter de urgência e nos obrigar a votá-lo nesta semana”, disse o deputado, antes da aprovação do substitutivo.
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Força-tarefa. O governo anunciou nessa terça-feira (22) que vai montar uma força-tarefa para regularizar, até janeiro do ano que vem, a situação de todos os servidores da educação que tenham processos acumulados de aposentadoria e gratificações como quinquênios e biênios de forma que a aplicação da nova política salarial, que unifica os benefícios ao vencimento básico tenham a situação regularizada e não fiquem prejudicados com a mudança. De acordo com a secretária de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Renata Vilhena, até janeiro de 2012, todos os servidores poderão saber qual será o salário final a receber pelo subsídio e aplicação dos reajustes, que serão pagos de forma escalonada até janeiro de 2015. Para o ano que vem, está garantido 5% de aumento nos salários.
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O governo alega que optou por esse regime para unificar as remunerações e ter uma maior transparência. “Hoje, temos servidores com pagamentos individualizados com 22 gratificações diferentes. O modelo unificado é mais simplificado e transparente”, explicou a secretária. Segundo o Estado, cerca de 30% dos professores terão aumento real de até 60% no salário.
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Proposta. De acordo com a nova proposta apresentada nesta terça-feira (22) aos deputados mineiros, o crescimento da remuneração dos profissionais da educação será escalonado em quatro anos. Até janeiro de 2015, considerando os reajustes anuais - no próximo ano será de 5% - o professor estará recebendo salário dentro do novo regime, com progressão e reajuste de 2,5% para cada dois anos de trabalho e de 10% para cada nível de escolaridade avançado.
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Fonte: O tempo (MG)

quarta-feira, 30 de março de 2011

SINPRO EM MOVIMENTO

Foto do site do Sinpro/MG

Professores suspendem greve e comemoram vitória
29 mar. 2011

Em assembleia nesta terça-feira (29/3), na Faculdade de Medicina da UFMG, os professores da rede privada de Belo Horizonte decidiram suspender a greve, iniciada em 22 de março. A assembleia terminou em clima de emoção e comemoração. Os professores aprovaram a proposta mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em audiência na manhã desta sexta, que prevê reajuste salarial de 8%, renovação da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com retroatividade a 1o de fevereiro, e criação de uma comissão intersindical para, num prazo de 90 dias, tratar dos temas: equiparação dos pisos da educação infantil, regulamentação da educação a distância, seguro de vida, mudança da data-base e vigência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Na reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT), o sindicato patronal assumiu o compromisso de, caso a comissão não chegue a um consenso durante os 90 dias, aceitar que o órgão assuma o papel de mediador. Também foi mantida a garantia de salários por 120 dias a cada semestre – com exceção dos demitidos entre 1o e 15 de fevereiro. “A categoria respondeu de forma efetiva, deu uma aula de cidadania e está de parabéns. Houve um ganho incalculável em termos de aumento da capacidade de mobilização, de resistência e de organização. Inúmeros professores também se conscientizaram da necessidade de se unirem e lutarem por seus direitos. Estamos diante de um cenário de crescente conscientização e, em função de tudo isso, estaremos muito mais fortes nas próximas negociações em torno de conquistas dos professores e de uma educação de qualidade para todos”, afirmou Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas. Ele destacou que a mobilização, com greve e manifestações, fez com que o patronal "repensasse a relação com a categoria". "Com nossa força, mostramos que exigimos respeito e temos dignidade”.

Durante a assembleia, os docentes agradeceram as mensagens de apoio de pais e alunos, enviadas ao sindicato. Estudantes do 3º ano do ensino médio do Colégio Marista Dom Silvério chegaram a encaminhar uma carta à direção da escola, reivindicando a valorização dos professores.

"Chama da utopia"

A categoria prestou uma homenagem a todos os que aderiram ao movimento, aplaudindo-os de pé. Foram oito dias de greve e um de paralisação, em 16 de março. “Foi uma caminhada com muitos obstáculos no caminho, mas vitoriosa”, avaliou Celina Arêas, diretora do Sinpro Minas. A paralisação atingiu parcial ou integralmente mais de 60% das principais escolas de Belo Horizonte e região, como Marista Dom Silvério, Colégio Arnaldo, Frei Orlando, Padre Eustáquio, Efigênia Vidigal, Colégio Batista, Imaculada, Libertas, Magnum (Nova Floresta), Pitágoras (Raja Gabáglia), Nossa Senhora das Dores, Pio XII, Sagrado Coração de Maria, Izabela Hendrix, São José Operário, Escola da Serra, Padre Machado, Santa Dorotéia, Uni-BH, Fumec, Newton Paiva, Universo, Rubens Romanelli, Unifem (Sete Lagoas), Curso Alfa (Divinópolis), São Francisco de Assis, entre outras.

“Vamos manter acesa a chama da utopia”, convocou um docente. “Conseguimos, nesta campanha, deixar claro que quem estava sendo intransigente o tempo todo eram os donos de escolas. Estávamos dispostos a negociar, mas eles se recusaram a entender as nossas necessidades de valorização”, afirmou um professor, após a assembleia, que lotou o auditório da Faculdade de Medicina da UFMG. A diretoria do Sinpro Minas voltou a repudiar a pressão e as ameaças feitas aos professores e falou da necessidade de mobilização diante da emenda 45, que leva a Justiça do Trabalho a não julgar os dissídios coletivos quando não há acordo entre as partes. Com isso, muitas categorias profissionais ficam sem direitos previstos em Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).

O diretor do sindicato Aerton Silva ressaltou que a campanha reivindicatória deste ano ainda não terminou, já que a comissão intersindical precisa decidir sobre os cinco pontos pendentes. "Na verdade, estamos apenas começando mais uma caminhada, que é longa, em torno da educação de qualidade, da valorização dos professores e contra a mercantilização da educação”, destacou. A assembleia também aprovou a criação de uma comissão para verificar as denúncias de assédio moral e substituição de professores durante a greve. Conforme o acordo com o Sinep/MG, as faltas serão abonadas e o calendário de reposição será estabelecido diretamente entre os professores e as escolas.

segunda-feira, 28 de março de 2011

NOTÍCIAS...

Professores da rede particular fazem nova assembleia

O pedido inicial de 12% de aumento com equiparação dos pisos da educação infantil estão mantido
por Amanda Paixão, repórter

Professores da rede particular realizam na manhã desta segunda-feira (28) uma manifestação no Barro Preto, na Região Centro-Sul de BH. O protesto que simulou uma aula com o tema “Educação não é mercadoria” foi na porta do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Segundo o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), cerca de 40 pessoas com a ajuda de um carro de som se reuniram para o ato simbólico. A paralisação foi iniciada no último dia 22 e uma nova assembleia marcada para esta tarde, às 15 horas, na Faculdade de Medicina da UFMG, para decidir sobre a continuidade da greve. O pedido inicial de 12% de aumento com equiparação dos pisos da educação infantil estão mantido. A proposta dos profissionais ainda conta com regulamentação do ensino à distância e a mudança da data-base de negociações com o sindicato para abril. Porém se o Sinep concordar a proposta de conciliação feita pelo STR, os profissionais estariam aptos a aceitar.


quinta-feira, 24 de março de 2011

Categoria entra em greve por tempo indeterminado

Sinpro em movimento

Professores ressaltam necessidade de mobilização para garantir conquistas

Em assembleia lotada, nesta terça-feira (22/3), os professores da educação privada (área de abrangência do Sinep/MG) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.

Na sexta-feira (25/3), nova assembleia será realizada, às 9h, na Faculdade de Medicina da UFMG (Av. Alfredo Balena, 190 – Centro – BH), para decidir o rumo do movimento grevista.

“A categoria está unida. Aumentamos a mobilização, e a adesão cresce a cada dia. Os professores deram novamente o recado de que, neste ano, não abriremos mão de avanços”, destacou Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas.

Nova reunião com o sindicato patronal está agendada para esta quinta-feira (24/3), às 10h30, na Superintendência Regional do Trabalho (Rua Tamoios, 596 – Centro – BH). O sindicato convoca os professores para um ato na porta da Superintendência, enquanto acontece a reunião. A paralisação desta terça-feira atingiu parcial ou integralmente em torno de 50 instituições de ensino de Belo Horizonte, como Colégio Frei Orlando, Marista Dom Silvério, Colégio Santo Antônio, Efigênia Vidigal, Colégio Libertas, Colégio Pio XII, Instituto Padre Machado, Colégio Imaculada, Universo, Newton Paiva, Uni-BH, Sagrado Coração de Maria, Fumec, Escola da Serra, entre outras. A decisão da assembleia é válida para a capital e região metropolitana.

Intransigência patronal

Os docentes voltaram a recusar, por unanimidade, a contraproposta patronal – que prevê reajuste pelo INPC (6,53%) para quem ganha acima do piso, e de 7,5% para quem o recebe –, e reafirmaram a necessidade de avançar e de valorizar a categoria. Após quase quatro meses de negociação, o impasse permanece, pois os donos de escolas mantêm a intransigência e se recusam a apresentar uma proposta satisfatória, que atenda as reivindicações da categoria. “Mesmo com todos os indicadores econômicos positivos, o patronal não quer valorizar os professores. Em nenhum momento, nossa pauta de reivindicações foi aceita. Em função disso, a greve é a saída que a categoria encontrou neste momento para pressioná-los a negociar”, disse Gilson Reis.

Os professores reivindicam 12% de reajuste salarial, equiparação dos pisos da educação infantil, regulamentação da educação a distância, mudança da data-base para 1º de abril, eleição de delegados sindicais a cada 50 trabalhadores na instituição de ensino, seguro de vida e criação de comissão, no interior das escolas, para tratar de assuntos relacionados à violência no ambiente escolar e à saúde da categoria.

Fonte:
http://www.sinprominas.org.br/conteudos/detalhes.aspx?IdCanal=118&IdMateria=1899

Em Belo Horizonte, 11 mil alunos ficaram sem aulas

Oito escolas pararam total ou parcialmente nesta quarta-feira

Iracema Amaral - Repórter - 23/03/2011 - 19:13

O segundo dia de greve dos professores da rede particular de ensino deixou nesta quarta-feira (23) 11 mil alunos da capital sem aula, representando 5,7% do total de estudantes matriculados. O cálculo é do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep), que contabilizou a paralisação total ou parcial de oito estabelecimentos. Belo Horizonte conta com 1.296 escolas particulares.

“É um absurdo parar com as aulas, porque as mensalidades são caras”, reage a gerente comercial Jaqueline Horta Passos, mãe de Maria Eduarda, 4 anos, do Sagrado Coração de Maria. A filha precisou ficar com a avó para que Jacqueline pudesse trabalhar. “A escola não informou o motivo da paralisação e isso muda a nossa rotina”, reclama Eliane Bartolomeu, cuja filha de 4 anos precisou ficar com a babá para a mãe poder trabalhar.

O Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro) não soube informar quantos alunos foram prejudicados com a greve. O Sinpro fez o balanço apenas do número de escolas que participam do movimento, calculado em 50. A justificativa para a estimativa é que o movimento grevista está começando e os números não puderam ser checados nas escolas. A contabilidade levou em conta relatos de professores que participaram, na terça-feira, da assembleia da categoria. Amanhã, nova reunião dos professores está marcada para avaliar o movimento grevista e a contraproposta patronal para as reivindicações dos professores. A assembleia será às 9 horas, na Faculdade de Medicina da UFMG. No mesmo dia e horário está agendado encontro entre os diretores das escolas particulares, na sede do Sinep.

Professores e representantes dos donos das escolas particulares se reúnem para avaliar os resultados da reunião de conciliação, prevista para acontecer na manhã de quinta-feira (24) na Superintendência Regional do Trabalho. Nesta quarta, o presidente do Sinep, Ermiro Barbini, adiantou que vai oferecer 7,5% de reajuste para todas as faixas salariais. Anteriormente, esse percentual era apenas para quem ganhasse o piso da categoria. Os professores reivindicam 12% de aumento para toda a categoria baseada em Minas Gerais, que soma 54 mil professores. Na capital, esse número chega a 33 mil desse total no Estado. Além de outros benefícios para melhoria da qualidade do exercício da profissão.

Fonte: Jornal Hoje em Dia