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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PESQUISA: VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

Educação, escola e paradoxos no campo da violência

Lúcio Alves de Barros - Professor da FAE-UEMG/BH, licenciado e bacharel em Ciências Sociais pela UFJF, mestre em Sociologia, doutor em Ciências Humanas: sociologia e política pela UFMG. Autor do livro, “Fordismo: origens e metamorfoses”. Piracicaba: Ed. UNIMEP, 2004; organizador da obra “Polícia em Movimento”. Belo Horizonte: Ed. ASPRA, 2006, co-autor do livro de poesias, “Das emoções frágeis e efêmeras”. Belo Horizonte: Ed. ASA, 2006 e organizador de “Mulher, política e sociedade”. Brumadinho, MG: Ed. ASA, 2009.
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Débora Luiza Chagas de Freitas - graduanda em pedagogia da FAE-UEMG

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Introdução

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Este é o relatório final da pesquisa, apresentado ao Centro de Pesquisa da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), ao Programa Institucional de Apoio à Pesquisa (PAPq/UEMG) e ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/UEMG/Estado).
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A pesquisa analisa as relações sociais produzidas em uma escola estadual de Belo Horizonte. Tais relações tinham como latente a sociabilidade fundamentada nas relações de violência. Partimos da ideia de que a violência é um conceito polissêmico e recebe roupagens de acordo com os interesses dos agentes envolvidos, bem como da localidade da instituição escolar e da posição ou papel social que o agente, por vezes, incorpora.
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Para publicação em Educação Pública, dividimos o relatório em três partes. Nesta primeira, discutimos o polissêmico conceito de violência. Delineamos as violências discutidas no cenário acadêmico e que se manifestam, sem pouca conscientização, entre os professores e alunos. O debate é frutífero, e tanto a temática da educação como a da violência nos fornecem várias formas de leitura e entendimento do real.
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A pesquisa conta hoje com a bolsista Úrsula Mansur e Iara Ferreira
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A seguir:
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Educação, escola e paradoxos no campo da violência – Parte II – Percepção da violência
Educação, escola e paradoxos no campo da violência – Parte III – Das ameaças e armas
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Publicado em 06/12/2011
ISSN: 1984-6290
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Revista Educação Pública. Reflexão e interação de educadores
Edição n° 47 - 06/12/2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

BULLYING...

...identifique se o seu filho é vítima desse tipo de intimidação


Um dos desafios para a identificação do bullying é o fato de muitas dessas práticas serem aceitas como meras brincadeiras por pais e professores

Pouco antes do horário de ir à escola, a criança diz que tem dor de barriga e pede para faltar. Em casa, não desgruda da Internet. Senhor pai ou responsável: pense duas vezes antes de castigar seu filho ou chamá-lo de preguiçoso. Você pode ter uma vítima de bullying em casa.

O termo vem do inglês "bully" (pronuncia-se 'búli'), que se refere a pessoas que intimidam, agridem ou se aproveitam de outras pessoas - o seu filho, por exemplo. Um dos desafios para a identificação do bullying é o fato de muitas dessas práticas serem aceitas como meras brincadeiras por pais e professores - crianças que se dão apelidos, fazem gozações e chacotas umas com as outras.

"O que muitos pais não percebem é que, não raramente, essas 'brincadeiras' fazem mal à criança. Em casos extremos, leva ao suicídio", diz a pedagoga Cleo Fante, especialista em bullying. Segundo a educadora, a popularização da Internet entre adolescentes e crianças é outro fator que contribui para o aumento do bullying, "já que no mundo virtual as pessoas não precisam dar as caras".

Os casos de cyberbullying, praticados pela Web, são tão "prejudiciais para as crianças quanto o bullyings tradicional", afirma Fante. No mundo real ou virtual, o problema requer atenção de pais e professores. "Um dos maiores erros é menosprezar o sofrimento da criança. Não se deve dizer para o filho deixar isso para lá", diz Fante.

"Há pais que dizem 'eu também passei por isso', o que não justifica o sofrimento da criança. Além do mais, cada indivíduo encara as dificuldades de maneira diferente", diz. Se a escola é o local em que a criança sofre a intimidação, os pais devem entrar em contato com professores e diretores, que devem coibir esse tipo de ação entre os estudantes. "É preciso também estimular a auto-estima dos pequenos. As maiores vítimas são as crianças tímidas, que não conseguem se defender e exigir que os colegas parem com a brincadeira. Os pais devem incentivar a criança a fazer isso, sem estimular a violência", diz Fante.

"A criança deve conseguir dizer com firmeza: 'eu não quero brincar', 'eu não sou isso que você está dizendo'. Brigar com o filho vítima de bullying não dará a coragem que a criança precisará para ser firme", explica a pedagoga.

Seu filho sofre bullying? Então:

- Não diga para "deixar para lá" - ou ele pode não mais contar problemas que tenha;

- Converse com a direção da escola, se o problema for lá;

- Se não resolver, faça boletim de ocorrência em delegacia de polícia;

- Se a ofensa for pela Internet, imprima a página e leve ao Ministério Público;

- Estimule que seu filho conte como foi o dia na escola.

Como identificar o bullying

Muitas vítimas de bullying sofrem caladas, "por vergonha, por acharem que são culpadas ou até merecem os apelidos, ou por falta de oportunidade de diálogo", aponta Cleo Fante. Cabe, então, a pais e professores a tarefa e identificar se há algo de errado na vida social da criança ou mesmo do adolescente.

"Só consegue notar diferenças quem acompanha o cotidiano do filho. É esse o primeiro passo: ver se a criança está mais irritada, nervosa ou triste que o normal", aponta Fante. No caso de vítimas de cyberbulling, a compulsão por utilizar a Internet é outra característica.

Filhos "valentões"

Se o seu filho não é vítima de bullying, ele pode ser, ainda, um desses agressores - comportamento que também merece atenção e cuidado dos pais. "Dependendo da gravidade do ato, o menor pode ser internado para serem aplicadas medidas sócio-educativas", explica o promotor de Justiça Criminal, Lélio Braga Calhau, de Minas Gerais.

No caso de bullying pela Internet - caso a criança ou adolescente espalhe mentiras que ofendam algum colega -, o pai ou quem permitiu o acesso ao computador também pode ser penalizado.

"Alguém que seja negligente com um crime pode também ser responsabilizado, de acordo pelo código penal. Na área cívil, pode haver processos por danos morais e a família ser obrigada a pagar indenizações", diz Calhau. Para identificar se o seu filho está intimidando outras crianças, a pedagoga cita algumas características comuns aos agressores: "os jovens que praticam bullying costumam ser hostis, usam força para resolver seus problemas e são intolerantes".

Os pais não devem elogiar nem estimular os filhos briguentos e valentões. Devem conversar e, se necessário, procurar ajuda de profissionais especializados, como psicólogos.

Fonte: UOL Educação

quinta-feira, 17 de março de 2011

Estudantes são flagrados com arma dentro de escola estadual no bairro Pirajá

FERNANDO COSTA - 17/03/2011

Três estudantes foram apreendidos na manhã desta quinta-feira (17) depois de levarem um revólver calibre 38 para a sala de aula e ameaçarem um outro aluno de uma escola estadual no bairro Pirajá, localizado na região Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, um dos garotos, que teria 15 anos, pegou escondido a arma do pai e levou para o colégio. Enquanto mostrava o revólver para um dos amigos durante uma aula, houve um tiro acidental, que assustou o professor e os outros alunos.

Ainda segundo a polícia, um dos jovens tentou se desfazer da arma jogando-a pela janela no pátio da instituição. Acionada pela diretora da escola, militares do 16º batalhão foram ao local e conseguiram localizar os três suspeitos. Os três rapazes, que confessaram que levaram a arma para assustar um jovem de 16 anos de outra turma, foram encaminhados junto com os responsáveis ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH).

Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=113553

sexta-feira, 11 de março de 2011

Nordeste investe pouco no aluno, diz pesquisa

Embora os dados do MEC apontem para crescimento do investimento na Educação, a Paraíba e outros cinco Estados da região Nordeste têm os mais baixos investimentos por aluno no País. O investimento anual por aluno na Educação pública da Paraíba deverá ficar em R$ 1.722,05 para as séries iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª série ou 5º ano) e em R$ 2.238 para o aluno do ensino médio.

Segundo o Ministério da Educação, os recursos serão provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) que irá aplicar mais de R$ 1,6 bilhão no Estado em 2011. O custo aluno deste ano representa um aumento de 21% em relação ao ano passado quando o valor ficou em R$ 1.414 e R$ 1.697, respectivamente.

Embora os dados do MEC apontem para crescimento do investimento na Educação, a Paraíba e outros cinco Estados da região Nordeste têm os mais baixos investimentos por aluno no país nas séries iniciais do ensino fundamental e finais segundo números do Fundeb. Em paralelo, eles também apresentam os piores desempenhos na Educação pública, de acordo com os dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 2009.

De primeira a quarta séries do ensino fundamental, as escolas públicas estaduais da Paraíba, Sergipe, Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Piauí obtiveram notas que vão de 3,7 a 3,9, numa escala até dez. No ensino médio, as notas variaram de 3,1 a 3,4. Esses Estados tinham a previsão de gastar, em 2009, ano de referência para o Ideb, R$ 1.350,09, a R$ 1.630,76 por aluno, nos primeiros anos e R$ 1.620,11 e R$ 1.779,01 nos últimos. Vale lembrar que o Ideb é a “nota” do ensino básico no país. Numa escala que vai de 0 a 10, o Mec fixou a média 6, como objetivo para o país a ser alcançado até 2021. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar (ou seja, com informações enviadas pelas escolas e redes), e médias de desempenho nas avaliações do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o Saeb - para os Estados e o Distrito Federal, e a Prova Brasil - para os municípios.

Por sua vez o o Fundeb é um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual (um fundo por estado e Distrito Federal), formado por parcela financeira de recursos federais e por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios, vinculados à Educação por força do disposto no art. 212 da Constituição Federal. Independentemente da origem, todo o recurso gerado é redistribuído para aplicação exclusiva na Educação Básica.

A implantação do Fundeb começou em 1º de janeiro de 2007, sendo plenamente concluída no seu terceiro ano de existência, ou seja, 2009, quando o total de alunos matriculados na rede pública é considerado na distribuição dos recursos e o percentual de contribuição dos estados, Distrito Federal e municípios para a formação do fun o patamar de 20%. De acordo com o Mec, a expectativa de matrículas para este ano é de mais de 196 mil para as primeiras fases do ensino fundamental, sendo 61 mil apenas na rede estadual. Já no ensino médio a previsão é de cerca de 110 mil matrículas nas escolas públicas do Estado, segundo os dados do ministério.

AÇÕES ESPECÍFICAS

Para melhorar os índices do Ideb, a Secretaria Estadual de Educação vai desenvolver ações específicas voltadas para escolas e municípios que tiveram rendimento insatisfatório em 2009.

“Iremos realizar o monitoramento de escolas e municípios que tiveram resultados abaixo do esperado no Ideb 2009 e, em paralelo, oferecer oficinas para as disciplinas de língua portuguesa e de matemática para os professores da rede estadual”, informou a gerente do Programa de Avaliação da Secretaria Estadual de Educação, Iara Andrade de Lima.

Fonte: Jornal da Paraíba (PB)