Mostrando postagens com marcador poder público. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poder público. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de janeiro de 2011

Chuva e mortes. Desgraça anunciada.


Desmoronamentos, desastres, tragédias, sofrimento, solidariedade são eventos anunciados e esperados a cada Janeiro. A inovação está nos números que, assustadoramente, crescem. Somente não são novos os fatores causais.

Passada a tormenta e diminuída a lama, quando já não há corpos e choro para alimentar o noticiário, o esquecimento vai tomando a forma de rotina. A dor vai se perpetuar, apenas, no coração daqueles, diretamente, atingidos. Quando chega o Carnaval, o assunto é outro. A partir daí, ninguém sabe e ninguém cobra as ações de dever do poder público. Não há demonstração de resultados. Silêncio! E, o pior de tudo é que novos empreendimentos imobiliários, novas construções e novas vias vão rasgar áreas de risco ou de preservação, vão subir montanhas e vão continuar trocando grana por vidas na cidade que crescerá desordenada e ameaçadora.

No resto do ano, onde estará o poder público? Onde estarão engenheiros, geólogos, agrimensores, topógrafos, empreiteiros, investidores, construtores e tantos outros especialistas que, verdadeiramente, conhecem as causas da picareta da morte? Onde estarão? Silenciados e vivendo as suas vidas como se nada tivessem a ver com a previsibilidade das desgraças alheias. São alheias!

Ah, a culpa é das chuvas. Fácil desculpa!

Célia Maria Corrêa Pereira é professora e mestre em administração de empresas

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A CLASSE MÉDIA E A ESCOLA PÚBLICA

por Fernando Martins - 27 out. 2010

Faz parte da natureza do ser humano cuidar do que é seu e deixar de lado aquilo que não lhe pertence. Pais dão atenção a seus filhos. Empresários, a seus negócios. Cada um de nós, a nossos problemas pessoais. Em princípio, não há nenhum mal nesse comportamento. Mas ele ajuda a entender um pouco por que a Educação pública brasileira há tanto tempo enfrenta uma crise de qualidade.

Existe uma tese de que a Escola pública deixou de ser boa a partir da década de 70, quando a classe média a abandonou para matricular seus filhos em colégios particulares. Como a Educação governamental não era mais “sua”, essas famílias – instruídas e com noção do que é um bom ensino – deixaram de cobrar qualidade do Estado.

Sobrou nos grupos Escolares uma maioria de alunos das classes mais populares. Eram filhos de pais que, em geral, não chegaram a ter uma instrução formal adequada – para quem os critérios da boa Educação eram menos exigentes. A consequência foi a falta de cobrança popular sobre o Estado. E, em uma segunda etapa, a perda da qualidade educacional de um modo disseminado, restando apenas algumas “ilhas” de excelência no setor público.

Obviamente, essa não é a única causa dos problemas educacionais do país. Talvez nem seja a principal. Tampouco é razoável culpar a classe média e imaginar que ela simplesmente tenha decidido, do nada, deixar a Escola pública. Provavelmente havia razões concretas para isso: a Educação ofertada pelo Estado, que até a década de 60 era referência, já estaria ficando ruim. Mas, de qualquer modo, o êxodo dos estudantes de famílias remediadas teria acelerado o processo.

Por isso, não deixa de ser animadora a informação de que há um refluxo dessa tendência. “Pioneiros” da classe média – por questões financeiras ou para dar aos filhos um contato maior com a realidade social, não isolando-os nos colégios particulares – estão voltando àEscola pública, conforme noticiou a Gazeta do Povo do último domingo, em reportagem de Tatiana Duarte. Ainda que a procura seja pelos colégios municipais ou estaduais que mantiveram um padrão mínimo de qualidade, esse movimento tem o potencial de resgatar a cobrança de pais sobre o Estado pela boa Educação. Os pioneiros da antiga classe média podem ainda se somar aos pais da nova classe média – pessoas que deixaram a pobreza pela força do trabalho e que hoje têm uma noção muito mais clara da importância do estudo do que havia 30, 40 anos atrás.

Agora é esperar para ver no que tudo isso vai dar. Daí pode sair um caminho para outras áreas em que o Estado não cumpre seu papel a contento, como a saúde. Talvez o caminho seja cada um assumir a responsabilidade de cuidar do que é público, assim como cuidamos de nós mesmos. Afinal, o que é do Estado também é nosso.

Fonte: Gazeta do Povo (PR)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A MÍDIA COMERCIAL EM GUERRA CONTRA LULA E DILMA

por Leonardo Boff*

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o "silêncio obsequioso" pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o "Brasil Nunca Mais", onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário. Esta história de vida me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando veem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como "famiglia" mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos de O Estado de São Paulo, de A Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem desse povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido a mais alta autoridade do país, ao Presidente Lula. Nele veem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha. Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma), "a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes, nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo -Jeca Tatu-; negou seus direitos; arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação; conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)".

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável. Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados, de onde vem Lula, e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e para "fazedores de cabeça" do povo. Quando Lula afirmou que "a opinião pública somos nós", frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito innovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas, importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, ao fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA, que faz questão de não ver; protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra, mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e, no fundo, retrógrado e velhista; ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes?

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das más vontades deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

* Teólogo, filósofo e escritor - Representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra]. http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=51181

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O "TOQUE" PARA UMA ESCOLA PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE

Por Lúcio Alves de Barros*

Em lembrança dos 15 anos da "presença" de Florestan Fernandes (1920-1995)

Uma amiga, professora da rede pública na Bahia, sempre brinca quando alguém lhe pede um "toque". Diz ela, "quem dá toque é ginecologista". Infelizmente ela está errada porque já faz algum tempo que os proctologistas têm utilizado ostensivamente os dedos. Todavia, gostaria de usar a ideia do toque, com dedo ou sem dedo para "dar um toque" nos candidatos a presidente, governador e demais cargos da federação. O toque é simples porque tenho visto somente candidatos falando, falando, mas com tudo a desejar no campo em que o toque será inevitável. Não digo que os candidatos, notadamente à presidência, não saibam o que estão propondo. São pessoas inteligentes, capazes, tem experiência de vida e de governo. Eles, provavelmente, se não sabem deveriam saber do que pode ou não dar certo, mas não custa nada lembrar, "chover no molhado" e repetindo aos gritos talvez alguém escute.

O toque é o seguinte: defesa incondicional da escola pública, gratuita e de qualidade. Está aí o toque que penso ser profundo. Não vejo outra saída para esse país construído com base na exclusão, na violência, no autoritarismo e numa vergonhosa concentração de renda (o Brasil é o 3º país com pior distribuição de renda de acordo com o PNUD). Neste sentido, nada como explicar o que a maioria das pessoas já sabe: escola pública significa escola para todos. Não entendam mal, significa que todos, independentemente de cor, sexo, condições financeiras, cabelos encaracolados, com ou sem carro, com ou sem casa tem o direito inegociável de frequentar uma sala de aula. Os mais avisados vão falar que isto já é matéria constitucional, mas se nem os advogados tem o trabalho de ler a carta imaginem os candidatos. Neste caso, teimo na seguinte asserção: escola pública é para que todos possam aprender a não somente ler e a escrever. Escola é para auxiliar seres humanos a compreenderem o mundo tal como ele se apresenta. Trata-se de formar, informar e cuidar do ser humano para que ele seja capaz de - no mínimo - buscar e constituir sua autonomia. E que tenha, na ponta da língua, a capacidade de criticar, se defender, "colocar o dedo da ferida", apontar para o erro e reivindicar. Não acho bom essa ideia de "analfabeto funcional". Ou o sujeito sabe ou não sabe. Uma pessoa que não entende o que lê é despreparada para muita coisa, principalmente para disputar e sobreviver nesse país que não é para principiantes.

No que se refere à escola gratuita a questão é também simples. Não seria de bom tom pagar o que, na realidade, é conquista e direito. Embora tolerável, é inadmissível que ainda continuemos a nos enganar com algumas escolas públicas que se saem bem nas notas do IDEB. Infelizmente elas são minoria e a maioria das escolas públicas quando comparadas às instituições privadas ficam para trás. A verdade tem que ser dita: escola gratuita não é escola para pobre. Ela é também para os pobres. As universidades federais, que no Brasil são melhores que as universidades privadas, são gratuitas. Podem argumentar sobre os impostos que pagamos e que algumas também deixam a desejar. Todavia, vale lembrar que a universidade pública, por definição, teoria e natureza, não possui um proprietário, uma família como dona ou um conjunto de empresários sedentos de dinheiro. Ela é do Estado, esse ser abstrato, historicamente forjado com base em um contrato no intuito de fazer valer os direitos, a distribuição de oportunidades e a diminuição do medo do cidadão. Chego mesmo a pensar que educação não tem nada a ver com os mecanismos de mercado e não deve ser por acaso que as palavras não carregam nenhuma rima. Aos candidatos é preciso dizer que se faz necessário sérios investimentos em educação e que ela seja não somente gratuita, mas uma política de governo. Essa dimensão está associada ao último "toque" não tão profundo nos candidatos: toda escola deve ter por princípio, meio e fim a qualidade.

Uma escola com ensino de qualidade começa no bom pagamento de salários para os professores. Dito de forma mais simples, pois tem gente que não entende: os docentes devem, pelo trabalho que levam a efeito, por vezes mais de oito horas ao dia, receber bons salários. Não é possível um professor, especialmente os que lidam com as crianças, receberem salários paupérrimos e que fiquem a contar trocos para o xérox ou para garantir um pouco de educação para os alunos. O professor merece estar em um lugar (nem sei se já esteve) no qual o primeiro passo é o reconhecimento do seu trabalho através de bons salários. Nada de sonhos, a segurança pública tem avançado porque os policiais passaram a ganhar melhor e muitas carreiras jurídicas são procuradas justamente por isso. Logo, o início é o salário. Além disso, é importante respeitar a escola como instituição que é de fato e de direito. Escola não é hospital, não é manicômio, tampouco cadeia ou quartel. As escolas são instituições nas quais muitos de nós passaram um terço da vida. É na escola que o aluno e aluna ainda vão encontrar um lugar de liberdade, respeito e emancipação. Sei que estou "chovendo no molhado", mas a ideia é essa mesma. Se falarmos e falarmos talvez alguém escute. Como o diálogo pode ser para surdos, repito: nos dias de hoje, não existe um lugar que possa ser tão seguro, bom e tranquilo quanto uma escola. Tenho ciência da violência, da criminalidade, balas perdidas, indisciplinas, depredações e dos constantes conflitos que existem nestes locais. Mas eles podem ser solucionados tendo como ponto de partida o primado do respeito, da dignidade e da autoridade. Educação com qualidade é, neste caso, cuidado com o lugar dos professores como atores importantes do processo de aprendizagem.

Um local adequado, professores preparados e bem pagos, alunos motivados ainda precisa de mais alguma coisa: um currículo rico em valores e que não diz respeito somente ao campo frio e seco da técnica, mas também à grande arte de ser gente. Cumpre ao ambiente escolar não somente delinear os primeiros passos da criança, mas colocar na cabeça dos adolescentes, jovens e adultos caminhos alternativos e cheios de vida no sentido do que é a vida e que ela vale à pena e que não se deve desistir do ato de educar simplesmente porque o sujeito já se formou e/ou decidiu por ficar longe das escolas e das universidades. Educação e conhecimento são mundos que não tem fim. Este é o "toque" e sinta quem quiser.

________________________________________________________________________________
* é professor da Faculdade de Educação da UEMG. Autor do livro, Fordismo: origens e metamorfoses. Piracicaba, SP: Ed. UNIMEP, 2005 e organizador das obras, Polícia em Movimento. Belo Horizonte: Ed. ASPRA, 2006 e Mulher, política e sociedade. Belo Horizonte / Brumadinho: Ed. ASA, 2009.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

NOTÍCIAS...

Greve dos professores estaduais pode chegar ao fim nesta terça-feira

FERNANDA PENNA [portal@otempo.com.br]; 18/05/2010 - 07h59

Os professores da rede estadual se reúnem na tarde desta terça-feira (18) para tentar por fim a greve que já dura 40 dias. A categoria se reúne às 14h, na Praça da Assembleia, na região Centro-Sul da capital, para avaliar as propostas feitas pelo governo em reunião realizada no dia 12 de maio.

Na ocasião, os representantes dos professores deixaram o encontro com a promessa da secretária de Planejamento de que será feito um estudo sobre as formas de incorporação das gratificações ao vencimento básico da categoria. Os professores querem elevação do piso salarial - de R$ 850 para R$ 1.312. O governo alega que por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRP) e a lei eleitoral, está impedido de aumentar os salários e oferece piso de R$ 935. A secretária garantiu ainda que o ponto dos dias parados não será cortado e que nenhum profissional da educação será demitido por causa da greve.

Os professores em Minas estão em greve desde o dia 8 de abril. Uma decisão da Justiça, no último dia 4, considerou a greve ilegal.


Fonte: http://www.otempo.com.br/