quinta-feira, 31 de março de 2011
OPINIÃO: capital do saber
quarta-feira, 30 de março de 2011
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SINPRO EM MOVIMENTO
terça-feira, 29 de março de 2011
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segunda-feira, 28 de março de 2011
DEPOIMENTOS...
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DO PÁTIO DA ESCOLA PARA DENTRO
Colégios fazem parcerias com comunidade, abrem suas portas e reduzem violência; pactos de disciplina também ajudam instituições
Há cinco anos, o professor Adão Aparecido Xavier, então diretor do Colégio Estadual Helena Kolody, em Colombo, resolveu criar o Fórum Permanente de Combate à violência para discutir o problema com a comunidade. A ideia surgiu após a morte de um ex-aluno do Jardim Monza. O rapaz cursava Marketing e estava voltando para casa com a namorada quando foi assassinado. No mesmo ano, outros cinco ex-alunos foram mortos.
A parceria com a comunidade surtiu efeito. A reunião de alunos, pais, líderes religiosos, comunitários e políticos gera uma multiplicação de ideias. E o resultado tem sido a redução da violência na Escola de 1,8 mil estudantes. “Com o fórum viajei para diversas cidades do interior mostrando que não adianta jogar a discussão para baixo do tapete. É preciso acabar com a cultura do medo”, lembra Xavier.
Uma Escola estadual no bairro Uberaba, em Curitiba, instalou grades de ferro na entrada para inibir a ação de vândalos. Mas foi quando passou a discutir o tema com as famílias dosalunos que as soluções apareceram. A participação dos moradores ajudou a conter a violência entre estudantes. E agora o debate está em via de chegar à sala de aula. “Os alunos ficam vulneráveis ao oferecimento de drogas por parte dos pequenos traficantes nas ruas, principalmente quando têm de passar pelo trilho do trem que divide o bairro”, explica o presidente da Associação de Moradores da Vila União, Altair Góis.
Para a superintendente da Secretaria de Estado da Educação, Meroujy Giacomassi Cavet, a parceria com a comunidade é o caminho para lidar com a violência dentro das Escolas. “Precisamos ter uma gestão compartilhada e contar com todos no processo educativo”, afirma. Ela é categórica ao dizer que não adianta esconder os problemas de violência. “Temos de assumir o problema de frente.”
No caminho, pode-se ver floreiras dividindo o espaço no pátio do recreio. Grafites multicoloridos ilustram o dia a dia de 758 alunos.
E isso é resultado de uma história de “amor”, como Gilmar Luís Cordeiro, 45 anos, denomina sua trajetória profissional. Ele é diretor da instituição há cinco anos e conta que já foi ameaçado de morte, passou por uma explosão na ala das salas de aula e teve os pneus do carro furados. Mas nunca teve medo, garante.
Ele procurou apoio na comunidade para aplicar uma fórmula simples, mas que exige firmeza: o aluno entra, faz fila e é encaminhado pelo professor até a sala, evitando aglomerações; o recreio é monitorado pelo diretor e professores; quem falta precisa cantar o Hino Nacional na frente da Escola – o que levou à redução de, em média, 60 alunos atrasados para 15 por dia; a instalação de câmeras inibiu o vandalismo; a permanência constante de uma funcionária no portão de entrada, idem. “Eu cativei a comunidade e me faço respeitar”, festeja.
Há nove meses não há brigas internas nem externas. O dinheiro gasto na troca de 400 vidros de janelas que eram quebrados anualmente, em média, tem sido revertido para a revitalização da Escola. A evasão Escolar diminuiu. “Foi reduzida a violência interna e, com isso, os alunos e pais mantêm a confiança na Escola”, explica. Para Gilmar, é importante que os alunos tenham em mente que seus atos têm consequência – o que passa do limite é registrado nos boletins na polícia. Em 2009, houve meia dúzia de ocorrências na Delegacia do Adolescente. Em 2010, quatro. Neste ano, nenhuma.
Mediação de conflito traz resultados
O acordo só foi possível porque a instituição é uma das 355 atendidas pelo Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), em Curitiba e região metropolitana.
Entre os programas desenvolvidos e aplicados pelo BPEC está a mediação Escolar para a resolução de conflitos.
Em 2011, a equipe comandada pelo tenente coronel da Polícia Militar Douglas Sabatini Dabul realizou sete arbitragens, envolvendo 27 alunos.
Segundo ele, em sete anos de atuação a média de envolvidos em casos de violência tem diminuído.
Somente em Curitiba foram 160 casos, com 1.347 alunos mediados em 2010. A média é de oito alunos atendidos por interferência. (AP)
Fonte: Gazeta do Povo (PR) - http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1110117&tit=Do-patio-da-escola-para-dentro
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O pedido inicial de 12% de aumento com equiparação dos pisos da educação infantil estão mantido
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Projeto de lei tramita em comissão de educação do Senado.
sexta-feira, 25 de março de 2011
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de acordo com o periódico "O Tempo", Conferir:
http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=114416.
A micro-empresária Tatiana Oliveira, de 34 anos, mãe da aluna, relatou que foi até a escola após ser chamada pela direção e encontrou a filha em pânico e chorando muito. No local, a menor contou para a mãe que teria sido agarrada pelos adolescentes e forçada a entrar na gaiola. Constrangida, a garota pediu ajuda aos colegas que chamaram a diretora da escola. “O que fizeram com a minha filha é revoltante, não foi uma brincadeira de mau gosto foi uma agressão. Por isso, resolvi chamar a polícia e denunciar o que aconteceu. A minha filha ficou traumatizada com a história e nem quer voltar para a instituição”, contou. A diretora Sandra Ruil, fez uma reunião com os pais dos alunos envolvidos e a jovem agredida. Durante a reunião, os jovens pediram desculpas para a adolescente e disseram que estavam arrependidos pelo que fizeram. A diretora ainda explicou que os pais dos alunos não aceitaram a atitude dos filhos e vão tomar medidas para que os garotos não cometam outros erros. Na instituição, os alunos assinaram advertência acompanhados pelos responsáveis e podem ser transferidos de turno por causa da situação. A mãe da adolescente disse que foi decidido que os pais dos alunos agressores vão pagar sessões de terapia para a adolescente que afirmou ter se sentido molestada pelos colegas. “Não desejo isso pra ninguém foi horrível. Ainda estou insegura para voltar a estudar, mas sei que não tenho culpa de nada. Eu fui vítima de uma brincadeira muito ruim e que agora eu quero esquecer”, contou a estudante.
Investigação - A Superintendência Regional Metropolitana, ligada a Secretaria Estadual de Educação informou que já entrou em contato com a escola e está apurando os dois casos envolvendo os estudantes da instituição. A direção da escola será ouvida para serem tomadas providências que possam melhorar o comportamento dos alunos.
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Uma dona de casa, de 28 anos, fez uma denúncia nesta quinta-feira de que o filho é vítima de bullying em uma escola pública de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). O garoto, de 12 anos, está com uma fratura em um dos dedos da mão após sofrer agressões de alunos da unidade, de acordo com ela. Segundo ela, o filho, de 12 anos, é perseguido por outros alunos em uma escola na Vila Virgínia, em Ribeirão. À polícia, a mãe disse que relatou o problema à direção do colégio, porém, nada foi feito. Ontem, para evitar que o menino fosse novamente agredido, a dona de casa fez "guarda" no local. A polícia solicitou que o garoto fosse para o IML (Instituto Médico Legal) para exame de corpo de delito.
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Um adolescente de 16 anos foi esfaqueado por um colega de escola no fim da tarde dessa quinta-feira (24) em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. De acordo com a Polícia Militar, o estudante foi agredido nas proximidades da Escola Estadual Estêvão de Oliveira por um colega de também 16 anos, após a vítima ter brigado com outro aluno da sua mesma série.
Segundo os militares, a agressão ocorreu no fim das aulas do período vespertino e um professor teria presenciado toda a violência. Mesmo assustado, segundo a PM, o mestre foi quem retirou a faca das mãos do agressor, que fugiu em seguida. Conforme a polícia, o adolescente foi atingido por três facadas no tórax e levado em estado grave para o Hospital Pronto Socorro da cidade. Já o agressor, foi localizado e apreendido depois de intenso rastreamento. Acompanhado da sua mãe, o adolescente prestou depoimento na 7ª Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora.
Na manhã desta sexta-feira (25), a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu.
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Um estudante de 16 anos foi internado em estado grave após ser esfaqueado dentro da Escola Estadual Estêvão de Oliveira, no Centro, no final da tarde de ontem. De acordo com a Polícia Militar, a vítima teria se envolvido em uma briga com outro aluno, da mesma série do ensino médio, no horário da saída, por volta das 17h15. O agressor teria usado uma faca de cozinha para desferir três golpes no tórax do estudante. Desacordado e em estado grave, o aluno foi encaminhado pelo Samu para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde passava por cirurgia até o fechamento desta edição. Nove viaturas da 30ª Companhia da PM foram empenhadas na ocorrência.
A faca de cozinha que provavelmente foi usada no crime foi encontrada cheia de sangue no chão próximo ao portão da escola. O objeto foi apreendido pelos policiais e encaminhado à delegacia, em Santa Terezinha, junto com um boné, que também apresentava manchas de sangue. Por volta das 20h30 de ontem, segundo a PM, o adolescente que teria praticado a violência, também de 16 anos, foi apreendido no Bairro Retiro, na Zona Sudeste. No entanto, até o fechamento desta edição, ele não havia chegado à delegacia.
Um pai de duas estudantes da instituição, que funciona na Rua Oscar Vidal, no Centro, relata o desespero das pessoas que presenciaram a violência. "Vi muita gente saindo da escola correndo, e alguém gritou que tinha gente esfaqueada lá dentro. Como ainda não tinha encontrado a minha filha, entrei para ver se a achava. Foi aí que vi o garoto todo ensanguentado, caído, parecia que estava morto. Muitas crianças começaram a chorar, todo mundo ficou em pânico", relata o professor, que preferiu não ser identificado. "Também sou professor de escola pública, e não sabemos mais o que fazer com esses jovens", completa. Segundo os militares do Centro, o Estêvão de Oliveira não tem histórico de brigas graves, como a que ocorreu ontem. Por isso, o policiamento tem se concentrado em outras instituições de ensino do Centro, como as escolas Normal (Instituto Estadual de Educação) e Delfim Moreira (Grupos Centrais). "Estávamos na Escola Delfim Moreira (também no Centro) para evitar brigas lá, mas, nesse meio tempo, acabou que ocorreu aqui", comentou um policial, que também preferiu manter o anonimato.
Para a diretora da subsede de Juiz de Fora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), Victória de Fátima Melo, os colégios não são "ilhas" e, portanto, sofrem influência da sociedade. "Se os adolescentes estão vivendo essa cultura de resolver seus conflitos com violência, a escola não ficará imune. Temos a clareza de que o problema é social e que a escola, sozinha, não o resolverá", comenta, acrescentando que é responsabilidade do Estado garantir a integridade e a assistência ao professor frente a atual situação de violência no ambiente escolar. A Superintendência Regional de Ensino informou que já havia sido comunicada sobre o ocorrido na Estêvão de Oliveira ontem, porém a diretora em exercício não estava na cidade para comentar o caso. A diretora da instituição também foi procurada, mas, muito abalada, não quis se pronunciar.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Juiz decreta prisão preventiva de PMs que atiraram em adolescente em Manaus
Nesta quinta, a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) condenou a violência. De acordo com a nota da SDH, as imagens demonstram uma grave violação dos direitos humanos. “É inaceitável que, em um Estado Democrático de Direito, agentes públicos protagonizem cenas bárbaras como as referidas”. A secretaria destaca ainda, que além da violência, houve má-fé no documento de registro da ocorrência dos fatos, que apresentou condições muito diferentes do que as imagens indicaram. “Os atos de violência cometidos pelos policiais contra o adolescente são também uma afronta ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Estado e seus agentes, portanto, devem ser os primeiros a dar o exemplo para a sociedade”, diz a nota.
O Artigo 5º do ECA e o Artigo 227 da Constituição Federal resguardam que as crianças e adolescentes não serão objeto de qualquer forma de violência, crueldade e opressão. Para a SDH, os responsáveis pela agressão ao adolescente devem ser rigorosamente punidos, assim como seus superiores hierárquicos que foram omissos diante da apuração do fato.
* Com informações da Agência Brasil
Fonte: Correio Braziliense
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Presos seis dos sete PMs acusados de agredir e atirar em garoto de 14 anos em Manaus
Publicada em 25/03/2011
MANAUS, SÃO PAULO - Estão presos seis dos sete policiais militares acusados de agredir e atirar em um garoto de 14 anos em Manaus. O sétimo acusado, um cabo que havia se apresentado voluntariamente, está em férias e ainda não foi localizado. Eles podem ser expulsos da Polícia Militar do Amazonas e responder à Justiça comum por tentativa de homicídio. O governo federal condenou o abuso aos direitos humanos e o ministro José Eduardo Cardoso afirmou que casos como estes devem ter punição exemplar.
O caso aconteceu em outubro do ano passado e chegou à Procuradoria no fim de fevereiro. De acordo com os procuradores, cinco tiros foram disparados contra o garoto, que não tem antecedentes criminais. No boletim de ocorrência, os policiais disseram que atiraram no garoto porque foram recebidos a tiros ao chegar ao local. O garoto teve o pulmão perfurado e já recebeu alta do hospital. Ele e a família foram colocados no Programa de Proteção a Testemunhas.
Nesta quinta-feira, o secretário de Segurança Pública, Zulmar Pimentel, negou que a cúpula se segurança do estado tivesse conhecimento do crime. Segundo o comandante da Polícia Militar, Dan Câmara, o documento de fevereiro passado só foi protocolado no último dia 10 e havia sido pedida urgência na tramitação. A Polícia Militar e o Ministério Público do Amazonas informaram que vão trabalhar juntos na investigação do caso, que será sigilosa.
- Queremos esclarecer também que não houve interesse da PM em atrasar a investigação - afirmou o comandante.
O processo será encaminhado ao juiz da auditoria militar Aucides Carvalho Vieira Filho.
As cenas gravadas mostram o adolescente cercado por homens da Força Tática. Pouco depois, ele aparece sozinho com um policial. O menino está desarmado e não tem para onde fugir. Quando ele abaixa a cabeça, é alvo da covardia. O adolescente só não foi morto porque um dos policiais interveio. Em nota, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República condenou a agressão policial contra o menor e pede punição aos agressores.
São acusados de participação no crime os policiais Janderson Bezerra Magalhães, André Castilho, Wilson Henrique Ribeiro da Cunha, Rozivaldo de Souza Ferreira, Marcos Teixeira de Lima, Wesley Souza dos Santos, Alexandre Souza dos Santos.
Fonte: O Globo
Sindicato dos professores da rede particular discute propostas apresentadas em nova assembleia nesta sexta
De acordo com o Sinpro, foi sugerido reajuste de 8,13%, equiparação dos pisos da educação infantil a partir de fevereiro de 2012, renovação da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) retroativa a 1º de fevereiro, com vigência de dois anos, reposição das aulas paralisadas, garantia de pagamento dos dias parados e de que não haverá demissões dos docentes que participaram do movimento. A proposta também prevê a criação imediata de uma comissão intersindical para definir, no prazo de 90 dias, as questões relacionadas ao seguro de vida, à regulamentação da educação a distância e à mudança da data-base para 1º de abril. Os donos de escolas também vão se reunir nesta sexta para analisar a proposta da SRT.
A assembleia desta sexta será realizada às às 9h, na Faculdade de Medicina da UFMG, no centro da capital.
Fonte: OTEMPOonline
Imagens mostram PM atirando em garoto de 14 anos em Manaus
A investigação foi feita em sigilo. Dos sete policiais envolvidos, seis já prestaram depoimento. O garoto teve o pulmão perfurado e já recebeu alta do hospital. Ele e a família foram colocados no Programa de Proteção a Testemunhas. Após a ação da Procuradoria, a Secretaria de Segurança Pública também abriu investigação e o caso será encaminhado à Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas. Foi pedida prisão preventiva dos policiais.
No boletim de ocorrência, os policiais disseram que atiraram no garoto porque foram recebidos a tiros ao chegar ao local. São acusados de participação no crime os policiais Janderson Bezerra Magalhães, André Castilho, Wilson Henrique Ribeiro da Cunha, Rozivaldo de Souza Ferreira, Marcos Teixeira de Lima, Wesley Souza dos Santos, Alexandre Souza dos Santos.
Fonte:http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/03/24/imagens-mostram-pm-atirando-em-garoto-de-14-anos-em-manaus-924075825.asp
Fonte da charge: Jornal "Acrítica" de Manaus
Estudo: bullying está associado ao 'desejo de popularidade'

Para muitos adolescentes que navegam pelos desafios sociais da escola, o maior objetivo é fazer parte da turma "popular". Porém, uma nova pesquisa sugere que o caminho para a popularidade na escola pode ser perigoso, e que os alunos perto do topo da hierarquia social são muitas vezes vilões e vítimas de comportamento agressivo envolvendo seus colegas.
As descobertas, que serão publicadas na The American Sociological Review, oferecem uma nova visão sobre a estratificação social dos adolescentes. O estudo, acompanhado de uma pesquisa relacionada da Universidade da Califórna, em Davis, nos Estados Unidos, também desafia os estereótipos do bullying escolar e da vítima. Casos bastante divulgados envolvendo bullying normalmente significam um assédio crônico de estudantes socialmente isolados, mas os estudos mais recentes sugerem que várias formas de agressão e vitimização ocorrem à medida que os alunos competem para melhorar sua popularidade.
As descobertas contradizem a ideia do agressor como desajustado ou agressivo por natureza. Em vez disso, os autores argumentam que, quando se trata de comportamento malicioso, o papel dos traços individuais é "superestimado", e grande parte dele se deve a preocupações com o status. "Muitas vítimas são feitas nos degraus intermediários e altos da hierarquia", disse o autor do estudo, Robert Faris, professor assistente de sociologia da UC Davis. "Frequentemente pensamos que isso é parte de como os jovens disputam status. Em vez de perseguir os adolescentes excluídos, eles podem mirar em colegas rivais".
Educadores e pais muitas vezes desconhecem o estresse diário e as agressões com que devem lidar até mesmo estudantes bem-ajustados socialmente. "Pode ser invisível", disse Faris. "A literatura sobre bullying vem focando nessa única dinâmica de antagonismo crônico repetido de jovens socialmente isolados, ignorando essas outras formas de agressão. É bem possível que um ato, um rumor espalhado na Internet possa ser devastador".
Pesquisa
Numa série de estudos, alguns ainda aguardando publicação, os pesquisadores da UC Davis pediram a 3.722 alunos da oitava à décima série em três condados da Carolina do Norte para indicarem o nome de seus cinco melhores amigos. Então os pesquisadores perguntaram aos alunos se eles já tinham sido alvo de algum comportamento agressivo por parte de seus colegas - incluindo violência física, abuso verbal e assédio, rumores e fofocas, ou ostracismo - e se eles mesmos já tinham participado desse tipo de comportamento.
Os pesquisadores usaram os dados para construir complexos mapas sociais das escolas, monitorando grupos de amigos e identificando os alunos que constantemente estavam no centro da vida social. "Não é só o número de amigos que o jovem tem, mas quem são esses amigos", disse Faris. "Os jovens de que estamos falando estão bem no meio das coisas". Usando os mapas, os pesquisadores monitoraram os alunos mais frequentemente acusados de comportamento agressivo. Eles descobriram que subidas no status social estavam associadas a aumentos subsequentes na agressão. Notavelmente, o comportamento agressivo atingiu o auge na 98º posição de popularidade, depois caiu.
"Bem no topo, começamos a ver uma reversão, os jovens nos 2% mais altos têm tendência a serem menos agressivos", disse Faria. "A interpretação que eu tenho é que eles não precisam mais ser agressivos porque estão no topo. Mais agressões podem ser contraproducentes, sinalizando insegurança com sua posição social".
Resultados
No geral, a pesquisa mostra que cerca de um terço dos alunos estão envolvidos em comportamento agressivo. Em outro artigo apresentado no ano passado, Faris relatou que a maioria das agressões de adolescentes é direcionada a rivais sociais. "Talvez um degrau acima ou abaixo de você", como ele colocou, "em vez de um adolescente que está totalmente desprotegido e isolado".
"Não quero dizer que esses jovens não sofrem, porque eles sofrem agressões", disse ele. "Mas o índice geral de agressões parece aumentar à medida que o status sobe. Isso sugere que um aluno acredita ter mais benefício em perseguir alguém que seja seu rival".
Como prevenir o bullying
A pesquisa oferece um mapa para educadores que tentam combater o bullying e a agressão dentro e fora da escola. Uma opção pode ser convocar o apoio dos alunos que não estão envolvidos com bullying - os que estão bem no topo da escada social, e os dois terços dos alunos que não fazem bullying.
Richard Gallagher, diretor do Instituo de Paternidade e Maternidade do Centro de Estudos Infantis da Universidade de Nova York, disse que a pesquisa acrescenta a um corpo crescente de literatura científica documentando o papel que a popularidade exerce no assédio agressivo e no comportamento de bullying.
"Ele salienta que é um comportamento típico usado para estabelecer redes e status sociais", disse Gallagher, professor de psiquiatria infantil e de adolescentes. "As escolas e os pais precisam estar atentos porque é um comportamento que ocorre o tempo todo. Isso significa que os distritos escolares precisam ter políticas que lidem com o problema. Acho que devemos recorrer aos próprios adolescentes para criar algumas soluções".
Gallagher afirmou que, embora os resultados tenham sido confusos, algumas pesquisas mostraram que as escolas podem combater o bullying e a agressão ao convocar a ajuda dos alunos, assim como dos administradores. "Não é provável que se elimine totalmente esse comportamento, mas é provável que sua ocorrência se reduza", disse.
Segundo ele, os programas que obtiveram sucesso são os que não colocam os jovens na posição de meros espectadores. "As iniciativas fizeram com que os jovens populares demonstrassem que o bullying não é legal". Faris afirmou planejar conduzir novas pesquisas para casar os mapas sociais com anuários das escolas, a fim de melhor documentar uma hierarquia social. Um estudo relacionado também sugere que não é apenas a popularidade que influencia um comportamento agressivo, mas a importância que o aluno dá a ser popular.
"Historicamente, toda a atenção tem se focado nas deficiências mentais dos que fazem a agressão", disse Faris. "Precisamos direcionar mais atenção à forma como a agressão está entrelaçada no tecido social dessas escolas".
Fonte: Terra
Melhores armas contra o bullying são o diálogo e a prevenção
Nesta semana, a história de um adolescente australiano rendeu muitas reflexões sobre um tema que preocupa a todos – o bullying. Este fenômeno é caracterizado pela agressão intencional, física ou psíquica, praticada por uma pessoa, ou grupo delas, a uma outra, que geralmente apresenta algum aspecto pessoal que a diferencia, como a obesidade ou timidez exacerbada. Às vezes, a vítima de bullying sofre anos de agressões calada, gerando outros problemas de ordem mental e social. E foi o que aconteceu com o garoto Casey Heynes, de 15 anos.
Em uma entrevista a uma TV australiana, Heynes disse que desde o ensino fundamental sofria agressões. Há três anos, foi deixado de lado por um grupo de oito amigos, quando então as investidas iniciaram. Além de ataques verbais, quando diziam que ele era gordo e deveria perder peso, ele também sofria agressões físicas, como rasteiras e tapas, chegando-se ao extremo de o amarrarem em uma árvore com fita adesiva. Ele sofreu tudo calado, sem nunca revidar.
O garoto relata que se sentiu muito só e, cerca de um ano atrás, chegou a pensar em suicídio. Porém, cansado dessa situação, ele revidou a provocação de um garoto mais novo e de menor porte físico. A cena foi filmada por alguém, caiu na internet e milhões de pessoas a viram em poucas horas. A maioria que viu o vídeoo considerou um herói e o apoia em sua atitude.
Ficou, no entanto, a dúvida sobre sua reação: se cada vez que uma pessoa sofrer um tipo de agressão revidar com outra, o mundo se transformará em uma pancadaria. Não é o melhor caminho. Como o garoto disse, foi o que pode fazer. Mais uma vez vale lembrar que o melhor meio de se trabalhar com a questão do bullying com crianças e adolescentes (vamos nos restringir a eles, mas esse fenômeno não tem idade) no ambiente escolar e em casa, é através da prevenção.
Para isso, é necessário reconhecer sua existência e manter os olhos bem abertos. A escola costuma ser o ambiente preferencial para que ele ocorra, não dá para não ver. Em casa, as vítimas ou agressores tendem a mostrar de alguma forma que as coisas não andam bem, através de algum sintoma físico ou comportamentos diferentes. A questão é séria e consequências graves podem ocorrer, como aqueles tiroteios em escolas nos Estados Unidos.
Não é à toa que Heynes diz ter se sentido sozinho. Durante três anos, além de não dizer nada a ninguém, pessoa alguma percebeu (ou não quis perceber) – família e escola. Geralmente uma vítima desse tipo tem dificuldade em colocar as coisas para fora, elas sofrem caladas. Seja por ser uma característica delas, ou por simplesmente nunca serem ouvidas.
Isso leva a pensar o quanto sua atitude de não buscar ajuda possa refletir um certo descaso para com ele. Como que ninguém o viu amarrado numa árvore? Seu pai só ficou sabendo através do vídeo. Pois é. Apesar de todo o sofrimento, Heynes mostrou ter uma grande força de vida. Demorou, mas aconteceu. Em vez de desistir, agredindo-se mais ainda, pondo um fim a sua vida, ele deu um basta com o que foi possível naquele momento – usou de sua força física contra seu agressor. Mesmo assim, não foi tomado pela raiva. Não espantaria nada se ele ficasse espancando o menino por um tempo maior sem conseguir parar.
Se pensarmos do ponto de vista social, sua atitude não é adequada. Porém, ao considerarmos o aspecto da saúde mental, Heynes deu um passo à frente para manter sua sanidade. Ele é o herói de si mesmo e deu voz a todos que já sofreram agressões do tipo (a maioria de nós, como bem lembrou o jovem australiano).
O outro garoto se defendeu – o que é natural. Nem os pais dele, no entanto, pareceram engolir muito isso. E a escola resolveu, depois de tanta repercussão, suspender os dois alunos, pois sua tolerância a agressões é zero. Parece que ela dormiu durante três anos e não viu nada. Esse é um problema mais comum do que se pensa. Não dá para fazer de conta que ele não existe. Assim como Heynes, está na hora de escolas e famílias despertarem e reagirem a isso. Sem pancadaria.
Fonte: G1
BULLYING...
Um dos desafios para a identificação do bullying é o fato de muitas dessas práticas serem aceitas como meras brincadeiras por pais e professores
O termo vem do inglês "bully" (pronuncia-se 'búli'), que se refere a pessoas que intimidam, agridem ou se aproveitam de outras pessoas - o seu filho, por exemplo. Um dos desafios para a identificação do bullying é o fato de muitas dessas práticas serem aceitas como meras brincadeiras por pais e professores - crianças que se dão apelidos, fazem gozações e chacotas umas com as outras.
"O que muitos pais não percebem é que, não raramente, essas 'brincadeiras' fazem mal à criança. Em casos extremos, leva ao suicídio", diz a pedagoga Cleo Fante, especialista em bullying. Segundo a educadora, a popularização da Internet entre adolescentes e crianças é outro fator que contribui para o aumento do bullying, "já que no mundo virtual as pessoas não precisam dar as caras".
Os casos de cyberbullying, praticados pela Web, são tão "prejudiciais para as crianças quanto o bullyings tradicional", afirma Fante. No mundo real ou virtual, o problema requer atenção de pais e professores. "Um dos maiores erros é menosprezar o sofrimento da criança. Não se deve dizer para o filho deixar isso para lá", diz Fante.
"Há pais que dizem 'eu também passei por isso', o que não justifica o sofrimento da criança. Além do mais, cada indivíduo encara as dificuldades de maneira diferente", diz. Se a escola é o local em que a criança sofre a intimidação, os pais devem entrar em contato com professores e diretores, que devem coibir esse tipo de ação entre os estudantes. "É preciso também estimular a auto-estima dos pequenos. As maiores vítimas são as crianças tímidas, que não conseguem se defender e exigir que os colegas parem com a brincadeira. Os pais devem incentivar a criança a fazer isso, sem estimular a violência", diz Fante.
"A criança deve conseguir dizer com firmeza: 'eu não quero brincar', 'eu não sou isso que você está dizendo'. Brigar com o filho vítima de bullying não dará a coragem que a criança precisará para ser firme", explica a pedagoga.
Seu filho sofre bullying? Então:
- Não diga para "deixar para lá" - ou ele pode não mais contar problemas que tenha;
- Converse com a direção da escola, se o problema for lá;
- Se não resolver, faça boletim de ocorrência em delegacia de polícia;
- Se a ofensa for pela Internet, imprima a página e leve ao Ministério Público;
- Estimule que seu filho conte como foi o dia na escola.
Como identificar o bullying
Muitas vítimas de bullying sofrem caladas, "por vergonha, por acharem que são culpadas ou até merecem os apelidos, ou por falta de oportunidade de diálogo", aponta Cleo Fante. Cabe, então, a pais e professores a tarefa e identificar se há algo de errado na vida social da criança ou mesmo do adolescente.
"Só consegue notar diferenças quem acompanha o cotidiano do filho. É esse o primeiro passo: ver se a criança está mais irritada, nervosa ou triste que o normal", aponta Fante. No caso de vítimas de cyberbulling, a compulsão por utilizar a Internet é outra característica.
Filhos "valentões"
Se o seu filho não é vítima de bullying, ele pode ser, ainda, um desses agressores - comportamento que também merece atenção e cuidado dos pais. "Dependendo da gravidade do ato, o menor pode ser internado para serem aplicadas medidas sócio-educativas", explica o promotor de Justiça Criminal, Lélio Braga Calhau, de Minas Gerais.
No caso de bullying pela Internet - caso a criança ou adolescente espalhe mentiras que ofendam algum colega -, o pai ou quem permitiu o acesso ao computador também pode ser penalizado.
"Alguém que seja negligente com um crime pode também ser responsabilizado, de acordo pelo código penal. Na área cívil, pode haver processos por danos morais e a família ser obrigada a pagar indenizações", diz Calhau. Para identificar se o seu filho está intimidando outras crianças, a pedagoga cita algumas características comuns aos agressores: "os jovens que praticam bullying costumam ser hostis, usam força para resolver seus problemas e são intolerantes".
Os pais não devem elogiar nem estimular os filhos briguentos e valentões. Devem conversar e, se necessário, procurar ajuda de profissionais especializados, como psicólogos.
Fonte: UOL Educação
Código disciplinar do MPF proíbe bullying e trotes violentos em escola federal de Minas
Um código disciplinar elaborado entre o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas (IFSE) e o Ministério Público Federal (MPF) tem por objetivo proibir a prática de bullying dentro da escola, que fica em São João del-Rei, região do Campo das Vertentes. O código foi criado mediante um compromisso firmado entre o IFSE e o MPF durante as investigações de irregularidades no julgamento de uma suposta infração cometida por um estudante na Escola Agrotécnica de Barbacena, que posteriormente foi incorporada àquela instituição.
Bullying e trotes violentos, praticados dentro ou fora da escola, são considerados falta grave e podem resultar em expulsão, segundo o novo código. As penalidades, antes do documento, não asseguravam direitos de defesa e do contraditório, assegurados por lei. O MPF defendeu que, conforme dispõe a Lei nº 9.784/99, escolas federais devem se submeter às mesmas regras que regem a Administração Pública, entre elas o processo administrativo com todas as suas garantias.
Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=114268,NOT&IdCanal=1
Categoria entra em greve por tempo indeterminado
Professores ressaltam necessidade de mobilização para garantir conquistas
Em assembleia lotada, nesta terça-feira (22/3), os professores da educação privada (área de abrangência do Sinep/MG) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
Na sexta-feira (25/3), nova assembleia será realizada, às 9h, na Faculdade de Medicina da UFMG (Av. Alfredo Balena, 190 – Centro – BH), para decidir o rumo do movimento grevista.
“A categoria está unida. Aumentamos a mobilização, e a adesão cresce a cada dia. Os professores deram novamente o recado de que, neste ano, não abriremos mão de avanços”, destacou Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas.
Nova reunião com o sindicato patronal está agendada para esta quinta-feira (24/3), às 10h30, na Superintendência Regional do Trabalho (Rua Tamoios, 596 – Centro – BH). O sindicato convoca os professores para um ato na porta da Superintendência, enquanto acontece a reunião. A paralisação desta terça-feira atingiu parcial ou integralmente em torno de 50 instituições de ensino de Belo Horizonte, como Colégio Frei Orlando, Marista Dom Silvério, Colégio Santo Antônio, Efigênia Vidigal, Colégio Libertas, Colégio Pio XII, Instituto Padre Machado, Colégio Imaculada, Universo, Newton Paiva, Uni-BH, Sagrado Coração de Maria, Fumec, Escola da Serra, entre outras. A decisão da assembleia é válida para a capital e região metropolitana.
Intransigência patronal
Os docentes voltaram a recusar, por unanimidade, a contraproposta patronal – que prevê reajuste pelo INPC (6,53%) para quem ganha acima do piso, e de 7,5% para quem o recebe –, e reafirmaram a necessidade de avançar e de valorizar a categoria. Após quase quatro meses de negociação, o impasse permanece, pois os donos de escolas mantêm a intransigência e se recusam a apresentar uma proposta satisfatória, que atenda as reivindicações da categoria. “Mesmo com todos os indicadores econômicos positivos, o patronal não quer valorizar os professores. Em nenhum momento, nossa pauta de reivindicações foi aceita. Em função disso, a greve é a saída que a categoria encontrou neste momento para pressioná-los a negociar”, disse Gilson Reis.
Os professores reivindicam 12% de reajuste salarial, equiparação dos pisos da educação infantil, regulamentação da educação a distância, mudança da data-base para 1º de abril, eleição de delegados sindicais a cada 50 trabalhadores na instituição de ensino, seguro de vida e criação de comissão, no interior das escolas, para tratar de assuntos relacionados à violência no ambiente escolar e à saúde da categoria.
Fonte:
http://www.sinprominas.org.br/conteudos/detalhes.aspx?IdCanal=118&IdMateria=1899
Em Belo Horizonte, 11 mil alunos ficaram sem aulas
Iracema Amaral - Repórter - 23/03/2011 - 19:13
O segundo dia de greve dos professores da rede particular de ensino deixou nesta quarta-feira (23) 11 mil alunos da capital sem aula, representando 5,7% do total de estudantes matriculados. O cálculo é do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep), que contabilizou a paralisação total ou parcial de oito estabelecimentos. Belo Horizonte conta com 1.296 escolas particulares.
“É um absurdo parar com as aulas, porque as mensalidades são caras”, reage a gerente comercial Jaqueline Horta Passos, mãe de Maria Eduarda, 4 anos, do Sagrado Coração de Maria. A filha precisou ficar com a avó para que Jacqueline pudesse trabalhar. “A escola não informou o motivo da paralisação e isso muda a nossa rotina”, reclama Eliane Bartolomeu, cuja filha de 4 anos precisou ficar com a babá para a mãe poder trabalhar.
O Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro) não soube informar quantos alunos foram prejudicados com a greve. O Sinpro fez o balanço apenas do número de escolas que participam do movimento, calculado em 50. A justificativa para a estimativa é que o movimento grevista está começando e os números não puderam ser checados nas escolas. A contabilidade levou em conta relatos de professores que participaram, na terça-feira, da assembleia da categoria. Amanhã, nova reunião dos professores está marcada para avaliar o movimento grevista e a contraproposta patronal para as reivindicações dos professores. A assembleia será às 9 horas, na Faculdade de Medicina da UFMG. No mesmo dia e horário está agendado encontro entre os diretores das escolas particulares, na sede do Sinep.
Professores e representantes dos donos das escolas particulares se reúnem para avaliar os resultados da reunião de conciliação, prevista para acontecer na manhã de quinta-feira (24) na Superintendência Regional do Trabalho. Nesta quarta, o presidente do Sinep, Ermiro Barbini, adiantou que vai oferecer 7,5% de reajuste para todas as faixas salariais. Anteriormente, esse percentual era apenas para quem ganhasse o piso da categoria. Os professores reivindicam 12% de aumento para toda a categoria baseada em Minas Gerais, que soma 54 mil professores. Na capital, esse número chega a 33 mil desse total no Estado. Além de outros benefícios para melhoria da qualidade do exercício da profissão.
Fonte: Jornal Hoje em Dia
Professores municipais de Betim param a partir de quinta
Da Redação - 23/03/2011 - 18:45
Cerca de mil trabalhadores da educação da rede municipal de Betim decidiram, durante assembleia, por greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira (24). A coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, explica que foram vários os motivos que pesaram na decisão, entre eles a ausência de reajuste salarial desde 2009, a suspensão da carreira dos profissionais, além de uma série de contratações irregulares nas escolas municipais. A rede municipal de educação de Betim conta com quase 5.500 profissionais e atende mais de 50 mil alunos, distribuídos em 67 escolas. A categoria se reúne em nova assembleia no próximo dia 30, às 15h, em Betim para definir os rumos do movimento.
Fonte: Jornal Hoje em Dia
sábado, 19 de março de 2011
Aluno é pego com garrucha em escola

A PM realizou rastreamento em busca do jovem, que seria o proprietário da arma, mas ele não foi encontrado. A garrucha, que estava enferrujada e sem identificação, foi apreendida e encaminhada à delegacia. O menor de idade foi entregue à mãe. A supervisão da escola informou que já está tomando as medidas legais sobre o caso, mas não detalhou quais procedimentos foram adotados. Ocorrências envolvendo o porte de arma e drogas por parte de jovens têm se repetido em Juiz de Fora. No mês passado, sete adolescentes entre 12 e 17 anos foram apreendidos pela PM durante uma ação que conseguiu evitar um confronto entre grupos rivais, a cerca de 20 metros de distância de uma escola, na Zona Sul. Um menino, 12, foi descoberto portando uma mochila, com um revólver e duas facas de cozinha. Em dezembro, um adolescente, 13, foi flagrado com quatro pedras de crack em uma escola na Cidade Alta.
Fonte: Tribuna de Minas, 19 de março de 2011 - Juiz de Fora - MG http://www.tribunademinas.com.br/geral/geral60.php
sexta-feira, 18 de março de 2011
Resultado da enquete: Educação e Segurança Pública
Pouco interesse pela carreira diminui número de professores

Os baixos salários e a violência em sala de aula são alguns dos motivos para a diminuição do número de professores
Ao contrário do que se via até o final da década de 1970, a figura do professor na sala de aula não tem, hoje em dia, o mesmo prestígio de antigamente. "Naquela época, ser professor era como ser médico, juiz ou padre", afirma Roseli Souza, assessora pedagógica da divisão de sistemas de ensino da editora Saraiva, sobre a autoridade máxima de quem ensinava informações tão fundamentais como o alfabeto.
Apesar de todos os aspectos positivos que vieram com o fim da ditadura militar no Brasil, Roseli diz que, nesse processo, os professores estão perdendo gradualmente o poder e a autonomia na sala de aula. "Embora tenha ocorrido uma manifestação da própria classe docente pela democracia, alguma coisa se perdeu no caminho e não conseguimos reaver", lamenta.
A desvalorização da profissão já pode ser vista em números. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a educação básica brasileira (que inclui a educação infantil, a especial, o ensino fundamental, o médio e a educação de jovens e adultos - o EJA), em 2007 havia 2.500.554 profissionais atuando em sala de aula. No ano de 2009, esse valor baixou para 1.977.978.
Para Roseli, a causa é a desmotivação da categoria. "O próprio aluno já não consegue se reconhecer nesse professor quando o vê desestimulado. Outras vezes o estudante se interessa pela carreira, mas os pais desestimulam", afirma. Entre os motivos estão os baixos salários, desinteresse dos alunos e até episódios de violência. Houve progressos, como plano de carreira e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que buscam garantir que todos os estudantes aprendam os mesmos conteúdos independentemente da sua localidade e condição financeira. Porém, ainda é um processo lento. "É necessário uma melhor profissionalização, um código de ética e também é importante desmistificar a figura do professor", diz Roseli.
"As pessoas acham que o magistério é um sacerdócio, como se ganhar pouco fizesse parte da escolha de ser professor. Se um professor cobrar por hora o que se cobra numa consulta médica, por exemplo, achariam um absurdo. Mas as duas profissões exigem formação constante", afirma a assessora pedagógica.
Outra questão que pode estar afugentando futuros mestres é a pouca tecnologia que normalmente envolve a profissão. "A cada ano surgem novos cursos, e essa nova geração está muito envolvida com tecnologia, então procura empregos nessa área", opina. Assim, chegou o momento de o docente repensar o seu papel, que ainda é fundamental, porém em outro contexto. "Não é o aluno que deve se adaptar ao professor", diz.
Fonte: Terra