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A Imagem também é do seu Blog O arrastão, a procissão, o grito e a caravana pelo pagamento do piso e pelo enterro do governo de Minas
Pessoal da luta, membros do núcleo duro da greve, educadores mineiros em greve:
O texto de hoje, mais do que uma análise da nossa dramática realidade, é uma proposta de ação. Após 74 dias de greve, nessa resistência heroica dos educadores mineiros, não temos o direito de recuar, e nem tampouco de sermos derrotados, já que lutamos por um direito constitucional. Por isso, antes que o governo manobre e parta para a ofensiva, temos que agir. Nossos pequenos grandes combates nas escolas têm sido muito importantes. Através deles temos tido a oportunidade de dialogar com os colegas e com outras forças e pessoas da comunidade, como é o caso dos bravos guerreiros - alunos e educadores - da cidade de DIVINO. Mas, é preciso mais do que isso.
Inspirado pela ideia dos combativos educadores de BOCAIUVA, que neste sábado às 20h, vão acender uma vela contra a tirania existente em Minas e pelo pagamento do piso, pensei em algo semelhante, como parte de uma estratégia geral para vencer essa batalha e conquistar nossos direitos.
O primeiro passo a ser dado é fortalecer os comandos locais de greve. Nada de burocrático, nem ideológico. Coisa prática e bem planejada. Além dos ativistas de linha de frente, do NÚCLEO DURO da greve, devemos convidar para participar de uma próxima reunião outros companheiros que estão em greve, mas não estão participando ativamente da nossas atividades. Devemos convidar também as lideranças estudantis e os pais de alunos que nos apoiam e participam das lutas sociais, entre outros apoiadores, incluindo entidades sindicais locais.
Esta reunião extraordinária dos comandos em cada cidade de Minas definiria algumas estratégias muito específicas para fortalecer a nossa greve. Para isso, é necessário combinar ações locais, voltadas para o mapeamento e fortalecimento da greve em algumas escolas que tenham grande peso na região. Uma outra atividade, como continuidade desta, seria organizar um segundo passo, ainda no âmbito de cada município, para mobilizar a comunidade.
Em relação à primeira preocupação (primeiro passo), voltada para as escolas locais mapeadas, podemos organizar uma caravana composta pelo grupo citado (educadores / alunos / pais de alunos / apoiadores da comunidade) e visitar essas escolas que consideramos escolas-chave para alcançar grande repercussão em toda região. Seria importante que essa ação acontecesse simultaneamente em várias cidades de Minas. Pensei em algo próximo de 200 cidades ou mais.
Este grupo, nos três turnos - manhã, tarde e noite - faria uma espécie de arrastão pela educação pública de qualidade e pelo piso salarial. Com panfletos, bandeiras, faixas, cartazes, visitaríamos essas escolas para conversar diretamente com os alunos que estão frequentando essas escolas, com os professores e até mesmo com os substitutos - ainda que saibamos que estes, obviamente, terão menos interesse em dialogar. Mas, conseguindo o apoio dos alunos e de alguns educadores é muito provável que consigamos parar toda a escola. Devemos estabelecer uma meta: já que o governo diz que são apenas 60 escolas totalmente paradas, queremos parar 300 escolas em toda Minas Gerais - por exemplo (além, obviamente, das escolas parcialmente paradas). Mas, ao mesmo tempo que organizamos este arrastão pela educação e pelo piso, já convocamos os alunos, os colegas e toda a comunidade para uma outra atividade maior em cada uma dessas cidades, o segundo passo. Seria uma procissão pela Educação de qualidade, pelo piso e pelo enterro do governo de Minas Gerais.
Esta procissão, que aconteceria simultaneamente em 200 (ou 300) cidades de Minas, às 20 horas, com todos trajando roupa preta, com velas acesas, cartazes, faixas, tambores (que nunca se calaram), atravessaria as principais ruas e praças de todas essas cidades, concentrando-se num ponto determinado de cada município, para que a comunidade possa falar. Simbolicamente, devemos fazer o enterro do governo de Minas, com o governador, suas secretárias e o faraó como expressão da destruição da educação pública em Minas Gerais. Devemos filmar todos estes momentos - tanto do arrastão quanto da procissão -, e publicar na Internet, mandar para a mídia e para as listas de e-mails, formando uma grande corrente de divulgação da nossa luta.
O texto de hoje, mais do que uma análise da nossa dramática realidade, é uma proposta de ação. Após 74 dias de greve, nessa resistência heroica dos educadores mineiros, não temos o direito de recuar, e nem tampouco de sermos derrotados, já que lutamos por um direito constitucional. Por isso, antes que o governo manobre e parta para a ofensiva, temos que agir. Nossos pequenos grandes combates nas escolas têm sido muito importantes. Através deles temos tido a oportunidade de dialogar com os colegas e com outras forças e pessoas da comunidade, como é o caso dos bravos guerreiros - alunos e educadores - da cidade de DIVINO. Mas, é preciso mais do que isso.
Inspirado pela ideia dos combativos educadores de BOCAIUVA, que neste sábado às 20h, vão acender uma vela contra a tirania existente em Minas e pelo pagamento do piso, pensei em algo semelhante, como parte de uma estratégia geral para vencer essa batalha e conquistar nossos direitos.
O primeiro passo a ser dado é fortalecer os comandos locais de greve. Nada de burocrático, nem ideológico. Coisa prática e bem planejada. Além dos ativistas de linha de frente, do NÚCLEO DURO da greve, devemos convidar para participar de uma próxima reunião outros companheiros que estão em greve, mas não estão participando ativamente da nossas atividades. Devemos convidar também as lideranças estudantis e os pais de alunos que nos apoiam e participam das lutas sociais, entre outros apoiadores, incluindo entidades sindicais locais.
Esta reunião extraordinária dos comandos em cada cidade de Minas definiria algumas estratégias muito específicas para fortalecer a nossa greve. Para isso, é necessário combinar ações locais, voltadas para o mapeamento e fortalecimento da greve em algumas escolas que tenham grande peso na região. Uma outra atividade, como continuidade desta, seria organizar um segundo passo, ainda no âmbito de cada município, para mobilizar a comunidade.
Em relação à primeira preocupação (primeiro passo), voltada para as escolas locais mapeadas, podemos organizar uma caravana composta pelo grupo citado (educadores / alunos / pais de alunos / apoiadores da comunidade) e visitar essas escolas que consideramos escolas-chave para alcançar grande repercussão em toda região. Seria importante que essa ação acontecesse simultaneamente em várias cidades de Minas. Pensei em algo próximo de 200 cidades ou mais.
Este grupo, nos três turnos - manhã, tarde e noite - faria uma espécie de arrastão pela educação pública de qualidade e pelo piso salarial. Com panfletos, bandeiras, faixas, cartazes, visitaríamos essas escolas para conversar diretamente com os alunos que estão frequentando essas escolas, com os professores e até mesmo com os substitutos - ainda que saibamos que estes, obviamente, terão menos interesse em dialogar. Mas, conseguindo o apoio dos alunos e de alguns educadores é muito provável que consigamos parar toda a escola. Devemos estabelecer uma meta: já que o governo diz que são apenas 60 escolas totalmente paradas, queremos parar 300 escolas em toda Minas Gerais - por exemplo (além, obviamente, das escolas parcialmente paradas). Mas, ao mesmo tempo que organizamos este arrastão pela educação e pelo piso, já convocamos os alunos, os colegas e toda a comunidade para uma outra atividade maior em cada uma dessas cidades, o segundo passo. Seria uma procissão pela Educação de qualidade, pelo piso e pelo enterro do governo de Minas Gerais.
Esta procissão, que aconteceria simultaneamente em 200 (ou 300) cidades de Minas, às 20 horas, com todos trajando roupa preta, com velas acesas, cartazes, faixas, tambores (que nunca se calaram), atravessaria as principais ruas e praças de todas essas cidades, concentrando-se num ponto determinado de cada município, para que a comunidade possa falar. Simbolicamente, devemos fazer o enterro do governo de Minas, com o governador, suas secretárias e o faraó como expressão da destruição da educação pública em Minas Gerais. Devemos filmar todos estes momentos - tanto do arrastão quanto da procissão -, e publicar na Internet, mandar para a mídia e para as listas de e-mails, formando uma grande corrente de divulgação da nossa luta.
Um terceiro momento - o terceiro passo - seria uma grande concentração em Belo Horizonte, com caravanas de todas as cidades, expressando a organização dos eventos citados. Nesta grande concentração, convidaríamos os movimentos sociais de Minas Gerais - sem-terra, sem-teto, entidades sindicais, estudantis e muitos outros grupos e movimentos e personalidades. Seria o grito de Minas contra a censura da imprensa e contra a ditadura disfarçada existente em Minas Gerais, envolvendo todos os poderes constituídos.
Para este grande ato, seria muito importante organizar panfletagens e passar com carros de som convidando toda a comunidade mineira, inclusive com informes pagos em rádios e jornais, tanto os da capital quanto os do interior.
Em todas essas oportunidades, devemos denunciar:
- o não pagamento do piso salarial dos educadores pelo governo de Minas, que descumpre uma lei federal;
- a tentativa de impor um calote nos educadores com a lei do subsídio, com o objetivo de destruir a nossa carreira e não pagar o piso;
- a contratação de professores não habilitados para substituir de forma ilegal os professores em greve;
- a transformação da secretaria da Educação de Minas em uma máquina de terror e de assédio moral, onde os diretores das escolas são tratados como capachos e são estimulados a ligarem para os professores e alunos para que estes acabem com a nossa legítima e legal greve;
- o corte e a redução dos salários dos educadores de Minas, como atos ilegais e coercitivos típicos da ditadura;
- o não investimento dos 25% da receita do estado na Educação, causando grande prejuízo para todos os mineiros;
- a censura comprada da imprensa mineira, que se tornou a expressão da negação da liberdade de expressão em Minas Gerais;
- a omissão dos poderes legislativo e judiciário, que têm agido como autarquias do poder executivo, rasgando a autonomia relativa inscrita na Carta Magna;
- a priorização, pelo governo, de obras faraônicas, pagamento de juros aos banqueiros, salários de marajás para a alta hierarquia do estado, em detrimento dos investimentos sociais, como Educação, saúde pública, saneamento, etc;
- a criminalização dos movimentos sindicais e sociais em Minas Gerais.
Como passo seguinte, o quarto passo, devemos organizar uma grande caravana para ir a Brasília para pressionar o STF, para que publique o acórdão do piso; o Congresso Nacional, através da Comissão de Educação das duas casas, denunciando o descumprimento, pelo governo de Minas, da lei do piso aprovada naquela Casa; e o Palácio do Planalto, para entregar à presidenta Dilma uma carta que contenha a denúncia do que se passa em Minas e uma cobrança da presidenta em relação à sua promessa de campanha de valorizar os educadores, o que não aconteceu até este momento. Ir ao MEC, é perda de tempo. Devemos ir direto para o contato com a presidenta. Que ela receba uma comissão de educadores (não necessariamente de diretores sindicais). Caso isso não aconteça, devemos protocolar o nosso documento e exigir que nos seja passado um documento assinado pela presidenta, dando conta de que recebeu tal carta.
São estes os passos que eu coloco para a apreciação dos colegas, tendo em vista a necessidade de manter e fortalecer a nossa greve até a nossa vitória. A ideia do acampamento, sugerida por alguns colegas, é boa, mas requer a presença permanente de combatentes que fariam falta nesses quatro passos mencionados. Quem sabe num quinto passo não organizaríamos um grande acampamento em frente a algum órgão do estado? Gostaria muito de ouvir as críticas e sugestões dos colegas.
Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!
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