GABRIELA SALES (foto de Cristiniano Trad)
A Secretaria Municipal de Educação de Contagem anunciou ontem que irá reunir todos os 120 professores e a direção da Escola Municipal Maria Silva Lucas, no bairro Novo Progresso, na próxima segunda-feira para tratar de medidas para melhorar a segurança dos profissionais e dos alunos. Um caso de violência na escola, ocorrido na noite de anteontem, ganhou repercussão nacional ao ser registrado em vídeo por supervisores pedagógicos. Um adolescente de 15 anos, aluno do 6º ano do ensino médio, foi flagrado agredindo com chutes e ameaças de morte a diretora Maria Aparecida de Fátima após ser repreendido por indisciplina.
Ontem, as aulas aconteceram sob a vigilância de três guardas municipais e quatro policiais militares. Em solidariedade à diretora, os alunos organizaram uma manifestação contra a violência. Com cartazes, alguns em formato de coração, 800 alunos e 120 professores gritaram o nome da diretora. Bastante emocionados, os estudantes leram mensagens de apoio à profissional agredida. Eles ainda pediram reforço na segurança do colégio. A diretora Maria Aparecida de Fátima chorou muito ao ver a manifestação dos alunos. Ela anunciou que não pretende deixar a escola.
A direção do colégio informou que aguarda uma decisão da secretaria de educação sobre o pedido de suspensão e transferência do aluno acusado pela agressão. Um boletim de ocorrência foi registrado. O menor fugiu e, agora, será convocado pelo Conselho Tutelar a dar explicações sobre a agressão. Apesar de flagrado nas imagens, ele nega ter iniciado a agressão. "Tinha vários alunos fora de sala e só eu fui punido. Ela (diretora) chegou a apertar meu braço, aí eu revidei", afirmou.
Quem assistiu às cenas protagonizadas pelo estudante conta outra história. "Fiquei impressionada com a fúria do aluno", disse uma das supervisoras. Ela pediu para não ter o nome revelado. A diretora deu sua versão para a história. Segundo Maria Aparecida de Fátima, o estudante a agrediu com chutes após ter sido punido. "Ele tinha passado todo o início da tarde fora da sala de aula brincando com outros alunos. Quando o encaminhei para supervisão, ele ficou agressivo e me empurrou", contou a diretora.
Sem atender ao pedido de voltar para a sala de aula, o estudante ameaçou sair da escola. "Depois do empurrão, eu disse a ele que chamaria a polícia e fui agredida. Quando estava entrando na minha sala, senti o chute nas minhas pernas", disse Fátima. No vídeo feito de um celular, o aluno aparece ameaçando a diretora. "Vou matar você", disse ele antes de partir para a agressão física.
Procurada, a mãe do garoto, Cristina Conceição Nunes da Silva, defendeu o adolescente. Ela disse que o filho, na verdade, é alvo de perseguição por parte da diretora e, por isso, nas palavras dela "teria perdido a cabeça". "Meu filho não é violento. Ele apenas não suportou a pressão da diretora".
Ontem, as aulas aconteceram sob a vigilância de três guardas municipais e quatro policiais militares. Em solidariedade à diretora, os alunos organizaram uma manifestação contra a violência. Com cartazes, alguns em formato de coração, 800 alunos e 120 professores gritaram o nome da diretora. Bastante emocionados, os estudantes leram mensagens de apoio à profissional agredida. Eles ainda pediram reforço na segurança do colégio. A diretora Maria Aparecida de Fátima chorou muito ao ver a manifestação dos alunos. Ela anunciou que não pretende deixar a escola.
A direção do colégio informou que aguarda uma decisão da secretaria de educação sobre o pedido de suspensão e transferência do aluno acusado pela agressão. Um boletim de ocorrência foi registrado. O menor fugiu e, agora, será convocado pelo Conselho Tutelar a dar explicações sobre a agressão. Apesar de flagrado nas imagens, ele nega ter iniciado a agressão. "Tinha vários alunos fora de sala e só eu fui punido. Ela (diretora) chegou a apertar meu braço, aí eu revidei", afirmou.
Quem assistiu às cenas protagonizadas pelo estudante conta outra história. "Fiquei impressionada com a fúria do aluno", disse uma das supervisoras. Ela pediu para não ter o nome revelado. A diretora deu sua versão para a história. Segundo Maria Aparecida de Fátima, o estudante a agrediu com chutes após ter sido punido. "Ele tinha passado todo o início da tarde fora da sala de aula brincando com outros alunos. Quando o encaminhei para supervisão, ele ficou agressivo e me empurrou", contou a diretora.
Sem atender ao pedido de voltar para a sala de aula, o estudante ameaçou sair da escola. "Depois do empurrão, eu disse a ele que chamaria a polícia e fui agredida. Quando estava entrando na minha sala, senti o chute nas minhas pernas", disse Fátima. No vídeo feito de um celular, o aluno aparece ameaçando a diretora. "Vou matar você", disse ele antes de partir para a agressão física.
Procurada, a mãe do garoto, Cristina Conceição Nunes da Silva, defendeu o adolescente. Ela disse que o filho, na verdade, é alvo de perseguição por parte da diretora e, por isso, nas palavras dela "teria perdido a cabeça". "Meu filho não é violento. Ele apenas não suportou a pressão da diretora".
Histórico de aluno é marca o por violência contra os colegas
Não é a primeira vez que o adolescente de 15 anos se envolve em brigas na Escola Municipal Maria Silva Lucas. Em seu histórico, aparecem outras duas agressões envolvendo estudantes da instituição, além de três advertências por indisciplina. De acordo com a direção da escola, a última agressão ocorreu no início do primeiro semestre deste ano e envolveu outros quatro alunos. "Ele chegou a machucar colegas sem motivação. Na época, todos foram encaminhados para o Conselho Tutelar", relembrou a diretora Maria Aparecida.
Ainda, segundo a educadora, a falta de limite familiar e a sensação de impunidade são motivadores para a violência do jovem. "Ele age como se a violência e a agressividade fossem atos normais. (GS).
Ainda, segundo a educadora, a falta de limite familiar e a sensação de impunidade são motivadores para a violência do jovem. "Ele age como se a violência e a agressividade fossem atos normais. (GS).
Entrevista
"Não vou abandonar os meus alunos"
Maria Aparecida de Fátima - Diretora da escola
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O que teria motivado a fúria do adolescente?
Ele não é acostumado com limites e sempre que determinávamos o cumprimento de normas por parte dele, surgia a revolta.
Ele já agrediu outros educadores?
Não fisicamente, mas eram constantes as agressões verbais.
Essa foi a primeira vez que o adolescente se envolve em brigas na escolas?
Não. Ele sempre demonstrou problemas de indisciplina. O jovem já foi protagonista de duas agressões a colegas na de escola.
Esse problema de indisciplina já foi comunicado à mãe do adolescente?
Sim. Porém a mãe sempre justifica que o filho está sendo vítima de perseguição.
A senhora pretende sair da direção da escola?
Não, apesar de estar abalada. Jamais pude imaginar que isso pudesse acontecer, mas não vou abandonar os meu alunos. (GS)
Ele não é acostumado com limites e sempre que determinávamos o cumprimento de normas por parte dele, surgia a revolta.
Ele já agrediu outros educadores?
Não fisicamente, mas eram constantes as agressões verbais.
Essa foi a primeira vez que o adolescente se envolve em brigas na escolas?
Não. Ele sempre demonstrou problemas de indisciplina. O jovem já foi protagonista de duas agressões a colegas na de escola.
Esse problema de indisciplina já foi comunicado à mãe do adolescente?
Sim. Porém a mãe sempre justifica que o filho está sendo vítima de perseguição.
A senhora pretende sair da direção da escola?
Não, apesar de estar abalada. Jamais pude imaginar que isso pudesse acontecer, mas não vou abandonar os meu alunos. (GS)
Minientrevista - "Ele apenas revidou uma agressão anterior"
Cristina Conceição Nunes da Silva - Mãe do adolescente
O filho da senhora contou o que aconteceu na escola?
Ele disse que estava fora de sala junto com outros alunos e foi repreendido pela diretora, que dispensou os demais alunos e iria punir somente ele. Foi isso que deixou o meu filho nervoso.
O adolescente falou o motivo da agressão à diretora?
Ele apenas revidou uma agressão anterior. Ela havia apertado o braço do meu filho e disse que iria chamar a polícia. Ele não agiu certo, mas foi uma reação à primeira agressão.
O jovem é um menino agressivo?
Não. Meu filho é um adolescente e possui conflitos normais para a idade dele. Ficou agressivo porque a diretora o persegue.
A senhora já conversou com a direção sobre essa reclamação do garoto?
Várias vezes fui à escola, mas eles negam. Para eles, o meu filho é sem limites e sempre o errado da história. (GS)
Ele disse que estava fora de sala junto com outros alunos e foi repreendido pela diretora, que dispensou os demais alunos e iria punir somente ele. Foi isso que deixou o meu filho nervoso.
O adolescente falou o motivo da agressão à diretora?
Ele apenas revidou uma agressão anterior. Ela havia apertado o braço do meu filho e disse que iria chamar a polícia. Ele não agiu certo, mas foi uma reação à primeira agressão.
O jovem é um menino agressivo?
Não. Meu filho é um adolescente e possui conflitos normais para a idade dele. Ficou agressivo porque a diretora o persegue.
A senhora já conversou com a direção sobre essa reclamação do garoto?
Várias vezes fui à escola, mas eles negam. Para eles, o meu filho é sem limites e sempre o errado da história. (GS)
se fala tanto em bullying contra alunos, e não se percebe que as pessoas que mais sofrem com isso são os profissionais da area da educação, que além de se submeter a salários vergonhosos, tem muitas vezes q se calar diante situações como essa!
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