quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ameaças de chacina e bomba em escola deixam cidade em pânico

Por Celso Martins

As cinco escolas de Urucuia, a 720 quilômetros de Belo Horizonte, no Norte do Estado, estão sem aulas desde a última segunda-feira (1º). Os pais não deixam os filhos sair de casa depois que se espalhou pela cidade notícia de que um homem mataria os estudantes e, em seguida, jogaria uma bomba em uma das escolas. A Polícia Militar sabe quem é o autor da ameaça, mas alega que não tem como fazer nada pelo fato de nenhum morador ter formalizado uma queixa.

Com 13 mil habitantes, Urucuia é uma cidade tranquila, onde muita gente ainda dorme com as janelas abertas. Mas, depois do boato, alguns pais evitam deixar as crianças saírem de casa até para brincar na rua. "Os muros estão pichados e a Polícia Militar alega que não tem como prender o homem que ameaça matar nossos filhos", desabafa a vendedora Joana de Medeiros de Castro, de 28 anos, moradora de Urucuia. Na Escola Estadual Antônio Esteves dos Santos, com 1.085 alunos, a maior da cidade, os professores e funcionários estão indo trabalhar, mas passam o dia com as janelas fechadas e as portas trancadas. Uma professora, que não quis ser identificada, afirma que se o suspeito de fazer as ameaças não for preso, as aulas não serão retomadas por falta de aluno.

No muro da Escola Municipal Luiz Ribeiro Mendes, no Centro de Urucuia, foi pichado "Comando Vermelho", deixando as pessoas ainda mais em pânico. Uma psicóloga do Hospital Municipal de Urucuia, que não teve seu nome divulgado, pediu à Polícia Militar que pegasse à força o homem que estava fazendo as ameaças, mas o comando da corporação recusou, alegando que seria abuso de poder.

O sargento Rossine Freitas Santos, que comanda o policiamento em Urucuia, confirmou o clima de pânico na cidade. Mas, por causa do medo de represália ninguém aceitou registrar ocorrência. "A Polícia Militar já revistou a casa do suspeito várias vezes, mas nada foi encontrado. Não temos como agir com base em boatos", explica o sargento. O militar informou que algumas lideranças vão procurar o Ministério Público ainda nesta quinta-feira para pedir providências. "Toda vez que o suspeito anda pelas ruas o celular de plantão da polícia e o telefone 190 começam a ser acionados pelos pais assustados", diz.

Conhecido por Dênis, o autor das supostas ameaças nega as denúncias e informa aos policiais que vai processar quem está espalhando os boatos.

No dia 7 de abril deste ano, um homem armado matou 11 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Fonte: Hoje em Dia (MG)

4 comentários:

  1. as autoridades presentes deverâo tomar providencias cabíveis ao caso o mais rápido possível e não ficar uns esperando pelo outro que o poder executivo ou o comando militar,uma vez que toda comunidade escolar está sendo prejudicada. pensem e agem

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  2. Providências devem ser tomadas por todos, pois a sociedade civil é a principal prejudicada, na verdade todos são omissos, principalmente a PM, pois a função deles é oferecer segurança para os moradores. E nesse caso em específico houve falha absurda do comandante.

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  3. Saudações a todos!O fato apresentado na reportagem traz apelo de uma sociedade preconceituosa. O que o Jornal apresenta de real?Não há provas contra o Dênis. O que me espanta é a capacidade politica daqueles que usaram o fato para se promover na mídia e na cidade de Urucuia.O Bog Educação Encarcerada; me faz pensar na liberdade de cada sujeito... Um sujeito livre com direitos de ir e vir. Esquecemos que nosso teto é de vidro...que o sofrimento mental está em todos os lugares, inclusive em nossas casas e escolas. "encarcerar, excluir" não é a solução.

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  4. Olá,
    Felizmente foram realmente so boatos.
    e o nome da Escola é Antonio Esteves dos ANJOS.

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