Professores substituídos
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GABRIELA SALES falesuper@supernoticia.com.br
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A crise na educação em Minas, com impasse sobre o valor do piso salarial pago aos professores da rede estadual, se acirrou ontem com o anúncio do governo do Estado de convocar 3.000 profissionais para substituir os grevistas que há 63 dias se afastaram das salas de aulas. A medida, no entanto, não mudou a decisão da categoria. Em assembleia, o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sind-UTE) aprovou a proposta de continuidade da greve.
"O período sem aulas é um dano irreparável e, por isso, adotamos a medida para que esses estudantes não sofram ainda mais com a greve", disse a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Almeida Gazzola. Publicada no Diário Oficial "Minas Gerais", a resolução 1.905 estabelece a contratação imediata de profissionais e a reposição das aulas perdidas desde 8 de junho, mas somente para as turmas do 3º ano do ensino médio, que se preparam para os vestibulares e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 22 e 23 de outubro. A Secretaria de Estado da Educação (SEE) não descarta, no entanto, adotar outras medidas para atender estudantes de outros níveis de ensino afetados pela paralisação. "Estamos atendendo a um pedido dos estudantes e dos pais", disse a secretária.
Levantamento feito pela SEE apontou que das 3.777 escolas estaduais, 2.148 possuem ensino médio. Desse total, 2% aderiram à paralisação na totalidade e 16% estão com as atividades parcialmente afetadas. A categoria, que completa hoje o seu 35° dia letivo sem aula, contesta os números e informa que metade dos colégios aderiu à greve em todo Estado. A SEE diz que o movimento está restrito à capital e à região metropolitana.
Retomada: A expectativa, explicou Ana Gazzola, é que até o fim desta semana as escolas convoquem os substitutos e as aulas sejam retomadas a partir da próxima segunda-feira. A convocação, segundo a secretária, ficará a cargo dos colégios, que através da direção irão identificar profissionais em condições de assumir as vagas.
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Motivo do impasse - VERSÃO DOS PROFESSORES
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) alega que o piso nacional da categoria é de R$ 1.597 para profissionais com escolaridade de nível médio e jornada de trabalho de 40 horas semanais. Mas em Minas, segundo a categoria, os professores de nível médio recebem piso de R$ 369 para 24 horas semanais.
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VERSÃO DO ESTADO - O governo afirma que com a criação do regime de subsídio, em janeiro, o menor salário pago em Minas é R$ 1.122 para jornada de 24 horas semanais.
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"O período sem aulas é um dano irreparável e, por isso, adotamos a medida para que esses estudantes não sofram ainda mais com a greve", disse a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Almeida Gazzola. Publicada no Diário Oficial "Minas Gerais", a resolução 1.905 estabelece a contratação imediata de profissionais e a reposição das aulas perdidas desde 8 de junho, mas somente para as turmas do 3º ano do ensino médio, que se preparam para os vestibulares e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 22 e 23 de outubro. A Secretaria de Estado da Educação (SEE) não descarta, no entanto, adotar outras medidas para atender estudantes de outros níveis de ensino afetados pela paralisação. "Estamos atendendo a um pedido dos estudantes e dos pais", disse a secretária.
Levantamento feito pela SEE apontou que das 3.777 escolas estaduais, 2.148 possuem ensino médio. Desse total, 2% aderiram à paralisação na totalidade e 16% estão com as atividades parcialmente afetadas. A categoria, que completa hoje o seu 35° dia letivo sem aula, contesta os números e informa que metade dos colégios aderiu à greve em todo Estado. A SEE diz que o movimento está restrito à capital e à região metropolitana.
Retomada: A expectativa, explicou Ana Gazzola, é que até o fim desta semana as escolas convoquem os substitutos e as aulas sejam retomadas a partir da próxima segunda-feira. A convocação, segundo a secretária, ficará a cargo dos colégios, que através da direção irão identificar profissionais em condições de assumir as vagas.
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Motivo do impasse - VERSÃO DOS PROFESSORES
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) alega que o piso nacional da categoria é de R$ 1.597 para profissionais com escolaridade de nível médio e jornada de trabalho de 40 horas semanais. Mas em Minas, segundo a categoria, os professores de nível médio recebem piso de R$ 369 para 24 horas semanais.
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VERSÃO DO ESTADO - O governo afirma que com a criação do regime de subsídio, em janeiro, o menor salário pago em Minas é R$ 1.122 para jornada de 24 horas semanais.
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Sind-UTE aciona Estado na Justiça
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A notícia sobre a convocação de profissionais substitutos chegou aos grevistas enquanto eles se reuniam em assembleia, na praça Carlos Chagas, no bairro Santo Agostinho. A coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, classificou a medida como inconstitucional. "A lei diz que a pessoa que está em greve não pode ser substituída", disse a sindicalista. A representante dos professores disse que a categoria irá ingressar com uma ação judicial contra o Estado para contestar a medida. Ontem, logo após assembleia que reuniu 700 profissionais, os professores saíram em passeata. O trânsito ficou parado durante uma hora principalmente na avenida do Contorno, nos bairros Santo Antônio e Savassi.
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