Por Lúcio Alves de Barros
Toda ação violenta tem o seu algoz e vítima. Desta vez, no campo da educação, a violência e o crime, ficaram por conta dos docentes. Uma professora de 49 anos da Escola Pública do Jardim Botânico em Brasília chegou ao absurdo de colocar uma criança de 05 anos, tida como hiperativa pela própria mãe, amarrada em uma cadeira. Como se não bastasse, colocou uma fita adesiva em sua boca. O caso, que já invadiu a tevê e os cantos da mídia, é lamentável. Ele ocorreu no dia 16 de junho de 2010 e, de acordo com a delegada-chefe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Gláucia Ésper, do DF, após acionar a polícia a professora foi presa em flagrante pela Polícia Militar.
Dificilmente saberemos o que realmente aconteceu. A mídia tende a espetacularizar e sensacionalizar tais acontecimentos. Contudo, a professora, a qual se aposentadoria em 2011, disse à polícia estar arrependida e que teria agido no intuito de manter a ordem, a disciplina e o comportamento do aluno. É difícil encontrar desculpas para este comportamento. A professora poderia ter chamado a diretora (que acionou a PM) e dar a ela a responsabilidade pelo ato. Outra possibilidade é terminar a aula e dar tudo por acabado, resolvendo a questão com os pais. Infelizmente, as reações em tais casos são imprevisíveis e a docente - que ficou detida durante a tarde - vai responder à justiça por três crimes: (1) maus-tratos, (2) constrangimento ilegal e (3) submissão ao ridículo. Ela foi liberada à tarde, tendo que comparecer à polícia quando for chamada a prestar esclarecimentos. Se a docente for condenada ela pode pegar prisão por aproximadamente quatro anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário