segunda-feira, 21 de junho de 2010

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Ação de 'despiche' dá nova cara ao Instituto de Educação


Próxima ação será no dia 26, na Região de Venda Nova


Jaqueline da Mata, 20/06/2010

Foto: Luiz Costa



Alunos, ex-alunos, professores e quem passou pela Rua Timbiras, em frente ao Instituto de Educação de Minas Gerais (Iemg), no Centro da capital, colocaram a mão na massa, ou melhor, no pincel, na manhã deste sábado (19). Foi o início das atividades do movimento “Despiche”, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em conjunto com o Ministério Público Estadual (MPE) e as polícias Civil e Militar. O muro, bastante danificado com pichações em toda a frente e lateral do colégio, recebeu camada nova de tinta. A próxima ação vai ocorrer no dia 26, ao longo da Avenida Padre Pedro Pinto, na Região de Venda Nova.

Tombado pelo Patrimônio, o colégio, de 1906, ficou de cara nova. A diretora do Iemg, Marília Sarti, contou que o muro havia sido pintado recentemente, mas, em menos de um ano, foi pichado. “Estamos trabalhando também com os alunos para que ajudem na preservação do patrimônio”, disse a diretora. Ela calculou que, ontem, cem pessoas participaram do “despiche”, em esquema de revezamento, e pintaram os muros da escola. A estudante Izabele Zauni, 12 anos, aplaudiu a ação e, com um dos pincéis, ajudou no mutirão. “É importante preservar o lugar onde estudamos”, disse Izabele.O secretário da Regional Centro-Sul, Fernando Cabral, ressaltou que são gastos R$ 90 mil por mês com reparos de pichações e vandalismos. Junto com a Polícia Civil, a Prefeitura está traçando o perfil dos pichadores e realizando um mapeamento dos locais que são mais pichados.

“A cidade toda tem marcas das pichações. Quanto aos pichadores, são adolescentes e adultos com idades entre 14 e 24 anos”, disse o delegado Weligton Peres. Ele lembra que a pena para quem for pego pichando muros e edificações pode variar de três meses a um ano de prisão. A multa é de R$ 1 mil a R$ 50 mil, dobrando em caso de reincidência. O processo de “despiche”, como enfatizou o secretário Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, Genedempsey Bicalho Cruz, é feito em três etapas. A primeira consiste num trabalho integrado entre as polícias e o Ministério Público. O segundo momento é a conscientiza-ção entre os jovens e, por fim, a pintura dos locais danificados pelas pichações.

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