sexta-feira, 18 de junho de 2010

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Professor rejeita novo salário e para na terça

Jornal Tribuna de Minas , Juiz de Fora - 18 de junho de 2010, sexta-feira

Os professores da rede estadual de ensino decidiram ontem fazer nova paralisação, depois de rejeitarem, em assembleia, a proposta de uma nova política salarial para a categoria apresentada na última segunda-feira pelo governador Antonio Anastasia (PSDB). De acordo com o texto, enviado à Assembleia Legislativa, o Governo põe fim às gratificações e une todas as remunerações numa única parcela chamada de subsídio, pela qual o professor em início de carreira, apenas com nível superior, passa a ganhar R$ 1.320 por uma jornada de 24 horas semanais. Um dos entraves na negociação com os docentes, contudo, é a possibilidade de estender a jornada até 30 horas por semana, sendo 20 horas em sala de aula e outras dez de preparação, com subsídio equivalente a R$ 1.650. “Não aceitamos o aumento da carga horária”, afirma a coordenadora da subsede do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) em Juiz de Fora, Victória de Fátima Mello.

Os trabalhadores da educação cruzam os braços na próxima terça-feira, dia 22, quando está prevista a votação da proposta governista pelo Legislativo. Caso a votação seja adiada, a paralisação pode se estender até a quarta-feira. A intenção é fazer uma vigília em frente à Assembleia Legislativa para acompanhar a votação. Até lá, segundo Victória, o Sind-UTE pretende pressionar os deputados, para que concordem com a mudança de cinco pontos no projeto do Governo mineiro. De acordo com o sindicato, as principais polêmicas, além da ampliação da jornada, são o fim das vantagens e gratificações que os servidores podem adquirir ao longo da carreira e o fato de a nova política salarial só entrar em vigor em 1º de março de 2011.

Legislação eleitoral: Os professores também alegam que as condições oferecidas pelo Governo retrocedem a valorização dos níveis de formação e graus que permitem progressão ou promoção. “Além da manutenção da carga horária atual, queremos que os valores entrem em vigor ainda este ano, que haja a previsão de um reajuste anual e uma data-base e que os quinquênios sejam mantidos, assim como a progressão na carreira”, enumerou Victória. O Governo argumenta, entretanto, que legislação eleitoral não permite mais reajustes de servidores para 2010.

Fonte: http://www.tribunademinas.com.br/politica/politica10.php

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