sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vítimas da tragédia de Realengo recebem homenagens na porta da Escola Municipal Tasso da Silveira


Athos Moura; Bom Dia Rio RIO - Amigos, vizinhos, religiosos e familiares prestaram homenagens, durante a madrugada e o início da manhã desta sexta-feira, às 12 crianças vítimas do ataque na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo . Na porta do colégio, na Rua General Bernadino de Matos, foram colocados vasos de flores, um para cada vítima. Jovens acenderam velas e colocaram cartazes na parede. E também oraram. Ao todo, 11 jovens permanecem internados em seis hospitais.


Dois policiais militares passaram a noite no colégio, que ficou lacrado. As aulas estão suspensas. Nesta manhã, funcionários fazem a limpeza da unidade de ensino. O estudante Alan Marcelo Diniz, de 18 anos, que foi aluno do colégio por cinco anos e era amigo de todas as vítimas, colocou velas em homenagens aos colegas. O adolescente contou que ainda não acredita no que aconteceu: - Eram pessoas tão boas, que não faziam nada de mau para ninguém. Parece que elas vão aparecer para ir à escola amanhã e estarão juntas. Alan relatou que conhecia de vista Wellington de Menezes Oliveira, de 23 anos, o atirador.


Segundo o estudante, o assassino era uma pessoa estranha para a sua idade, já que não tinha amigos. Representantes da ONG Rio de Paz também estiveram no local. Eles colocaram flores e cruzes junto às velas e cartazes deixados pelos estudantes. Segundo o presidente da instituição, Antônio Carlos Costa, a maior preocupação não é tentar entrar na cabeça do assassino, mas investigar como as armas chegam às mãos das pessoas.


- Não é possível entrar na cabeça de um homicida, mas é possível rastrear as armas e munições que entram no nosso estado. Essas armas estão diretamente ligadas a esses episódios - disse Costa. Doze cruzes foram postas no muro da escolas. Essas mesmas cruzes foram usadas em um ato no Aterro do Flamengo, em 2008, quando o Estado do Rio atingiu o número de dois mil homicídios no ano. A ideia da ONG é queimar essas cruzes quando o estado atingir a meta da Organização das Nações Unidas (ONU), que é de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes.


Fonte: O Globo on line

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