Entre as 2.558 armas apreendidas no ano passado, 11 foram encontradas dentro de estabelecimentos escolares. Este ano já foram apreendias outras três. A falta de segurança em boa parte das 650 Escolas da rede pública do Distrito Federal levanta a questão sobre os riscos de uma tragédia como a que ocorreu no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, na última semana. As operações de segurança, realizadas em conjunto pelas polícias Civil e Militar, continuam a ocorrer nas cidades que registram altos índices de criminalidade, de acordo com informações da Secretaria de Segurança. No entanto, a segurança das escolas fica a cargo do Batalhão Escolar.
De acordo com o professor Felipe Dantas, a questão da violência e a presença de armas não é diferente nas escolas. É lá que passam boa parte do tempo aqueles que compõem atualmente o maior grupo de risco para o crime e violência indivíduos jovens e do sexo masculino alguns deles, inclusive, já cooptados pela chamada subcultura da violência, jeito de viver em que estão ausentes os pré-requisitos para a resolução pacífica de conflitos, mas muito presentes a posse e uso de armas de fogo, analisou.
O educador lembrou do caso em que a falta de segurança e a presença constante de armas de fogo no cotidiano dos jovens provocaram a morte do professor Carlos Ramos, ex-diretor do Centro de ensino fundamental nº 4, do Lago Oeste, morto em 20 de junho de 2008, por um ex-aluno envolvido com o tráfico de drogas na região onde ficava a Escola. Dantas ainda comentou que o Brasil encabeça o terceiro grupo de países que mais exportam armas de fogo. A maior parte dos homicídios no País é por armas de fogo. Essas mortes são motivadas por causas banais: brigas de bares e de trânsito ou desavenças entre casais. São desentendimentos fúteis que, por se ter uma arma na mão, se tornam fatais, afirmou o professor. Fonte:
Jornal de Brasília (DF)
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