O aluno do curso de enfermagem, Rafael Soares Ferreira, de 25 anos, acusado de agredir a professora Jane de Leon Antunes, 57 anos, a socos e cadeiradas por causa de uma nota baixa se apresentou à polícia nesta quarta-feira, em Porto Alegre. Ele estava com a prisão preventiva decretada e foi encaminhado ao Presídio Central. A professora teve os braços quebrados, perdeu vários dentes e ficou com hematomas na cabeça. Ele deve responder por tentativa de homicídio.
Em depoimento à polícia, o jovem negou a agressão. Disse que tentou se defender de um segurança da escola que o agredia. Na versão dele, os ferimentos da professora foram causados acidentalmente durante a suposta briga. Rafael disse que estava lutando com um segurança da escola, que havia impedido que ele deixasse a sala de coordenação.
Na briga, ele disse ter jogado uma cadeira no segurança, que acabou atingindo a professora. Rafael afirmou ser vítima de racismo. A agressão aconteceu numa escola técnica particular de Porto Alegre. O depoimento do estudante contradiz a versão de pelo menos dez testemunhas que afirmaram à polícia que Rafael agrediu a professora. A professora disse que o aluno avisou que ia agredi-la.
- Ele disse "Eu gosto muito de ti mas vou te punir". E veio com a cadeira e quebrou minha sala.
O aluno, que tem histórico de notas altas, teria ficado indignado com a escola devido a uma nota C e partiu para a violência descabida. Ferreira é instrutor de jiu-jitsu. O delegado Fernando Soares afirmou que a agressão pode ser considerada uma tentativa de homicídio.
- Se não houvesse a intervenção de terceiros, ele teria concluído e essa senhora estaria em óbito. Nunca vi uma agressão como essa no ambiente escolar - afirmou.
A matrícula de Rafael foi cancelada. A professora diz que espera por Justiça.
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