sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

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Família quer que faculdade responda judicialmente

Foto de Nélson Batista

Empresário diz que Izabela Hendrix não deveria ter aceitado aluno expulso de instituição por mau comportamento

DOUGLAS COUTO - Super Notícia em 10 dez. 2010

No enterro de professor ontem em Betim, amigos entregaram um manifesto que pede punições para casos de violência.

A família do professor universitário Kássio Vinícius de Castro Gomes, de 39 anos, assassinado na última terça-feira, em um corredor do Instituto Metodista Izabela Hendrix, na região Centro-Sul da capital, informou ontem que decidiu contratar um advogado para cobrar da faculdade que responda judicialmente pelo crime.

Para o irmão do professor, o empresário Luy Castro Gomes, de 42 anos, a universidade tem parcela de culpa no crime por ter aceitado o ingresso de um aluno expulso de outra universidade por problema de comportamento. "Não vamos querer nada mais do que for de direito, mas é preciso que a faculdade entenda que ele (Kássio) foi morto em pleno trabalho e deixou mulher e filhos", disse.

O estudante Amilton Loyola Caires, de 23 anos, que confessou ter matado o professor, já teria se envolvido em várias ocorrências policiais. De acordo com a Polícia Civil, em 2006, o rapaz foi detido por direção perigosa na Savassi. Dois anos depois, ele foi denunciado por ameaçar funcionários da faculdade Universo onde estudava. No mesmo ano, teria roubado R$ 600 do irmão e o agredido. Ele também já teria discutido em um bar por causa de troco. Ontem, no enterro do corpo do professor, amigos entregaram um manifesto que pede punições para casos de violência. "Nossas leis são muito brandas, principalmente se o assassino for de família abastada", diz um trecho.

Através da assessoria de comunicação, o Izabela Hendrix informou que não tinha conhecimento do histórico violento de Caires. Segundo a assessoria, por lei, o Ministério da Educação exige apenas o histórico escolar, o que foi feito no caso do aluno suspeito.

Medidas previstas

O Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), que representa os docentes de escolas particulares do Estado, anuncia hoje um pacote de ações para conter a violência em salas de aula. Entre as medidas que deverão ser divulgadas pelo setor jurídico da entidade está um pedido de parceria com o Ministério Público Estadual (MPE) e o Conselho Estadual de Educação para criação de "tribunais" ou conselhos que julguem os casos de violência de alunos contra professores. A medida é uma reação ao assassinato do professor universitário Kássio Vinícius de Castro Gomes. (DC e RR)

Fonte: http://www.otempo.com.br/supernoticia/noticias/?IdNoticia=51133,SUP

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