terça-feira, 1 de novembro de 2011

Estudantes protestam contra violência

O diretor da Escola que já teve três porteiros afastados por causa da violência decidiu tirar R$ 2 mil do próprio bolso para bancar a segurança eletrônica no prédio, que foi arrombado dez vezes em menos de um ano. Ontem pela manhã, Marcelo Lima participou do protesto realizado na frente da Escola Mota Trigueiros, no Santo Eduardo, depois que um estudante entrou com um revólver escondido na mochila para matar outro adolescente. Após uma passeata pelas ruas do conjunto, as aulas foram suspensas. Hoje, deve haver novos protestos e os funcionários só devem retornar às atividades quando receberem garantias de vida do secretário estadual de Educação, o advogado Adriano Soares.

Com porteiros, alunos e professores ameaçados de morte, o último diretor, Jeferson Levino, pediu exoneração do cargo. Ontem, ele exercia a função de porteiro, ao lado do novo diretor, recém-eleito para substituí-lo na gestão interrompida.

Com medo, porteiros deixam Escola
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O aluno jurado de morte porque chamou um colega de gay deixou a Escola Mota Trigueiros e se mudou para longe do Conjunto Santo Eduardo.  Por outro lado, o estudante G.S.A., 14 anos, foi liberado pela polícia, horas depois de ser flagrado com o revólver 38 na mochila, e continua matriculado na unidade de ensino. Todos os professores evitam tocar no assunto, principalmente no que se refere à expulsão do garoto.

Após muita insistência da Gazeta, apenas o novo diretor disse que o assunto pode ser levado para análise e decisão do Conselho Escolar. O aluno ainda não voltou a frequentar a sala de aula, mas só porque não quis, já que não há nenhuma medida punitiva contra ele. E quem se atreve?
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FÁTIMA ALMEIDA - Repórter
Fonte: Gazeta de Alagoas (AL)

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