Brasília. O Brasil tem cerca de 3,7 milhões de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos fora da escola, de acordo com relatório divulgado ontem pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). As maiores defasagens são na pré-escola e no ensino médio.
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Entre as crianças de 4 e 5 anos, o número chega a 1,4 milhão. O levantamento apontou que, nessa faixa etária, a maioria dos não matriculados nos sistemas de ensino é negra - 56% do total. As informações são da Agência Brasil. A renda também é um fator que influencia o acesso à educação, segundo a pesquisa. Enquanto 32% das crianças de famílias com renda familiar per capita de até um quarto do salário mínimo estão fora da escola, apenas 6,9% daquelas oriundas de famílias com renda superior a dois salários mínimos per capita estão na mesma situação.
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Os números indicam que a frequência ainda insuficiente de crianças de 4 e 5 anos está relacionada, muitas vezes, à falta de vagas na rede pública. Por isso, no grupo com renda um pouco maior (dois salários per capita), o percentual de crianças fora da escola é menor, já que, nesse caso, a família acaba optando por pagar uma escola.
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Para Maria de Salete Silva, coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil, o desafio de incluir todas as crianças na escola é grande, mas algumas iniciativas governamentais, como o ProInfância, que tem a meta de construir 6.000 creches no país até 2014, são respostas interessantes. "A última política do governo, o Brasil Carinhoso, prioriza as família abaixo da linha da pobreza no acesso à escola e ataca exatamente essa desigualdade".
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Maior desafio para país está no ensino médio
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Brasília. Para Maria de Salete Silva, coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil, o maior desafio está nos anos finais da educação básica. O relatório diz que 1.539.811 adolescentes entre 15 e 17 anos estão fora da escola. Nesse caso, os problemas de frequência não estão relacionados à falta de vagas, mas ao desinteresse pelo ensino médio. Para muitos jovens já envolvidos com o mercado de trabalho, a escola é pouco atrativa. "Isso requer uma mudança muito grande no ensino médio", diz Salete. Para ela, é necessário tornar a escolas mais atrativas para a realidade dos jovens. Salete diz ainda que os investimentos do governo no setor precisam aumentar. "A gente discorda de quem acha que o problema da educação no Brasil não é dinheiro, mas, gestão. Nós temos problemas sérios de gestão, mas só com os recursos que temos hoje, não conseguimos incluir todos na escola, ter qualidade, professor bem-remunerado e capacitado, escola com boa infraestrutura. O desafio é enorme". (Fonte: O TEMPO - MG)
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Entre as crianças de 4 e 5 anos, o número chega a 1,4 milhão. O levantamento apontou que, nessa faixa etária, a maioria dos não matriculados nos sistemas de ensino é negra - 56% do total. As informações são da Agência Brasil. A renda também é um fator que influencia o acesso à educação, segundo a pesquisa. Enquanto 32% das crianças de famílias com renda familiar per capita de até um quarto do salário mínimo estão fora da escola, apenas 6,9% daquelas oriundas de famílias com renda superior a dois salários mínimos per capita estão na mesma situação.
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Os números indicam que a frequência ainda insuficiente de crianças de 4 e 5 anos está relacionada, muitas vezes, à falta de vagas na rede pública. Por isso, no grupo com renda um pouco maior (dois salários per capita), o percentual de crianças fora da escola é menor, já que, nesse caso, a família acaba optando por pagar uma escola.
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Para Maria de Salete Silva, coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil, o desafio de incluir todas as crianças na escola é grande, mas algumas iniciativas governamentais, como o ProInfância, que tem a meta de construir 6.000 creches no país até 2014, são respostas interessantes. "A última política do governo, o Brasil Carinhoso, prioriza as família abaixo da linha da pobreza no acesso à escola e ataca exatamente essa desigualdade".
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Maior desafio para país está no ensino médio
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Brasília. Para Maria de Salete Silva, coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil, o maior desafio está nos anos finais da educação básica. O relatório diz que 1.539.811 adolescentes entre 15 e 17 anos estão fora da escola. Nesse caso, os problemas de frequência não estão relacionados à falta de vagas, mas ao desinteresse pelo ensino médio. Para muitos jovens já envolvidos com o mercado de trabalho, a escola é pouco atrativa. "Isso requer uma mudança muito grande no ensino médio", diz Salete. Para ela, é necessário tornar a escolas mais atrativas para a realidade dos jovens. Salete diz ainda que os investimentos do governo no setor precisam aumentar. "A gente discorda de quem acha que o problema da educação no Brasil não é dinheiro, mas, gestão. Nós temos problemas sérios de gestão, mas só com os recursos que temos hoje, não conseguimos incluir todos na escola, ter qualidade, professor bem-remunerado e capacitado, escola com boa infraestrutura. O desafio é enorme". (Fonte: O TEMPO - MG)
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