Por FÁBIO TAKAHASHI - DE SÃO PAULO.
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O Ministério da Educação pretende aumentar seu poder de fiscalização nas faculdades privadas e até vetar compra e venda de instituições. A intenção está presente no projeto de lei do governo Dilma enviado no final do mês passado ao Congresso, em que cria autarquia específica para supervisionar e avaliar as instituições.
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O setor privado se mostra preocupado com a proposta. O novo órgão (chamado Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior) pretende concentrar ações de avaliação e fiscalização hoje divididas entre diferentes instâncias. E também passaria a ter poderes adicionais aos que a pasta já possui, como "aprovar previamente aquisições, fusões (...)". Atualmente, o ministério é avisado de uma transação quando ela está praticamente finalizada.
O setor privado se mostra preocupado com a proposta. O novo órgão (chamado Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior) pretende concentrar ações de avaliação e fiscalização hoje divididas entre diferentes instâncias. E também passaria a ter poderes adicionais aos que a pasta já possui, como "aprovar previamente aquisições, fusões (...)". Atualmente, o ministério é avisado de uma transação quando ela está praticamente finalizada.
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A autarquia também terá o poder de "decretar intervenção" em instituições de ensino superior que estejam com problemas sérios de qualidade ou de gestão --o que hoje só é possível após o processo correr por diversos órgãos. "Estamos aperfeiçoando o processo de regulação num setor que está em franca expansão", diz o secretário executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim. Levantamento da CM Consultoria aponta que houve 102 fusões e aquisições no setor entre 2007 e 2011. Segundo Paim, muitas vezes há negócios em que o estudante é prejudicado.
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A Folha apurou que tem sido avaliado negativamente na pasta cortes feitos após algumas transações.
Isso ocorreu, por exemplo, com a Uniban. Ela perdeu 400 docentes só na capital neste ano, após ser comprada pelo grupo Anhanguera --a rede disse à época ter feito reestruturação normal de começo de ano letivo.
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O ministério vê como necessária a maior fiscalização no ensino privado, pois tem crescido o número de matrículas bancadas pela União, via programas Prouni e Fies. O projeto está em trâmite nas comissões da Câmara, sem data para votação.
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Editoria de Arte/Folhapress
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PREOCUPAÇÕES
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As instituições particulares de ensino entendem que o governo pretende fazer uma intervenção muito pesada, o que pode prejudicar o funcionamento das universidades.
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Em seminário hoje do Semesp (sindicato das universidades privadas de SP), na capital paulista, a rede particular deve fechar um posicionamento sobre a proposta.
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Um dirigente do setor afirmou, reservadamente, estar preocupado com os "superpoderes" do novo órgão. Um dos problemas, diz, é que as instituições praticamente não terão instâncias para recorrer de sanções.
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Fonte: Folha de São Paulo
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