Por Natália Oliveira
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) protocolou ontem no Ministério Público Estadual (MPE) um ofício contra o projeto de lei 2.355/11, enviado recentemente à Assembleia Legislativa de Minas (ALMG). Eles alegam que o Estado não cumpre a Lei Federal 11.738/08.
"O governo não cumpre a lei sobre reservar 1/3 do tempo de trabalho para a preparação das aulas, só cumpre 1/4. Contestamos também o piso oferecido. Ele é linear, mas os profissionais que têm nível superior deveriam ganhar 22% a mais. E queremos que o piso seja pago para todos da educação, não só para professores", explicou a coordenadora geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira. Essa é a terceira representação da categoria no Ministério Público - foram duas no MPE e uma no Ministério Público Federal (MPF).
Em nota, o governo disse que já apresentou diversas propostas à categoria, mas que todas foram desprezadas por questões políticas. Prova disso, segundo o texto, é que a Justiça e o próprio Ministério Público já se manifestaram em favor da proposta do Estado, o que não foi suficiente para acabar com a greve. Protestos. Cerca de 30 professores se acorrentaram ontem no pirulito da praça Sete, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, para protestar contra a proposta salarial do Estado. Em greve há 99 dias, eles afirmaram que a intenção era mostrar que a categoria está "acorrentada ao piso salarial".
Em Diamantina, no Alto Jequitinhonha, os professores aproveitaram a solenidade da entrega da Medalha Juscelino Kubitschek para protestar soltando balões pretos durante o evento.
O governador Antonio Anastasia respondeu que não vê efeito prático nas manifestações. "Esse tipo de protesto não vai levar a parte alguma", disse o governador.
Investigação. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as denúncias de que militares descaracterizados estariam espionando membros do sindicato. A PM disse que os suspeitos podem ser afastados.
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