terça-feira, 23 de abril de 2013
Descoberto tráfico no entorno de escola
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Dia 16 de abril de 2013
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Por Sandra Zanella, Eduardo Valente e Marcos Araújo
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No mesmo dia em que a Tribuna mostrou a preocupação de professores e funcionários devido à escalada da violência dentro do ambiente escolar, um adolescente de 16 anos foi apreendido suspeito de realizar tráfico de drogas nas imediações da Escola Municipal Santa Cândida, em bairro homônimo, Zona Sudeste. Outros dois jovens que seriam olheiros do tráfico foram presos horas depois. O caso descoberto nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil é pelo menos o quinto com características semelhantes ocorrido na cidade este ano. Levantamento da Tribuna feito a partir de boletins de ocorrência da Polícia Militar aponta que outros quatro foram registrados este ano envolvendo comercialização de entorpecentes em áreas próximas às instituições de ensino. Em todos eles, os infratores tinham entre 15 e 19 anos.
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A ação realizada nesta terça pela 6ª Delegacia de Polícia Civil ocorreu após a equipe fazer campana no local e conseguir deter o jovem em flagrante, na Rua Jorge Raimundo, com cinco pedras de crack . Em um matagal ao lado do colégio, ainda foi encontrada uma sacola plástica com aproximadamente 80 porções do entorpecente prontas para a venda, uma pedra maior da substância e uma bucha de maconha.
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Na mesma rua, a 70ª Companhia de Polícia Militar havia apreendido, no dia 8 de abril, 13kg de maconha com dois adolescentes, sendo um deles já detido oito vezes por tráfico e outro recolhido em três ocasiões pelo mesmo crime e também por roubo. O flagrante desta terça da Polícia Civil aconteceu duas semanas depois de a própria direção da escola encaminhar ofícios à Secretaria de Educação e à Polícia Militar pedindo providências para coibir o tráfico de drogas e até disparos de armas de fogo feitos próximo ao portão da instituição. A situação tem levado medo a moradores e colocado em risco a vida de funcionários e alunos. "Muitos pais têm nos procurado cobrando atitude, pois temem a segurança de seus filhos. Hoje (dia 4), por volta das 11h, houve troca de tiros em frente à escola", informou o colégio no documento encaminhado à PM, solicitando ações para amenizar a presença de usuários e traficantes de entorpecentes nas proximidades e dar mais segurança a estudantes e professores, com reforço no policiamento, principalmente nos horários de entrada e saída dos três turnos.
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A ação realizada nesta terça pela 6ª Delegacia de Polícia Civil ocorreu após a equipe fazer campana no local e conseguir deter o jovem em flagrante, na Rua Jorge Raimundo, com cinco pedras de crack . Em um matagal ao lado do colégio, ainda foi encontrada uma sacola plástica com aproximadamente 80 porções do entorpecente prontas para a venda, uma pedra maior da substância e uma bucha de maconha.
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Na mesma rua, a 70ª Companhia de Polícia Militar havia apreendido, no dia 8 de abril, 13kg de maconha com dois adolescentes, sendo um deles já detido oito vezes por tráfico e outro recolhido em três ocasiões pelo mesmo crime e também por roubo. O flagrante desta terça da Polícia Civil aconteceu duas semanas depois de a própria direção da escola encaminhar ofícios à Secretaria de Educação e à Polícia Militar pedindo providências para coibir o tráfico de drogas e até disparos de armas de fogo feitos próximo ao portão da instituição. A situação tem levado medo a moradores e colocado em risco a vida de funcionários e alunos. "Muitos pais têm nos procurado cobrando atitude, pois temem a segurança de seus filhos. Hoje (dia 4), por volta das 11h, houve troca de tiros em frente à escola", informou o colégio no documento encaminhado à PM, solicitando ações para amenizar a presença de usuários e traficantes de entorpecentes nas proximidades e dar mais segurança a estudantes e professores, com reforço no policiamento, principalmente nos horários de entrada e saída dos três turnos.
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Área de lazer
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Conforme a direção e o corpo docente, uma das saídas para o quadro de violência que tem se instalado no entorno seria a construção de uma quadra de esportes no terreno baldio no espaço onde foi encontrada a sacola com drogas. "Pedimos uma área de lazer, porque a escola não possui quadra, e esse terreno, que é da Prefeitura, está sendo ocupado por usuários de drogas. Os tiros também não têm hora para acontecer", disse um funcionário, que preferiu não se identificar. "Já fazemos um trabalho para não perder esses alunos para o tráfico, com aulas de capoeira, dança e grafite fora dos horários de aula, para mantê-los por mais tempo no colégio. Mas estamos pedindo ajuda com ações concretas", completou. Ainda de acordo com os funcionários da Santa Cândida, a violência começou a se instalar de forma mais incisiva no ano passado e tem levado pais a quererem transferir seus filhos. Professores também estariam cogitando mudanças de local de trabalho, pois o simples fato de estacionar o carro na rua já estaria sendo arriscado, na visão deles.
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Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar confirmou ter recebido a solicitação de monitoramento na área da escola e providenciado o empenho das viaturas, nos horários solicitados de entrada e saída dos turnos da manhã, tarde e noite, com a utilização das patrulhas de Prevenção Ativa, Comunitária e unidades do Tático Móvel. A Secretaria de Educação, por meio de sua assessoria, também confirmou ter recebido o memorando e reforçado o pedido da instituição à PM. Sobre o terreno vago que poderia ser utilizado como área de lazer, a secretaria informou que não é possível a construção de uma quadra de esportes no local devido ao grande declive do terreno. Além disso, segundo a assessoria, a área não pertence à escola.
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Conforme a direção e o corpo docente, uma das saídas para o quadro de violência que tem se instalado no entorno seria a construção de uma quadra de esportes no terreno baldio no espaço onde foi encontrada a sacola com drogas. "Pedimos uma área de lazer, porque a escola não possui quadra, e esse terreno, que é da Prefeitura, está sendo ocupado por usuários de drogas. Os tiros também não têm hora para acontecer", disse um funcionário, que preferiu não se identificar. "Já fazemos um trabalho para não perder esses alunos para o tráfico, com aulas de capoeira, dança e grafite fora dos horários de aula, para mantê-los por mais tempo no colégio. Mas estamos pedindo ajuda com ações concretas", completou. Ainda de acordo com os funcionários da Santa Cândida, a violência começou a se instalar de forma mais incisiva no ano passado e tem levado pais a quererem transferir seus filhos. Professores também estariam cogitando mudanças de local de trabalho, pois o simples fato de estacionar o carro na rua já estaria sendo arriscado, na visão deles.
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Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar confirmou ter recebido a solicitação de monitoramento na área da escola e providenciado o empenho das viaturas, nos horários solicitados de entrada e saída dos turnos da manhã, tarde e noite, com a utilização das patrulhas de Prevenção Ativa, Comunitária e unidades do Tático Móvel. A Secretaria de Educação, por meio de sua assessoria, também confirmou ter recebido o memorando e reforçado o pedido da instituição à PM. Sobre o terreno vago que poderia ser utilizado como área de lazer, a secretaria informou que não é possível a construção de uma quadra de esportes no local devido ao grande declive do terreno. Além disso, segundo a assessoria, a área não pertence à escola.
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Polícia quer identificar quem está 'cooptando garotos'
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O adolescente apreendido nesta terça supostamente traficando drogas no entorno da instituição seria morador do Jóquei Clube, Zona Norte. De acordo com o delegado à frente do caso, Carlos Eduardo Rodrigues, será levantado quem estaria por trás dele fornecendo os entorpecentes para a venda. Durante a operação, dois homens, 21 e 22 anos, que estariam atuando como olheiros, para observar a chegada de policiais, e como indicadores do local para aquisição de entorpecentes também foram presos, no período da tarde, por policiais da 6ª Delegacia de Polícia Civil. Com a dupla, foram apreendidas cerca de 20g de haxixe. "Estamos unindo esforços para identificar quem está pagando e cooptando esses garotos", destacou o delegado. Segundo ele, o suspeito de ser o responsável pelas drogas seria um morador do Santa Cândida já conhecido por envolvimento com o tráfico. Carlos Eduardo lembrou que, além de responder pelo crime, o homem também poderá ser enquadrado em corrupção de menores. "Quando não conseguimos prender em flagrante, podemos solicitar à Justiça prisões preventivas e indiciar essas pessoas, conforme cada caso."
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Depois de prestar declarações na delegacia, o adolescente foi liberado para os pais e teve procedimento encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. Os dois homens presos posteriormente foram autuados por associação para o tráfico de drogas e corrupção de menores, sendo encaminhados ao Ceresp. Como prevê a Lei de Drogas, no artigo 40, as penas pela infração cometida nas dependências ou imediações de estabelecimento de ensino são aumentadas de um sexto a dois terços.
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Depois de prestar declarações na delegacia, o adolescente foi liberado para os pais e teve procedimento encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. Os dois homens presos posteriormente foram autuados por associação para o tráfico de drogas e corrupção de menores, sendo encaminhados ao Ceresp. Como prevê a Lei de Drogas, no artigo 40, as penas pela infração cometida nas dependências ou imediações de estabelecimento de ensino são aumentadas de um sexto a dois terços.
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Ação da PM
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Segundo o assessor de comunicação da 4ª Região de Polícia Militar, major Paulo Alex Moreira, a corporação realiza diversas atividades, dentro e fora das instituições, para coibir o tráfico e uso de drogas. Sobre o comércio em áreas próximas das instituições de ensino, ele informou que as patrulhas escolares de cada companhia são designadas a atuar, principalmente, nos horários de entrada e saída dos estudantes. "É importante que a direção das escolas faça contato com as companhias. Orientamos que algum funcionário faça contato visual nas ruas antes de liberar os estudantes. Caso haja alguma atitude suspeita, a polícia deve ser acionada imediatamente."
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Segundo o assessor de comunicação da 4ª Região de Polícia Militar, major Paulo Alex Moreira, a corporação realiza diversas atividades, dentro e fora das instituições, para coibir o tráfico e uso de drogas. Sobre o comércio em áreas próximas das instituições de ensino, ele informou que as patrulhas escolares de cada companhia são designadas a atuar, principalmente, nos horários de entrada e saída dos estudantes. "É importante que a direção das escolas faça contato com as companhias. Orientamos que algum funcionário faça contato visual nas ruas antes de liberar os estudantes. Caso haja alguma atitude suspeita, a polícia deve ser acionada imediatamente."
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Fonte: Tribuna de Minas (MG)
Alunas que brigaram durante aula em Paulínia (SP) são suspensas
Por Eduardo Schiavoni
Reprodução - Alunas brigam durante aula em Paulínia (SP) - site Uol (educação).
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As duas estudantes de 16 anos que brigaram dentro da sala de aula em Paulínia (120 km de SP) foram suspensas por três dias pela direção da escola Escola Estadual Padre José Narciso Ehrenberg. A Diretoria de Ensino de Sumaré, que responde pela cidade, declarou ainda que o professor que presenciou as agressões, e não interferiu, terá a conduta averiguada.
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Violência na escola
- Professora é demitida após colar fita adesiva em boca de aluno no PR
- Menino de 5 anos fratura perna na escola; professora teria dado puxão
- Crescem casos de violência em escolas estaduais de SP
- Aluno baleado dentro da escola passa por cirurgia
- Família de professora morta dentro de escola pede R$ 400 mil de indenização
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Nas imagens, uma garota, visivelmente maior que a oponente, aparece desferindo socos e chutes na rival, enquanto é observada pelo mestre, que quase não tenta interferir na pancadaria e, quando o faz, é muito tímido na ação. A briga ocorreu na manhã de quarta-feira (17) e ganhou repercussão nacional depois de um video com a agressão ter se tornado público.
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Além da suspensão às alunas, cujos pais foram convocados para prestarem esclarecimentos, a Secretaria Estadual da Educação informou que convocou professores-mediadores do Conselho Tutelar que atuam na unidade para acompanhar as duas alunas. O Conselho de Escola também deverá se reunir para verificar outras medidas disciplinares que poderão ser adotadas pela instituição.
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O professor que estava presente no momento da briga também pode ser punido, já que a diretora de ensino de Sumaré, Dirceuza Pereira, vê a conduta do professor com ressalvas. "Eu acredito que o professor teria que ter tido uma ação. Irei apurar a causa da briga e o porque da não intervenção do professor", disse ela. A Apeoesp (Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), por sua vez, manifestou nota de agravo ao professor e disse que irá defendê-lo em eventuais processos administrativos.
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Ameaça
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A menina que apanhou da colega afirmou, ontem, que recebeu ameaças de outras colegas. Ela chegou a mostrar uma mensagem de celular recebida por ela em que uma de suas colegas de sala pede que ela tenha cuidado, porque, de acordo com o texto, ela "vai apanhar de novo, dessa vez não só de uma" agressora. Lucia Leal Silva, mãe da jovem, acusa a direção de escola de omissão. "Não é a primeira vez que coisas acontecem com a menina na escola e ninguém faz nada", disse. Já a menina afirmou que está com medo. "Não consigo entender o que aconteceu, ela era minha amiga", informou. A direção da escola foi procurada para comentar, mas não se manifestou sobre o assunto.
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Mais brigas
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Outras imagens gravadas com celulares e divulgadas na internet comprovam que agressões físicas entre estudantes da escola são frequentes. Em um vídeo postado no youtube há cerca de um mês a mesma adolescente que bateu na colega de sala esta semana aparece brigando com outra menina, em frente à escola. Outro vídeo de 2011 mostra uma briga na escola, um menino aparece batendo em outro no pátio da escola. Em outro, de 2012, outras duas alunas aparecem brigando no pátio da escola.
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Fonte: Uol (19/04/2013)
Só 7% dos alunos de escola pública entraram na USP
Apenas 7,7% dos candidatos de Escola pública que fizeram o vestibular da Fuvest conseguiram entrar na Universidade de São Paulo (USP) em 2013, o que representa uma queda em relação ao ano anterior, quando 8,36% desse grupo foi aprovado. No total, os oriundos da rede pública representam neste ano "28,5% do total de ingressantes. O porcentual mostra pouco avanço sobre o ano anterior - em 2012, o índice era de 28%.
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Após os resultados, a USP estuda alterar sua política de bonificação. O retrato dos ingressantes está longe de refletir a realidade da Educação do País, que tem 85% dos estudantes de Ensino médio em Escolas públicas.
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"Foi um bom resultado, mas não estou satisfeita. Esperava que (o porcentual) aumentasse", disse a pró-reitora de Graduação. Telma Zorn. A USP ofereceu 10.982 vagas em 2013.
O resultado surge enquanto se debate a implementação de cotas nas universidades estaduais de São Paulo. Entre outras coisas, o plano do governo prevê 50% de matrículas de Alunos de Escola pública até 2016.
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Se mantido esse ritmo, a USP vai levar 115 anos para ter 50% de Alunos de Escolas públicas - sem levar em conta cursos como Medicina e Engenharia, em que a proporção desses Alunos é menor. A USP não divulgou os porcentuais por curso. Além de ampliar o bônus (o limite hoje é de 15%), Telma mencionou possível bonificação para certas carreiras e para quem participa de olimpíadas estudantis. Apesar de indicar mudanças, nada foi anunciado.
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Segundo Telma, a USP precisa verificar por que os resultados não progrediram como esperado. "É uma situação multifatorial, até o ProUni não pode ser desvinculado". Para ela, o aumento das bolsas federais em faculdades privadas afastaria o estudante de Escola pública do vestibular da Fuvest. Para tentar reverter isso, a universidade tem investido em um programa em que estudantes da USP vão a Escolas. Em 2012, houve 3,3 mil visitas.
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O problema é que o número de inscritos da rede pública subiu quase 5% entre 2012 e 2013, mas o salto no ingresso foi mais tímido, menos de 2%. Debate. Segundo o Educador Jorge Werthein, do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, fazer com que os Alunos acreditem que é possível entrar na universidade é essencial. "A USP tem de mostrar que realmente busca a inclusão".
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Presidente do cursinho Henfil, Matheu Prado diz que a bonificação não mudará o retrato social da universidade. "Se a USP quer incluir, precisa radicalizar, precisa ter cotas." Para a estudante Thaís Cortez, de 18 anos, que está pelo segundo ano no cursinho da Poli, "quem estudou em Escola pública não consegue entrar se correr sozinho" Ela quer uma vaga em Administração na Fuvest.
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Fonte: O Estado de São Paulo (SP)
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Em Paulínia, alunas brigam durante aula e professor assiste a cena
- Duas estudantes do ensino médio brigam durante aula em escola de Paulínia
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Duas estudantes de 16 anos do ensino médio da Escola Estadual Padre José Narciso Vieira Ehrenberg, no bairro João Aranha, em Paulínia (120 km de São Paulo), envolveram-se em uma briga durante o período de aula na manhã de quarta-feira (17). A confusão foi gravada em vídeo, que mostra um professor no local.
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A Secretaria Estadual da Educação classificou a situação como "lamentável" e informou que investigará o caso.
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Durante a briga, uma das garotas --muito maior que a outra-- joga a colega no chão e desfere tapas, socos e chutes na companheira de classe. Em meio à cena, um professor, que não teve o nome revelado pela escola, acompanha de perto, quase como espectador, a ação. Ele aparece poucas vezes no vídeo, e tenta em apenas uma oportunidade intervir para impedir que as alunas seguissem com as agressões, mas o docente não tem sucesso. A confusão durou aproximadamente dois minutos.
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Na última cena da briga, com uma das alunas caída no chão, a rival chega a desferir seguidos chutes nas costelas da colega de turma e, depois, uma sequência de murros na cabeça na menina caída. Ao levantar, a garota ainda é alvo do arremesso de uma carteira, que não a acerta. Segundo relatos de companheiros de classe das meninas, a briga teria começado pelo fato de uma das estudantes estar atirando bolinhas de papel na outra. Ainda segundo um aluno, a estudante que bateu na companheira seria vítima frequente de bullying. "Não só a menina que apanhou, mas muita gente da sala de aula costuma tirar sarro dela [da menina maior, que bateu mais]", disse.
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A jovem que apanhou declarou, a uma emissora de televisão regional, que ficou surpresa com a agressão. "Nós fomos criadas juntas. Eu estou muito chocada, ela vivia na minha casa, minha família adora ela, tinha ela como filha. Agora ela chega e me agride desse jeito. Não acredito até agora", disse.
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Outro lado
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Funcionários da escola afirmaram à reportagem que não estavam autorizados a comentar o assunto. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Educação, a direção da unidade convocou uma reunião com os responsáveis pelas estudantes para impedir que novas discussões "cheguem às vias de fato". As garotas estão suspensas e o Conselho Tutelar foi acionado para fazer a análise do problema.
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Quanto ao professor que estava em sala de aula no momento da briga, a Diretoria Regional de Ensino de Sumaré, responsável por Paulínia, informou que averiguará a sua conduta e, caso se comprovem quaisquer falhas, tomará as providências cabíveis. As punições, se for determinada conduta omissa do mestre, variam de advertência à exoneração.
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Histórico - Em abril de 2011, uma professora da unidade da mesma unidade de ensino foi agredida ao pedir que dois alunos parassem de brigar. O caso foi registrado na Polícia Civil. Na ocasião, dois alunos discutiam quando a profissional pediu que não houvesse agressão.
O fato ocorreu dentro da sala de aula. Ao ser questionado pela prefeitura, um dos jovens tentou deixar a sala, mas foi contido pela professora. O jovem, então, empurrou as carteiras e deu dois socos no rosto da professora, que caiu ao chão.
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Menor assassinado na porta da escola
Os moradores do bairro Pedra Branca, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, estão assustados com a violência nos arredores da Escola Estadual Alizon Themoter Costa. Na manhã de ontem, um adolescente de 16 anos foi morto a tiros quando esperava, do lado de fora, o início das aulas. O crime aconteceu por volta das 6h50. Segundo os militares do 40º Batalhão da Polícia Militar (PM), testemunhas disseram ter visto o momento em que um Gol prata, ocupado por três homens, parou próximo da vítima. Em questão de segundos, o menor foi baleado pelo menos três vezes, duas no tórax e uma na cabeça. Os suspeitos fugiram em alta velocidade.
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Por ser o momento de chegada à aula, os disparos provocaram correria entre os alunos e professores da escola. Apesar do susto, ninguém mais foi atingido pelos tiros. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceu ao local e constatou a morte do adolescente.
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Ainda de acordo com a PM, a motivação do crime deverá ser desvendada com as investigações da Polícia Civil. Porém, testemunhas relataram que o adolescente teria sido ameaçado anteriormente. Um morador da região, que pediu para não ser identificado, contou que, no dia anterior, a vítima teria sido alertada que seria morta caso aparecesse na escola.
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Uma outra moradora da região disse que o jovem ouvia música em seu celular quando foi executado. "O telefone ficou caído ao lado do corpo, tocando por um bom tempo funks e músicas evangélicas que ele ouvia", detalhou a mulher.
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Reincidência
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Ainda segundo o relato de moradores da região, esse é o terceiro assassinato de alunos da escola que acontece na região somente nos últimos seis meses. "Mataram um no ano passado e jogaram o corpo no lote atrás da escola. Ele foi encontrado com uma arma na cintura. Há menos de dois meses, um outro adolescente foi morto na esquina de baixo, também em frente à escola", disse um morador.
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Uma mulher, que reside no bairro há 40 anos, disse que o Pedra Branca sempre foi muito tranquilo. "Antes aqui era uma paz, mas depois que fizeram essa escola piorou tudo. O problema é que as pessoas de outros bairros vêm buscar namoradinha, caçar confusão, e a gente que precisa ficar com medo", protestou. Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso pelo homicídio. Segundo informações da Polícia Militar, o adolescente tinha passagem pela polícia por uso de drogas. "Por enquanto, nada indica que ele tenha relacionamento com o tráfico de drogas", disse o major Aloísio Alves.
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Alunos estão com medo - O terceiro assassinato nas proximidades da escola deixou os alunos apreensivos. "Nós, que estudamos de manhã, não tínhamos tanto medo porque as outras duas mortes tinham acontecido no período da noite. Mas, agora, aconteceu à luz do dia, não tem como não ficar com medo", disse uma adolescente de 15 anos, que conhecia a vítima. Segundo a estudante, os tiros foram disparados no momento em que ela e outros amigos subiam a rua. "Vi as pessoas correndo. Mas foi uma professora que me contou que um aluno tinha sido morto. Não tem policiamento, deveria ter uma viatura na entrada e na saída da aula. Do contrário, ficaremos sempre com muito medo", disse.
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O comandante da 204ª Companhia Especial de Justinópolis, major Aloísio Alves, disse que as escolas da região contam com uma patrulha escolar. "Vamos intensificar o policiamento na região para trazer mais tranquilidade à comunidade escolar. Temos um ponto de apoio na associação do bairro, próximo dali e faremos uma reunião amanhã (hoje) com a comunidade".
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Apesar de os alunos da manhã terem voltado para casa, a Secretaria de Estado de Educação informou que a escola funcionou normalmente e que a direção estará em diálogo com a PM sobre a intensificação da patrulha escolar. (Fonte: O Tempo - MG)
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Por ser o momento de chegada à aula, os disparos provocaram correria entre os alunos e professores da escola. Apesar do susto, ninguém mais foi atingido pelos tiros. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceu ao local e constatou a morte do adolescente.
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Ainda de acordo com a PM, a motivação do crime deverá ser desvendada com as investigações da Polícia Civil. Porém, testemunhas relataram que o adolescente teria sido ameaçado anteriormente. Um morador da região, que pediu para não ser identificado, contou que, no dia anterior, a vítima teria sido alertada que seria morta caso aparecesse na escola.
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Uma outra moradora da região disse que o jovem ouvia música em seu celular quando foi executado. "O telefone ficou caído ao lado do corpo, tocando por um bom tempo funks e músicas evangélicas que ele ouvia", detalhou a mulher.
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Reincidência
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Ainda segundo o relato de moradores da região, esse é o terceiro assassinato de alunos da escola que acontece na região somente nos últimos seis meses. "Mataram um no ano passado e jogaram o corpo no lote atrás da escola. Ele foi encontrado com uma arma na cintura. Há menos de dois meses, um outro adolescente foi morto na esquina de baixo, também em frente à escola", disse um morador.
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Uma mulher, que reside no bairro há 40 anos, disse que o Pedra Branca sempre foi muito tranquilo. "Antes aqui era uma paz, mas depois que fizeram essa escola piorou tudo. O problema é que as pessoas de outros bairros vêm buscar namoradinha, caçar confusão, e a gente que precisa ficar com medo", protestou. Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso pelo homicídio. Segundo informações da Polícia Militar, o adolescente tinha passagem pela polícia por uso de drogas. "Por enquanto, nada indica que ele tenha relacionamento com o tráfico de drogas", disse o major Aloísio Alves.
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Alunos estão com medo - O terceiro assassinato nas proximidades da escola deixou os alunos apreensivos. "Nós, que estudamos de manhã, não tínhamos tanto medo porque as outras duas mortes tinham acontecido no período da noite. Mas, agora, aconteceu à luz do dia, não tem como não ficar com medo", disse uma adolescente de 15 anos, que conhecia a vítima. Segundo a estudante, os tiros foram disparados no momento em que ela e outros amigos subiam a rua. "Vi as pessoas correndo. Mas foi uma professora que me contou que um aluno tinha sido morto. Não tem policiamento, deveria ter uma viatura na entrada e na saída da aula. Do contrário, ficaremos sempre com muito medo", disse.
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O comandante da 204ª Companhia Especial de Justinópolis, major Aloísio Alves, disse que as escolas da região contam com uma patrulha escolar. "Vamos intensificar o policiamento na região para trazer mais tranquilidade à comunidade escolar. Temos um ponto de apoio na associação do bairro, próximo dali e faremos uma reunião amanhã (hoje) com a comunidade".
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Apesar de os alunos da manhã terem voltado para casa, a Secretaria de Estado de Educação informou que a escola funcionou normalmente e que a direção estará em diálogo com a PM sobre a intensificação da patrulha escolar. (Fonte: O Tempo - MG)
Professor sai escoltado de escola após briga com alunos em Santa Luzia
Uma briga entre um professor e um aluno terminou com cinco adolescentes apreendidos, nesta quinta-feira (18). A confusão ocorreu na Escola Estadual Efigênia de Jesus Werneck, no bairro Dona Rosarinha, em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte.
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De acordo com a Polícia Militar (PM), o professor estava dentro de sala de aula, aplicando prova, quando chamou a atenção de um dos alunos. Testemunhas disseram à polícia que o aluno foi agredido pelo professor com três socos no rosto. Revoltados, os demais estudantes compraram a briga e partiram para a agressão. O professor levou socos e chutes e conseguiu se esconder dentro de uma outra sala.
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A confusão foi tão grande que o educador teve que deixar a escola escoltado pela polícia. Quando a PM deixa o local, a viatura foi apedrejada pelos alunos. Ao final da briga, cinco adolescentes foram apreendidos e levados para a delegacia para prestar depoimento.
Em contato com a Secretaria Estadual de Educação, a reportagem de O TEMPO Online foi informada de que uma equipe irá à escola para apurar o caso.
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Fonte: O Tempo (MG)
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Tiroteio na porta de escola causa pânico a estudantes
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Um tiroteio na porta de duas escolas no Bairro Pedra Branca, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, levou pânico a alunos e funcionários. De acordo com a Polícia Militar, (PM), por volta de 7h – horário da entrada do turno da manhã – três homens passaram de carro e um deles disparou várias vezes contra um adolescente de 16 anos na porta da Escola Estadual Alizon Themoter Costa, que fica na Rua Diamantina. Bem perto de lá também está a Escola Estadual Jalmir Lopes Dias. R.A.F.T. foi morto com um tiro na cabeça e há informações de que estudava em uma das escolas no turno da noite.
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Segundo testemunhas, há cerca de dois meses ocorreu um homicídio na região, também na porta de uma das escolas. De acordo com a PM, a região tem intensa atividade de venda de drogas e o crime pode estar relacionado o tráfico, mas ainda não se sabe se há relação da vítima com o tráfico. O funcionamento na Escola Jalmir Lopes está normal, segundo informações de funcionários. Testemunhas disseram que os alunos da Escola Alizon Themoter foram orientados a voltar para casa.
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Segundo testemunhas, há cerca de dois meses ocorreu um homicídio na região, também na porta de uma das escolas. De acordo com a PM, a região tem intensa atividade de venda de drogas e o crime pode estar relacionado o tráfico, mas ainda não se sabe se há relação da vítima com o tráfico. O funcionamento na Escola Jalmir Lopes está normal, segundo informações de funcionários. Testemunhas disseram que os alunos da Escola Alizon Themoter foram orientados a voltar para casa.
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Segundo a PM, as testemunhas não conseguiram identificar ao certo o carro em que estavam os suspeitos, mas tudo indica que seja um Gol ou um Fiat Palio prata. De acordo com a polícia, no momento do homicídio havia três ônibus escolares estacionados na rua e o barulho de disparos causou grande correria de estudantes..
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Fonte: Estado de Minas (MG)
Descoberto tráfico no entorno de escola
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No mesmo dia em que a Tribuna mostrou a preocupação de professores e funcionários devido à escalada da violência dentro do ambiente escolar, um adolescente de 16 anos foi apreendido suspeito de realizar tráfico de drogas nas imediações da Escola Municipal Santa Cândida, em bairro homônimo, Zona Sudeste. Outros dois jovens que seriam olheiros do tráfico foram presos horas depois. O caso descoberto nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil é pelo menos o quinto com características semelhantes ocorrido na cidade este ano. Levantamento da Tribuna feito a partir de boletins de ocorrência da Polícia Militar aponta que outros quatro foram registrados este ano envolvendo comercialização de entorpecentes em áreas próximas às instituições de ensino. Em todos eles, os infratores tinham entre 15 e 19 anos.
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A ação realizada nesta terça pela 6ª Delegacia de Polícia Civil ocorreu após a equipe fazer campana no local e conseguir deter o jovem em flagrante, na Rua Jorge Raimundo, com cinco pedras de crack . Em um matagal ao lado do colégio, ainda foi encontrada uma sacola plástica com aproximadamente 80 porções do entorpecente prontas para a venda, uma pedra maior da substância e uma bucha de maconha.
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Na mesma rua, a 70ª Companhia de Polícia Militar havia apreendido, no dia 8 de abril, 13kg de maconha com dois adolescentes, sendo um deles já detido oito vezes por tráfico e outro recolhido em três ocasiões pelo mesmo crime e também por roubo. O flagrante desta terça da Polícia Civil aconteceu duas semanas depois de a própria direção da escola encaminhar ofícios à Secretaria de Educação e à Polícia Militar pedindo providências para coibir o tráfico de drogas e até disparos de armas de fogo feitos próximo ao portão da instituição. A situação tem levado medo a moradores e colocado em risco a vida de funcionários e alunos. "Muitos pais têm nos procurado cobrando atitude, pois temem a segurança de seus filhos. Hoje (dia 4), por volta das 11h, houve troca de tiros em frente à escola", informou o colégio no documento encaminhado à PM, solicitando ações para amenizar a presença de usuários e traficantes de entorpecentes nas proximidades e dar mais segurança a estudantes e professores, com reforço no policiamento, principalmente nos horários de entrada e saída dos três turnos.
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Área de lazer
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Conforme a direção e o corpo docente, uma das saídas para o quadro de violência que tem se instalado no entorno seria a construção de uma quadra de esportes no terreno baldio no espaço onde foi encontrada a sacola com drogas. "Pedimos uma área de lazer, porque a escola não possui quadra, e esse terreno, que é da Prefeitura, está sendo ocupado por usuários de drogas. Os tiros também não têm hora para acontecer", disse um funcionário, que preferiu não se identificar. "Já fazemos um trabalho para não perder esses alunos para o tráfico, com aulas de capoeira, dança e grafite fora dos horários de aula, para mantê-los por mais tempo no colégio. Mas estamos pedindo ajuda com ações concretas", completou. Ainda de acordo com os funcionários da Santa Cândida, a violência começou a se instalar de forma mais incisiva no ano passado e tem levado pais a quererem transferir seus filhos. Professores também estariam cogitando mudanças de local de trabalho, pois o simples fato de estacionar o carro na rua já estaria sendo arriscado, na visão deles.
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Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar confirmou ter recebido a solicitação de monitoramento na área da escola e providenciado o empenho das viaturas, nos horários solicitados de entrada e saída dos turnos da manhã, tarde e noite, com a utilização das patrulhas de Prevenção Ativa, Comunitária e unidades do Tático Móvel. A Secretaria de Educação, por meio de sua assessoria, também confirmou ter recebido o memorando e reforçado o pedido da instituição à PM. Sobre o terreno vago que poderia ser utilizado como área de lazer, a secretaria informou que não é possível a construção de uma quadra de esportes no local devido ao grande declive do terreno. Além disso, segundo a assessoria, a área não pertence à escola.
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Polícia quer identificar quem está 'cooptando garotos'
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O adolescente apreendido nesta terça supostamente traficando drogas no entorno da instituição seria morador do Jóquei Clube, Zona Norte. De acordo com o delegado à frente do caso, Carlos Eduardo Rodrigues, será levantado quem estaria por trás dele fornecendo os entorpecentes para a venda. Durante a operação, dois homens, 21 e 22 anos, que estariam atuando como olheiros, para observar a chegada de policiais, e como indicadores do local para aquisição de entorpecentes também foram presos, no período da tarde, por policiais da 6ª Delegacia de Polícia Civil. Com a dupla, foram apreendidas cerca de 20g de haxixe. "Estamos unindo esforços para identificar quem está pagando e cooptando esses garotos", destacou o delegado. Segundo ele, o suspeito de ser o responsável pelas drogas seria um morador do Santa Cândida já conhecido por envolvimento com o tráfico. Carlos Eduardo lembrou que, além de responder pelo crime, o homem também poderá ser enquadrado em corrupção de menores. "Quando não conseguimos prender em flagrante, podemos solicitar à Justiça prisões preventivas e indiciar essas pessoas, conforme cada caso."
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Depois de prestar declarações na delegacia, o adolescente foi liberado para os pais e teve procedimento encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. Os dois homens presos posteriormente foram autuados por associação para o tráfico de drogas e corrupção de menores, sendo encaminhados ao Ceresp. Como prevê a Lei de Drogas, no artigo 40, as penas pela infração cometida nas dependências ou imediações de estabelecimento de ensino são aumentadas de um sexto a dois terços.
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Ação da PM
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Segundo o assessor de comunicação da 4ª Região de Polícia Militar, major Paulo Alex Moreira, a corporação realiza diversas atividades, dentro e fora das instituições, para coibir o tráfico e uso de drogas. Sobre o comércio em áreas próximas das instituições de ensino, ele informou que as patrulhas escolares de cada companhia são designadas a atuar, principalmente, nos horários de entrada e saída dos estudantes. "É importante que a direção das escolas faça contato com as companhias. Orientamos que algum funcionário faça contato visual nas ruas antes de liberar os estudantes. Caso haja alguma atitude suspeita, a polícia deve ser acionada imediatamente."
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Fonte: Tribuna de Minas (MG)
terça-feira, 16 de abril de 2013
Alunos jogam lixeira em professora na Grande SP
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Reportagem do dia 23 de março de 2013
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Uma professora foi agredida por alunos de uma escola estadual de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Na segunda-feira (25), estudantes apagaram a luz da sala de aula e jogaram uma lixeira que acertou o olho da professora de sociologia e filosofia Maria de Fátima. A agressão aconteceu na Escola Estadual Zilton Bicudo. "Quando eu estava saindo, próximo da porta já, as luzes apagaram e a lixeira veio na minha direção", disse a professora. "Na hora eu senti muita dor, não consegui enxergar nada, deu um desespero."
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A Secretaria de Estado da Educação não permitiu a entrada da reportagem da TV Globo na escola. O quadro de luz que foi quebrado e desligado fica no fim de um dos corredores internos. Essa não foi a primeira vez que os alunos provocaram um apagão. Segundo o dirigente regional de ensino Celso Nicoleti, haverá punição aos envolvidos. “É inadmissível que ocorra um fato como esse dentro de uma unidade escolar. Todos os procedimentos relacionados à apuração dos fatos ocorrerão”.
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A Delegacia de Ensino abriu um procedimento disciplinar. Além disso, segundo Nicoleti, o colégio está convocando o conselho de escola, formado por professores, alunos, pais e funcionários para que tome providências. “Pode ocorrer uma suspensão ao aluno ou até mesmo uma transferência compulsória”. Para Nicoleti, é importante a participação da família junto à unidade escolar para que o caso não se repita. “A família tem o papel de acompanhar o desempenho dos alunos”.
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Para ver o vídeo: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/03/alunos-jogam-lixeira-em-professora-na-grande-sp.html
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Fonte: G1
Professores cobram direito de comer merenda dos alunos no País
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Às quartas-feiras, a professora Júlia Costa começa o dia às 6h20 para lecionar na Escola Estadual Professora Maria Amélia Guimarães, em Belo Horizonte (MG), onde também trabalha à tarde. Depois, ela segue para outra instituição, em que dá aulas à noite. Finalmente, volta para casa por volta das 23h30. Nessa rotina, a docente tenta encontrar tempo para preparar o almoço que levará para a escola durante a semana, uma vez que não é permitido que professores consumam a merenda escolar.
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"Cumpro 32 horas de aulas presenciais por semana e oito fora da sala de aula. Às vezes a jornada fica corrida, não dá tempo de parar para almoçar", conta Júlia. Ela explica, ainda, que muitos professores trabalham nos três turnos, comumente em escolas diferentes e, por perderem tempo no deslocamento de um local a outro, não conseguem reservar tempo para comer.
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Na lei nº 11.947, que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica, fala-se que a merenda é direcionada ao estudante, e o docente não é mencionado. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo programa, explica que o valor direcionado pelo governo é exclusivo para alimentação dos alunos, e que cada localidade deve fazer a gestão da alimentação dos professores e servidores dos colégios da rede pública.
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Para reverter o quadro, está em tramitação na Câmara dos Deputados um projeto de lei para assegurar o direito à alimentação escolar aos professores da rede pública de ensino básico. O PL 4427/12, do deputado Jilmar Tatto (PT-SP), altera a lei nº 11.947. Outro projeto, da deputada Sandra Rosado (PSB-RN), já previa a concessão do alimento excedente da merenda aos profissionais da educação. O PL 4427/12 foi apensado (agregado) ao 3114/12, que será analisado de forma conclusiva pelas comissões de Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania, conforme informações da Agência Câmara de Notícias.
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Professores ficam com as sobras
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A professora Júlia afirma que desde 2008 a alimentação dos docentes é uma incógnita em algumas escolas. Na época, apesar de haver a proibição de que os professores comessem a merenda dos alunos, muitas instituições faziam vistas grossas, como ainda hoje acontece. Segundo a professora, em meados do ano passado, a escola onde trabalha foi informada de que a situação não seria mais permitida, mas que os professores poderiam comer, caso sobrasse merenda após o lanche dos estudantes.
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"A questão é que, muitas vezes, não sobra. Nessas situações, nós temos que fazer uma vaquinha para almoçar", relata. Hoje prepara a comida em casa para levar para o trabalho, algo que, segundo ela, tornou-se comum entre os colegas.
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A professora Idalina Franco de Oliveira, do Conselho de Alimentação Escolar de Minas Gerais, explica que a situação não é padrão - há instituições que permitem que os professores se alimentem da mesma comida dos alunos, outras não. Ela destaca que, como ocorre na escola em que Júlia leciona, nos colégios que liberam a merenda, essa é oferecida depois que os estudantes comem.
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Idalina aponta ainda que a exigência da categoria se dá, principalmente, no sentido de que haja um investimento por parte do Estado na alimentação dos professores nas escolas. "Reivindicamos que haja uma contrapartida do governo estadual. Não queremos sequer questionar se é permitido ou não comer as sobras dos alunos", destaca.
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Em fevereiro de 2012, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais encaminhou às superintendências regionais de ensino um documento com orientações sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), para "reforçar a orientação do Ministério da Educação para a correta utilização da merenda escolar", conforme nota divulgada no site da pasta em março. A secretaria diz que a proibição de que os professores comam a merenda dos estudantes é uma orientação federal. A pasta esclarece ainda, por meio da assessoria de imprensa, que "todas as reivindicações dos professores são discutidas quando apresentadas em fórum apropriado, como em reuniões realizadas entre representantes do governo de Minas e os representantes da categoria".
.Greve
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Em fevereiro, a notícia de que não poderiam mais se alimentar da merenda dos alunos foi o estopim para que os professores de Sapucaia do Sul (RS), na região metropolitana de Porto Alegre, declarassem greve, uma vez que a categoria não ganha vale-refeição. Uma professora de uma escola da rede municipal da cidade, que não quis se identificar, explica que os docentes tinham como costume comer junto às crianças e nunca haviam sido informados da proibição até então. O hábito foi vedado após uma denúncia na Justiça. O impasse foi resolvido por meio de uma lei aprovada na Câmara Municipal que autorizou o fornecimento de alimentação a professores e servidores da educação. No decreto, consta a ressalva de que "as despesas decorrentes desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias da Secretaria Municipal de Educação".
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Christianne de Carvalho Stroppa, professora de direito administrativo da PUC-SP, explica que, em termos de regra jurídica, é correto que a merenda escolar seja direcionada ao aluno e não inclua o docente. "Contudo, o professor como servidor público tem direito a ticket de alimentação ou a receber o benefício por outro meio, e isso deve ser concedido pelo ente público, não precisa ser compreendido na legislação da merenda", esclarece, explicando que o governo deve assumir os gastos com seus funcionários.
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Fonte: Terra (on line)
Aluno acende cigarro de maconha em sala de aula
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Um adolescente acendeu um cigarro de maconha durante uma aula do quinto ano do período noturno de uma escola estadual na Zona Norte de Juiz de Fora. O fato surpreendeu a professora que, sem reação, não acionou a Polícia Militar, apesar de a instituição ter tentado adotar providências internas na semana seguinte. Nesta segunda-feira (15) a Tribuna, ao saber do ocorrido, entrou em contato com a escola para saber da direção sobre os problemas de indisciplina e violência enfrentados pelos educadores no local. A conversa, após cerca de cinco minutos, precisou ser interrompida pelo diretor: "Preciso desligar. Tem um aluno de 12 anos (6º ano) com uma barra de ferro na mão ameaçando outro." Casos como esses, que extrapolam a responsabilidade das escolas, apesar da gravidade, acabam sendo subnotificados e não aparecem nos registros policiais. Conforme os próprios professores, o receio de retaliações ou, até mesmo, a vontade de resguardar a imagem da escola e o aluno são os motivos mais prováveis para evitar a participação das autoridades policiais.
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As duas situações identificadas na escola estadual da Zona Norte, que terá o nome preservado, não são as únicas. No dia 5, por exemplo, a Tribuna noticiou o caso de um grupo de quatro adolescentes que pulou o muro de outra escola estadual, na Zona Leste, invadiu a sala de aula, ameaçou a professora e agrediu um estudante utilizando um simulacro de arma de fogo. Já na rede municipal, dados divulgados pela Secretaria de Educação mostram que a situação também é grave. Apenas entre 2009 e 2012, 645 ocorrências foram registradas pela pasta, em 101 escolas (ver quadro).
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De acordo com um diretor que terá o nome preservado, recentemente um aluno sacou uma arma de fogo dentro da sala de aula. "Como o professor vai denunciar? Ele teme contra a própria vida", disse. Para o professor da Faculdade de Comunicação da UFJF e integrante do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Wedencley Alves, o medo dos professores e funcionários em denunciar os abusos é "compreensível, já que eles irão encontrar com este possível agressor no dia seguinte. A situação deixa qualquer um temeroso".
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Conforme Alves, somente com uma ampla discussão sobre a questão será possível revertê-la. "O primeiro passo é quebrar este ciclo da cultura da violência. A sociedade quer combater a violência com mais violência. Como levar paz à escola se a cidade não tem paz? Alguma coisa tem que ser pensada já."
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Subnotificação
Muitos dos casos de violência e indisciplina no ambiente escolar não chegam ao conhecimento das autoridades competentes. Quem afirma isso são representantes das redes municipal e estadual. A presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) em Juiz de Fora, Victória Mello, afirma haver pressão política para que os conflitos na rede estadual não sejam divulgados, sendo tratados apenas no âmbito pedagógico.
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Já o secretário de Educação do município, Weverton Vilas Boas, informou que os casos de violência foram identificados pela atual administração após um mapeamento das ocorrências registradas na pasta. No entanto, ele explicou que as instituições de ensino ainda não têm a cultura de notificar os casos. "Estamos incentivando as escolas a nos informar para que possamos resguardar os profissionais. Precisamos nos aproximar cada vez mais para sermos um braço de apoio dos problemas enfrentados." Uma das ações previstas, conforme o secretário, é a realização de um seminário com os educadores para discutir os números e encontrar soluções.
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O vereador Roberto Cupolillo (Betão-PT), que também atua como coordenador do Sindicato dos Professores (Sinpro), informou que casos como esses também ocorrem na rede particular, mas não são registrados. "Às vezes, são pais de alunos que agridem fisicamente os professores."
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Vereador defende lei que prevê área de proteção
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Autor da lei municipal que institui as áreas de proteção e segurança escolar (APS Escolar), o vereador Wanderson Castelar (PT) lamenta que seu conteúdo ainda não tenha sido colocado em prática. "Ela está esquecida." Caso a lei vetada pelo Executivo estivesse em funcionamento, o Município deveria adotar uma série de medidas para prevenir a violência e assegurar a tranquilidade no ambiente escolar, criando um raio de proteção em volta das instituições, coibindo venda de produtos ilícitos e acesso de crianças e adolescentes a substância inflamável ou explosiva, assim como bebidas alcoólicas e ao fumo. "Ela precisa funcionar, principalmente porque são muitos os casos de violência que chegam ao meu conhecimento e poderiam ser evitados." O parlamentar menciona casos de tráfico de drogas, ameaças e porte de armas dentro das escolas.
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Segundo a Polícia Militar, Juiz de Fora e 85 municípios da região contam com diversos projetos que visam a coibir estes delitos. Entre eles, estão o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e o Jovens Construindo a Cidadania (JCC). Em nota, a instituição informou que "as escolas são, ainda, constantemente e especificamente policiadas por meio das Patrulhas Escolares e, ainda, em casos mais extremos, com o Grupo Especializado de Atendimento a Criança e Adolescente em Situação de Risco (Geacar), com interfaces com a Vara da Infância e Adolescência, os Conselhos Tutelares, projetos educacionais e movimentos sociais".
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Para tentar reverter este quadro, a Secretaria de Estado da Educação, por meio da assessoria de imprensa, informou que vários programas são realizados atualmente com os profissionais. Atualmente o município estaria recebendo uma equipe que visita as escolas com o objetivo de orientar professores e diretores sobre como lidar com situações que envolvam violência. Além disso, na última semana, uma equipe de 40 profissionais de escolas teriam ido a Belo Horizonte participar de um curso de capacitação sobre mediações de conflitos e promoção de cultura de paz.
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Fonte: Tribuna de Minas (JF)
sábado, 13 de abril de 2013
Assaltantes fazem cerco a universidades de BH em busca de eletrônicos
Foto de Renato Cobucci..
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Sete horas da noite da última quinta-feira (11). Enquanto quatro alunos do campus São Pedro da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), na zona Sul de Belo Horizonte, relatavam momentos de terror nas mãos de assaltantes, mais um inocente se tornava vítima de bandidos. No quarteirão de cima da instituição, a 50 metros da portaria principal, dois homens em uma moto abordavam uma moradora da região.
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“Estava atravessando a rua quando o ‘garupa’ mostrou a arma e tentou levar meu celular. Comecei a gritar e eles fugiram”, disse, bastante abalada, a dentista Sabrina Guerra, de 34 anos.
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O flagrante na rua Major Lopes escancara a onda de violência vivida por estudantes, moradores e comerciantes no entorno de faculdades públicas e particulares da capital.
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Encurralados pelas ruas apertadas, em meio aos veículos estacionados, populares são alvos fáceis de bandidos armados com revólveres, facas e porretes. As emboscadas ocorrem tanto à luz do dia quanto à noite. Os objetos roubados são celulares, notebooks, bijuterias, bolsas e dinheiro. Arrombamentos de carros também são frequentes.
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Sem queixa
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Após o trauma, o medo e o argumento de ter perdido algo de “pequeno valor” fazem a maioria das vítimas não procurar a polícia. O comportamento ajuda a explicar a estatística oficial de registros da criminalidade.
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O Hoje em Dia pediu à Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) o número de furtos e roubos nas imediações das faculdades. O órgão alegou só ter condições de informar o levantamento para um endereço preciso. Nessas condições, foram 35 boletins de ocorrência em sete instituições de BH, de janeiro a março deste ano. Quem prestou queixa, mas foi atacado no entorno da universidade, ficou de fora do balanço.
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“Não fui a uma delegacia. Preferi comunicar a faculdade”, afirma o analista de sistemas e estudante da Uemg Wilson de Oliveira, de 61 anos. Recentemente, após descer do ônibus com destino à escola, ele foi vítima de um ladrão, por volta das 19 horas.
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Comportamento
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Estudantes e moradores assaltados mudaram os hábitos após serem alvos de bandidos. Alguns deixam o carro em casa e outros evitam andar sozinhos.
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“Meu carro já foi arrombado duas vezes no Coração Eucarístico (região Noroeste). Agora, tento vir de carona ou até de ônibus. E não vou para o ponto sozinha, principalmente quando está muito tarde”, conta a estudante Carolina Silva, de 22 anos.
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Quem também evita andar sem companhia é a estudante Andréa Ferreira, de 21 anos. Ela foi assaltada na semana passada, enquanto atravessava a avenida Antônio Carlos, após sair da UFMG.
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Fonte: Hoje em Dia (MG)
Mensagem indignada
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Ah, que canseira este governo: agora colocaram o meu cargo em designação!
. Já havia dito antes aqui no blog, que não vai demorar muito para que eu me desligue da rede estadual de Minas. Mas parece que o governo quer forçar a antecipação desta minha decisão, e agora colocou o cargo que ocupo na escola em designação. Vamos entender o assunto.
. Tem quase 10 anos que estou no magistério público. Neste tempo, colhi muitas decepções na rede estadual de ensino de Minas, país, pois foi justamente o período do reinado do faraó e seu afilhado. Todos os que ingressaram na Educação após 2002, meu caso, perderam as gratificações como quinquênios e biênios. Posteriormente, também os antigos servidores foram castigados e tiveram estas gratificações abolidas. Coisa que só acontece em Minas, neste processo de destruição das carreiras dos educadores. Piso, carreira, tudo, tudo foi por água abaixo.
. Mas a gente, de teimoso que é, ia resistindo, sobrevivendo, aqui e ali. Por todas as escolas em que passei, quase sempre - mas não sempre - quase nunca fui bem visto pelas direções escolares. Quem questiona, quem discute as ordens que vêm de cima, quem mobiliza os colegas, quem participa de greves, nunca é bem visto por direções burocratizadas. As que são democráticas, até nos apoiam.
. Por isso, numa outra escola, era persona non grata para a direção. Na atual, não vou fazer juízo antecipado de valor, mas fiquei zangado quando fui informado que meu cargo havia sido colocado para designação. Por quê? Vamos procurar entender.
. Na atual escola onde trabalho, Cesec do bairro Vila Esportiva, em Vespasiano, assumi o cargo de regente orientador de Sociologia, função que ocupo há dois anos e alguns meses. Quando fui removido para esta escola, em 2010, assumi o cargo de professor de História, que é a minha área. Posteriormente, o governo determinou que apenas um professor de cada disciplina assumisse as respectivas áreas. Como a colega professora de História era mais antiga na escola, era natural que assumisse esse conteúdo. Diante desse contexto, fiquei "excedente" na escola, juntamente com outros colegas professores de outros conteúdos. Para esta situação, as antigas resoluções, até 2012, orientavam que o professor efetivo pudesse assumir conteúdos afins, caso houvesse cargos vagos na escola. Foi isso que aconteceu. Na condição de professor efetivo, portanto, habilitado e concursado, pude assumir um conteúdo afim, que poderia ser Sociologia ou Filosofia.
. Concordamos que o ideal é que os conteúdos sejam preenchidos - os cargos - por profissionais efetivos habilitados nas respectivas áreas. Mas, como, até então, não havia nenhum concursado em Sociologia e Filosofia, era natural que estes cargos pudessem ser preenchidos por profissionais habilitados em conteúdos afins lotados na escola.
. A circunstância criada pelo governo na minha escola e nas outras também, de redução do número de professores ou de turmas, impôs que eu assumisse outro conteúdo, com a devida autorização expedida pela SEE, conhecida como CAT. E nessa situação permaneci até os dias de hoje, quando fui informado que meu cargo havia sido colocado em designação.
. Minha primeira reação foi a de indignação, pela falta de respeito deste governo, da SEE-MG, da direção da escola, para com os profissionais da Educação. Sou um professor efetivo e não mereço ser tratado dessa forma. Merecia, pelo menos, que a inspetora, a diretora, antes de tramarem a minha saída da escola, que tivessem a hombridade de me procurar para discutir a minha situação funcional. Até mesmo para que procurássemos, em conjunto, alternativas que não representassem necessariamente o meu afastamento daquela escola. E por quê isso é importante.
. Porque as pessoas, os profissionais, criam vínculos com os alunos, com os colegas profissionais, com as lideranças da comunidade; as pessoas têm uma vida organizada com base em horários, em mobilidade, e qualquer alteração de local de trabalho, sem o consentimento do profissional, pode representar um grande prejuízo para todos. É um desserviço público, o contrário, portanto, de um bom serviço prestado ao público.
. Ao mesmo tempo, é muito estranho o comportamento do governo. Vejam: de um lado, ele quer me impedir de continuar lecionando matéria afim; de outro lado, ele impõe aos professores dos primeiros anos do Ensino Fundamental que assumam os conteúdos de Educação Física e Religião. Na nossa escola mesmo, em 2012, por economia porca do governo, ficamos impedidos de fazer qualquer contratação e fomos obrigados a assumir matérias afins, e às vezes nem tão afins assim. Vários colegas professores assumiram conteúdos diversos: professor de Matemática foi obrigado a lecionar conteúdo de Física; nós, de História ou Geografia, tivemos que assumir o conteúdo de Filosofia, ou Geografia, ou Sociologia; professor de Biologia teve que assumir também a disciplina de Química; e o de Português assumiu a matéria de Artes. Todos sobrecarregados, sem ganhar um vintém a mais por este trabalho extra, apenas para não deixar a escola afundar, e assistir ao abandono dos alunos daquele recinto. Passamos todo o ano fazendo este trabalho, decisão tomada coletivamente, que respeitamos.
. Agora, numa trama pelas costas, a direção da escola, sem nos consultar, sem consultar o colegiado, sem conversar com a equipe da escola, resolve colocar o meu cargo e o de uma colega de Geografia (que assumiu Filosofia) em designação. Ela diz que recebeu ordens de cima, através da inspetora. A mesma inspetora que sequer apareceu na nossa escola em horário regular de funcionamento, para conversar conosco. Diz a diretora que ela esteve lá durante o dia (nossa escola funciona com alunos e professores apenas no horário noturno), olhou os papéis, a vida funcional de cada professor, e concluiu que o meu cargo e o da colega citada deveriam ser colocados em designação. Disse que era o que determinava a nova resolução baixada em janeiro deste ano pela SEE-MG
. Ahhhhh, resolução! Este é um governo que governa através de resoluções, portarias e normas, quase sempre de acordo com as conveniências políticas. Até 2012, como eu disse, a regra em relação a este tema era uma. Em 2013, mudou, e o profissional que antes estava dentro das normas, agora está na ilegalidade, porque uma nova resolução, sem que nenhuma lei maior tenha sido alterada, determinou uma nova situação. No caso concreto, um profissional habilitado e concursado terá que deixar a escola, dando lugar a um contratado. Vejam o ridículo. Se eu não existisse na escola em que trabalho, o cargo de Sociologia (ou Filosofia) seria colocado em designação normalmente. E se por lá aparecesse apenas um candidato não habilitado, apenas com ensino médio, mas portando um CAT, assumiria normalmente este conteúdo. Mas, eu, que sou habilitado e concursado, e lotado há mais de três anos na escola, vou ter que deixá-la, em função dessa trama urdida entre sabe-se lá quem.
. Só não estou mais chateado, porque planejava sair do estado, pois já tenho outro cargo que também condiz com meu perfil, com minha área de atuação, e até com minhas pretensões salariais, que são modestas. O fato de trabalhar o dia inteiro está impondo que eu faça uma escolha, e neste caso, não será, obviamente, como professor-de-Minas, cuja carreira foi e continua sendo destruída dia após dia. Não dá pra ser feliz num cenário desse, de desrespeito ao profissional, ao ser humano. Todo mundo tem sido testemunha aqui no blog, dos inúmeros casos de injustiça, de que os educadores têm sido vítimas no estado, ou melhor, no país de Minas. Tanto em casos que atingem a todos - como o não pagamento do piso -, como em casos particulares, que atingem individualmente aos profissionais, de diversas formas.
. O governo de Minas prima em punir, perseguir e oferecer a porta de saída como quase única opção para os profissionais da Educação. Para o governo, com suas hierarquias dominadas e coniventes (salvo poucas exceções), o ideal é ter um quadro majoritário de professores designados, e outros tantos desiludidos, que tratam a Educação como bico, pois assim fica mais fácil impor políticas de cima para baixo, sem a menor preocupação em discutir democraticamente as diversas questões que dizem respeito à vida dos profissionais da Educação.
. Estou prestes a perder o meu cargo, e com isso, vou me afastar definitivamente da rede estadual. Não pense o governo que com isso vai enfraquecer a luta dos educadores. Pelo contrário. Acho que isso vai criar um ódio ainda maior por parte dos educadores conscientes, que ficarão na rede estadual, incluindo os novos concursados. E mais cedo que o governo possa imaginar, parodiando aqui o presidente e comandante chileno Salvador Allende, suicidado pelos fascistas de Pinochet a serviço de grandes empresários e banqueiros e latifundiários nacionais e estrangeiros, como dizia o saudoso presidente, portanto, no seu último discurso: "Mas saibam todos que muito mais cedo do que tarde se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor."
. Um forte abraço a todos, e força na luta! Até a nossa vitória!
. Já havia dito antes aqui no blog, que não vai demorar muito para que eu me desligue da rede estadual de Minas. Mas parece que o governo quer forçar a antecipação desta minha decisão, e agora colocou o cargo que ocupo na escola em designação. Vamos entender o assunto.
. Tem quase 10 anos que estou no magistério público. Neste tempo, colhi muitas decepções na rede estadual de ensino de Minas, país, pois foi justamente o período do reinado do faraó e seu afilhado. Todos os que ingressaram na Educação após 2002, meu caso, perderam as gratificações como quinquênios e biênios. Posteriormente, também os antigos servidores foram castigados e tiveram estas gratificações abolidas. Coisa que só acontece em Minas, neste processo de destruição das carreiras dos educadores. Piso, carreira, tudo, tudo foi por água abaixo.
. Mas a gente, de teimoso que é, ia resistindo, sobrevivendo, aqui e ali. Por todas as escolas em que passei, quase sempre - mas não sempre - quase nunca fui bem visto pelas direções escolares. Quem questiona, quem discute as ordens que vêm de cima, quem mobiliza os colegas, quem participa de greves, nunca é bem visto por direções burocratizadas. As que são democráticas, até nos apoiam.
. Por isso, numa outra escola, era persona non grata para a direção. Na atual, não vou fazer juízo antecipado de valor, mas fiquei zangado quando fui informado que meu cargo havia sido colocado para designação. Por quê? Vamos procurar entender.
. Na atual escola onde trabalho, Cesec do bairro Vila Esportiva, em Vespasiano, assumi o cargo de regente orientador de Sociologia, função que ocupo há dois anos e alguns meses. Quando fui removido para esta escola, em 2010, assumi o cargo de professor de História, que é a minha área. Posteriormente, o governo determinou que apenas um professor de cada disciplina assumisse as respectivas áreas. Como a colega professora de História era mais antiga na escola, era natural que assumisse esse conteúdo. Diante desse contexto, fiquei "excedente" na escola, juntamente com outros colegas professores de outros conteúdos. Para esta situação, as antigas resoluções, até 2012, orientavam que o professor efetivo pudesse assumir conteúdos afins, caso houvesse cargos vagos na escola. Foi isso que aconteceu. Na condição de professor efetivo, portanto, habilitado e concursado, pude assumir um conteúdo afim, que poderia ser Sociologia ou Filosofia.
. Concordamos que o ideal é que os conteúdos sejam preenchidos - os cargos - por profissionais efetivos habilitados nas respectivas áreas. Mas, como, até então, não havia nenhum concursado em Sociologia e Filosofia, era natural que estes cargos pudessem ser preenchidos por profissionais habilitados em conteúdos afins lotados na escola.
. A circunstância criada pelo governo na minha escola e nas outras também, de redução do número de professores ou de turmas, impôs que eu assumisse outro conteúdo, com a devida autorização expedida pela SEE, conhecida como CAT. E nessa situação permaneci até os dias de hoje, quando fui informado que meu cargo havia sido colocado em designação.
. Minha primeira reação foi a de indignação, pela falta de respeito deste governo, da SEE-MG, da direção da escola, para com os profissionais da Educação. Sou um professor efetivo e não mereço ser tratado dessa forma. Merecia, pelo menos, que a inspetora, a diretora, antes de tramarem a minha saída da escola, que tivessem a hombridade de me procurar para discutir a minha situação funcional. Até mesmo para que procurássemos, em conjunto, alternativas que não representassem necessariamente o meu afastamento daquela escola. E por quê isso é importante.
. Porque as pessoas, os profissionais, criam vínculos com os alunos, com os colegas profissionais, com as lideranças da comunidade; as pessoas têm uma vida organizada com base em horários, em mobilidade, e qualquer alteração de local de trabalho, sem o consentimento do profissional, pode representar um grande prejuízo para todos. É um desserviço público, o contrário, portanto, de um bom serviço prestado ao público.
. Ao mesmo tempo, é muito estranho o comportamento do governo. Vejam: de um lado, ele quer me impedir de continuar lecionando matéria afim; de outro lado, ele impõe aos professores dos primeiros anos do Ensino Fundamental que assumam os conteúdos de Educação Física e Religião. Na nossa escola mesmo, em 2012, por economia porca do governo, ficamos impedidos de fazer qualquer contratação e fomos obrigados a assumir matérias afins, e às vezes nem tão afins assim. Vários colegas professores assumiram conteúdos diversos: professor de Matemática foi obrigado a lecionar conteúdo de Física; nós, de História ou Geografia, tivemos que assumir o conteúdo de Filosofia, ou Geografia, ou Sociologia; professor de Biologia teve que assumir também a disciplina de Química; e o de Português assumiu a matéria de Artes. Todos sobrecarregados, sem ganhar um vintém a mais por este trabalho extra, apenas para não deixar a escola afundar, e assistir ao abandono dos alunos daquele recinto. Passamos todo o ano fazendo este trabalho, decisão tomada coletivamente, que respeitamos.
. Agora, numa trama pelas costas, a direção da escola, sem nos consultar, sem consultar o colegiado, sem conversar com a equipe da escola, resolve colocar o meu cargo e o de uma colega de Geografia (que assumiu Filosofia) em designação. Ela diz que recebeu ordens de cima, através da inspetora. A mesma inspetora que sequer apareceu na nossa escola em horário regular de funcionamento, para conversar conosco. Diz a diretora que ela esteve lá durante o dia (nossa escola funciona com alunos e professores apenas no horário noturno), olhou os papéis, a vida funcional de cada professor, e concluiu que o meu cargo e o da colega citada deveriam ser colocados em designação. Disse que era o que determinava a nova resolução baixada em janeiro deste ano pela SEE-MG
. Ahhhhh, resolução! Este é um governo que governa através de resoluções, portarias e normas, quase sempre de acordo com as conveniências políticas. Até 2012, como eu disse, a regra em relação a este tema era uma. Em 2013, mudou, e o profissional que antes estava dentro das normas, agora está na ilegalidade, porque uma nova resolução, sem que nenhuma lei maior tenha sido alterada, determinou uma nova situação. No caso concreto, um profissional habilitado e concursado terá que deixar a escola, dando lugar a um contratado. Vejam o ridículo. Se eu não existisse na escola em que trabalho, o cargo de Sociologia (ou Filosofia) seria colocado em designação normalmente. E se por lá aparecesse apenas um candidato não habilitado, apenas com ensino médio, mas portando um CAT, assumiria normalmente este conteúdo. Mas, eu, que sou habilitado e concursado, e lotado há mais de três anos na escola, vou ter que deixá-la, em função dessa trama urdida entre sabe-se lá quem.
. Só não estou mais chateado, porque planejava sair do estado, pois já tenho outro cargo que também condiz com meu perfil, com minha área de atuação, e até com minhas pretensões salariais, que são modestas. O fato de trabalhar o dia inteiro está impondo que eu faça uma escolha, e neste caso, não será, obviamente, como professor-de-Minas, cuja carreira foi e continua sendo destruída dia após dia. Não dá pra ser feliz num cenário desse, de desrespeito ao profissional, ao ser humano. Todo mundo tem sido testemunha aqui no blog, dos inúmeros casos de injustiça, de que os educadores têm sido vítimas no estado, ou melhor, no país de Minas. Tanto em casos que atingem a todos - como o não pagamento do piso -, como em casos particulares, que atingem individualmente aos profissionais, de diversas formas.
. O governo de Minas prima em punir, perseguir e oferecer a porta de saída como quase única opção para os profissionais da Educação. Para o governo, com suas hierarquias dominadas e coniventes (salvo poucas exceções), o ideal é ter um quadro majoritário de professores designados, e outros tantos desiludidos, que tratam a Educação como bico, pois assim fica mais fácil impor políticas de cima para baixo, sem a menor preocupação em discutir democraticamente as diversas questões que dizem respeito à vida dos profissionais da Educação.
. Estou prestes a perder o meu cargo, e com isso, vou me afastar definitivamente da rede estadual. Não pense o governo que com isso vai enfraquecer a luta dos educadores. Pelo contrário. Acho que isso vai criar um ódio ainda maior por parte dos educadores conscientes, que ficarão na rede estadual, incluindo os novos concursados. E mais cedo que o governo possa imaginar, parodiando aqui o presidente e comandante chileno Salvador Allende, suicidado pelos fascistas de Pinochet a serviço de grandes empresários e banqueiros e latifundiários nacionais e estrangeiros, como dizia o saudoso presidente, portanto, no seu último discurso: "Mas saibam todos que muito mais cedo do que tarde se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor."
. Um forte abraço a todos, e força na luta! Até a nossa vitória!
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Cartilha contra o bullying
Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais distribui 185 mil cartilhas sobre violência entre os alunos.
Da redação com assessorias Publicação:09/04/2013.
Com o objetivo de diminuir a incidência do chamado "bullying" nas escolas, ou seja, as típicas cenas de violência entre alunos, incluindo as verbais, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) distribui, no início de abril, uma cartilha sobre esse tema nas instituições privadas do Estado.
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A previsão de é de entregar 185 mil exemplares do material para as 670 escolas associadas, que vão da educação infantil à universidade. Na cartilha, o Sinep orienta diretores e equipe pedagógica das instituições particulares sobre o que é o bullying e o cyberbullying (principalmente através de redes sociais), como identificar, enfrentar o problema e lançar estratégias psicopedagógicas de educação para a paz.
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Segundo o presidente do Sinep, Emiro Barbini, a crise ou ausência de valores humanos tem conduzido o homem ao caminho da intolerância, do preconceito, do desrespeito e da violência. “A escola tem um papel fundamental na conscientização e redução dos índices de violência entre os alunos. A educação para a paz tem emergido como sentido da humanidade e da finalidade da educação”.
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Pesquisa do IBGE divulgada em 2010 apontou Belo Horizonte como a segunda capital com maior índice de bullying dentro das instituições de ensino: 35,3% dos estudantes disseram sofrer agressões dentro do ambiente escolar. As escolas que não receberem a cartilha por correio podem solicitar o material gratuitamente através do email sinepe@sinepe-mg.org.br.
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Conheça e leia a cartilha:
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Estudante é baleado por colega dentro de escola na BA
TIAGO DÉCIMO - Agência Estado
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Um estudante de 17 anos foi ferido com quatro tiros, na manhã desta
sexta-feira, por um colega, também de 17 anos, na Escola Estadual Américo Simas,
em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. Atingida no abdome, na
mão e na cabeça, a vítima passou por cirurgia, durante a tarde, no Hospital
Geral Roberto Santos, na capital. Segundo a instituição, seu quadro de saúde é
estável.
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A tentativa de homicídio ocorreu pouco depois das 7 horas, assim que a vítima
chegou à escola, onde o agressor já o aguardava. Segundo testemunhas, não houve
discussão. O atirador se aproximou da vítima, disparou e fugiu em seguida. Ele
não foi localizado pela polícia depois do crime. A escola diz desconhecer
possíveis desentendimentos prévios entre os estudantes, que foram classificados
como "bons alunos". A 23.ª Delegacia investiga o caso.
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Fonte: O Estadão
Pai vai processar professora que expôs aluna na web
JOSÉ MARIA TOMAZELA - Agência Estado
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A professora de história de uma escola particular de Atibaia, a 67 km de São Paulo, postou em sua página na rede social Facebook a prova de uma aluna de 12 anos com correções e comentários. Nas respostas erradas, grafadas com um grande "x", a professora escreveu: "Para de copiar as perguntas como se fosse resposta! Eu escrevi isso, você não vai me convencer!" Apontando respostas erradas também de outros alunos, a educadora fez comentários como "daí a professora é implicante" e "eles que me aguardem na próxima aula". O nome da aluna não foi mostrado, mas colegas da menina reconheceram sua letra. O pai, o empresário Alex Bueno, decidiu processar a professora.
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A prova da estudante com as correções e comentários da professora foi postada na quarta-feira, antes mesmo de ter sido entregue aos alunos. No dia seguinte, diante dos comentários na escola, a professora modificou a página, mas os pais já tinham tido acesso ao conteúdo. Nesta sexta-feira, 12, o empresário registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia da cidade denunciando a professora por suposta infração ao artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Bueno pretende mover uma ação judicial contra a docente. À polícia, ele disse que a filha ficou muito constrangida com uma exposição que o pai considerou desnecessária e inadequada. Segundo o empresário, os assuntos da escola devem ser resolvidos com a própria aluna ou com seus pais.
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De acordo com o empresário, ele optou por uma escola particular para a filha para que ela tivesse um estudo diferenciado. Segundo o pai, o desempenho escolar da garota está dentro do esperado e ela não havia tido, anteriormente, qualquer tipo de problema na escola. A Polícia Civil vai ouvir a professora. O artigo do ECA prevê pena de seis meses a dois anos de detenção a quem "submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou constrangimento". A docente, identificada pela Polícia Civil como Beatriz Cristina Albertini, não atendeu a reportagem.
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O autor da denúncia informou que a escola tomou providências em relação à professora determinando que se retratasse publicamente na rede social. Após tirar a publicação da página, a professora afirmou que não teve a intenção de constranger a aluna, até porque não identificou a autoria da prova. Ela disse que a publicação de "pérolas" - erros grosseiros - dos alunos é comum até mesmo em sites oficiais e servem para avaliar o nível de ensino. De acordo com a polícia, Beatriz será ouvida e só após seu depoimento será decidido se haverá abertura de inquérito.
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Fonte: O Estadão (SP)
Professores da UniverCidade decidem suspender greve iniciada em março
RIO - Professores da UniverCidade decidiram nesta
sexta-feira suspender a greve iniciada no dia 11 de março. As atividades
acadêmicas serão retomadas em sua totalidade na próxima segunda-feira, dia 15.
A categoria aceitou a proposta da Galileo Educacional, que se comprometeu a
criar uma associação de docentes, bem como manter a estabilidade dos
professores até junho de 2014. O calendário de reposição das aulas na
UniverCidade será divulgado até quarta-feira da próxima semana. Na Universidade
Gama Filho, que voltou às aulas na quarta-feira passada, o semestre letivo será
estendido até 3 de agosto.
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Fonte: O Globo (RJ)
sábado, 6 de abril de 2013
Lei obriga que crianças a partir de 4 anos sejam matriculadas na pré-escola
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O governo federal publicou nesta sexta-feira, 5, no Diário Oficial da
União, uma lei que obriga pais ou responsáveis efetuar a matrícula das
crianças na educação básica a partir dos 4 anos de idade. A versão anterior da
lei, de 1996, estabelecia essa obrigatoriedade somente a partir dos 6 anos.
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De acordo com o texto, a educação básica fica organizada em três etapas:
pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. Anteriormente, apenas os ensinos
fundamental e o médio eram obrigatórios.
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Agora, os Estados e municípios têm até 2016 para garantir a oferta a todas as
crianças a partir dessa idade.
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Pior escola de São Paulo tem brigas e falta de professores
Alunos reclamam de furtos e agressões dentro da escola. Faltam professores.
Nenhum formando do ensino fundamental tem conhecimento adequado em matemática. O cenário é da escola Professora Flávia Vizibeli Pirro, no Jabaquara (zona
sul de São Paulo), que teve a pior nota do ano passado entre as 3.500 unidades
da rede estadual do ensino médio e uma das piores no ensino fundamental.
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A avaliação foi feita pelo próprio governo do Estado.
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A Folha esteve na última sexta-feira (5) no colégio e ouviu relatos de
furto dentro da escola e agressões a alunos e a professores. A reportagem
presenciou um grupo de meninos jogando pedras nos alunos que estavam dentro da
escola. A doméstica Elisabeth Santos, 57, conta que dois de seus netos, de 12 e 13
anos, estudam no colégio e não sabem ler. "A escola é fraca mesmo."
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A unidade também é a que mais precisa de professores em sua diretoria de
ensino. A Secretaria da Educação afirma que a escola acompanha os alunos e que
professores cobrem eventuais ausências no quadro.
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MELHOR NOTA
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Com os dados divulgados nesta semana pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), foi
possível verificar o desempenho de cada escola da rede.
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O indicador utilizado é o Idesp, que vai de 0 a 10 e considera provas de
português e matemática e a proporção de alunos aprovados. Na pior escola do
médio, a nota foi 0,3. O indicador é usado como base para pagamento de bônus aos
professores. Na outra ponta da rede estadual está a escola Pedro Mascari, em Itápolis (360
km de São Paulo). Ela teve as melhores médias no 9º ano do fundamental e no
médio.
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A diretora Márcia Cândido Senchetti afirma que favorece a pequena quantidade
de alunos por sala (cerca de 15). Uma das inovações da escola levou os
estudantes à cozinha, onde aprenderam química com esfirras e frações com
brigadeiros. Apesar de elogiar a unidade, a diretora afirma que sua filha estuda em escola
privada. Assim, diz, ela pode comparar o ensino e levar à rede pública novas
experiências.
.Editoria de arte/Folhapress | ||
Fonte: Folha de São Paulo (SP) |
Adolescentes invadem escola, ameaçam professora e agridem estudante
Um grupo de quatro adolescentes pulou o muro de uma escola, no Bairro São Benedito, Zona Leste, invadiu uma sala de aula, ameaçou uma professora e agrediu um estudante com um simulacro de arma de fogo. O caso foi registrado, na tarde desta quinta-feira (04), pela Polícia Militar. Segundo o subtenente da 70ª Companhia da PM Alcinei Barreto de Souza, os militares foram acionados pela direção da Escola Estadual Lindolfo Gomes, pois havia a suspeita de que os invasores, de 12, 13, 15 e 16 anos, portavam uma arma de fogo. Três deles são alunos do colégio e estavam fora do período de aula. A entrada deles no estabelecimento causou tumulto, assustando alunos, professores e funcionários. "Dentro da sala de aula, um deles desferiu uma coronhada com o simulacro na cabeça do outro estudante", afirmou o militar, acrescentando que a vítima não necessitou de atendimento médico.
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Os adolescentes foram apreendidos e conduzidos para delegacia, em Santa Terezinha, juntos com os pais. O simulacro foi localizado pelos policiais em um matagal perto da escola, onde havia sido dispensado pelos garotos. Na tarde desta quinta, um professor da instituição de ensino esteve na sede do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindi-UTE) para relatar o que ocorreu na escola. Conforme a presidente do Sind-UTE, Victória Melo, a comunidade escolar está chocada com a ocorrência, já que alunos, professores e demais funcionários viveram momentos de pânico com a invasão do grupo.
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Fonte: Tribuna de Minas (JF)
Pais e aluna agridem professora na saída de escola
Uma professora de História foi cercada e agredida pelos pais de uma aluna de 12 anos na saída da Escola Estadual Antonio Miguel Pereira Júnior, no bairro Central Parque, zona oeste de Sorocaba (SP). A mãe, o padrasto e a própria aluna desferiram socos e pontapés na professora quando ela atravessava a rua para entrar no carro do marido, parado na frente do portão da escola.
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O marido da educadora tentou intervir e também teria sido agredido. A pancadaria só cessou após a interferência da vice-diretora e de funcionários da escola. As agressões ocorreram na terça-feira (2), mas só na quinta-feira (4) a professora fez a denúncia à Polícia Civil. Ela e o marido passaram por exames de corpo de delito.
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A possível causa da agressão teria sido uma suspensão da aluna por suposto ato de indisciplina na escola. Em versão apresentada à polícia, a mãe da aluna acusou a professora de preconceito. Segundo ela, quando foi abordada para explicar a suspensão da filha, a docente teria feito referência à cor da estudante, que é afrodescendente. A mãe alegou que ela também foi agredida pela professora e por seu marido. A Diretoria Regional de Ensino informou que a alegação de racismo só surgiu depois que as agressões contra a professora foram denunciadas à polícia. O órgão abriu sindicância para apurar as agressões e também a conduta da professora.
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A possível causa da agressão teria sido uma suspensão da aluna por suposto ato de indisciplina na escola. Em versão apresentada à polícia, a mãe da aluna acusou a professora de preconceito. Segundo ela, quando foi abordada para explicar a suspensão da filha, a docente teria feito referência à cor da estudante, que é afrodescendente. A mãe alegou que ela também foi agredida pela professora e por seu marido. A Diretoria Regional de Ensino informou que a alegação de racismo só surgiu depois que as agressões contra a professora foram denunciadas à polícia. O órgão abriu sindicância para apurar as agressões e também a conduta da professora.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Violência nas escolas é uma questão de orientação
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É cada vez mais comum nos depararmos com notícias de violência envolvendo adolescentes nas saídas das aulas, em frente das Escolas. Um fato que tem me deixado bastante preocupada é que, além de essas brigas acontecerem, na maioria dos casos envolvem meninas e as discussões geralmente são por causa de relacionamentos afetivos. O mais espantoso é saber que, muitas vezes, os pais incentivam esse comportamento; e, ainda, que existam casos nos quais as mães se envolvem diretamente na confusão, agredindo o outro estudante.
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Como exemplo, um episódio recente que tomou bastante repercussão na internet e acabou chamando a atenção da mídia. A violência aconteceu em frente de uma Escola, na Região Metropolitana de Curitiba, e a agressão teria ocorrido por causa de uma discussão sobre namorados. A violência foi tão forte que uma das meninas teve de ser levada ao hospital e teve traumatismo craniano. Esse tipo de acontecimento é um absurdo, ainda mais por envolver Alunos em frente do colégio em que estudam.
Em uma situação como essa a Escola deve, sim, ter responsabilidade e interferir para conscientizar não somente os estudantes, mas também os pais de que incentivar esse tipo de comportamento é totalmente errado. Em todos esses atos de violência que se multiplicam na internet, constatamos que dificilmente existem pessoas dispostas a apartar a agressão.
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Quando a família incentiva esse tipo de comportamento e a Escola cruza os braços diante do problema, o adolescente fica perdido, achando que aquilo que está acontecendo é natural. Imagino que tipo de cidadão teremos no futuro se ele não é repreendido em um ato como esse e também não é orientado para não fazer isso.
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Por esse motivo é muito importante destacar a relação entre pais, Alunos e a Escola, pois o vínculo entre eles pode ser um dos mediadores nessa situação. Outro ponto que pode ser reforçado no sentido de extravasar sentimentos como raiva e violência é direcionar esse excesso de energia dos adolescentes para outras atividades. Em alguns casos, notamos rapidamente a mudança de comportamento. Por exemplo, no Centro de Educação João Paulo II os jovens fazem aulas de karatê. A partir da prática desse esporte, os Alunos ficaram mais disciplinados e aprenderam valores como o respeito ao próximo, o que auxiliou no bom relacionamento entre eles.
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Porém, de nada adianta o esforço da Escola para evitar esse tipo de problema se não houver o diálogo entre pais e filhos. Os pais precisam mostrar interesse sobre o que o filho realiza na Escola, como está o relacionamento dele com outros colegas e aconselhá-lo quando ele estiver passando por alguma dificuldade. Muitos pais nem sabem que o filho está sofrendo alguma perseguição no colégio e só têm ciência do assunto quando acontece a violência. A família deve sempre estar presente na fase Escolar do estudante.
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Alexandra Lima é coordenadora pedagógica do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII).
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Fonte: Gazeta do Povo (PR)
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