Dia 16 de abril de 2013
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Por Sandra Zanella, Eduardo Valente e Marcos Araújo
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No mesmo dia em que a Tribuna mostrou a preocupação de professores e funcionários devido à escalada da violência dentro do ambiente escolar, um adolescente de 16 anos foi apreendido suspeito de realizar tráfico de drogas nas imediações da Escola Municipal Santa Cândida, em bairro homônimo, Zona Sudeste. Outros dois jovens que seriam olheiros do tráfico foram presos horas depois. O caso descoberto nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil é pelo menos o quinto com características semelhantes ocorrido na cidade este ano. Levantamento da Tribuna feito a partir de boletins de ocorrência da Polícia Militar aponta que outros quatro foram registrados este ano envolvendo comercialização de entorpecentes em áreas próximas às instituições de ensino. Em todos eles, os infratores tinham entre 15 e 19 anos.
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A ação realizada nesta terça pela 6ª Delegacia de Polícia Civil ocorreu após a equipe fazer campana no local e conseguir deter o jovem em flagrante, na Rua Jorge Raimundo, com cinco pedras de crack . Em um matagal ao lado do colégio, ainda foi encontrada uma sacola plástica com aproximadamente 80 porções do entorpecente prontas para a venda, uma pedra maior da substância e uma bucha de maconha.
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Na mesma rua, a 70ª Companhia de Polícia Militar havia apreendido, no dia 8 de abril, 13kg de maconha com dois adolescentes, sendo um deles já detido oito vezes por tráfico e outro recolhido em três ocasiões pelo mesmo crime e também por roubo. O flagrante desta terça da Polícia Civil aconteceu duas semanas depois de a própria direção da escola encaminhar ofícios à Secretaria de Educação e à Polícia Militar pedindo providências para coibir o tráfico de drogas e até disparos de armas de fogo feitos próximo ao portão da instituição. A situação tem levado medo a moradores e colocado em risco a vida de funcionários e alunos. "Muitos pais têm nos procurado cobrando atitude, pois temem a segurança de seus filhos. Hoje (dia 4), por volta das 11h, houve troca de tiros em frente à escola", informou o colégio no documento encaminhado à PM, solicitando ações para amenizar a presença de usuários e traficantes de entorpecentes nas proximidades e dar mais segurança a estudantes e professores, com reforço no policiamento, principalmente nos horários de entrada e saída dos três turnos.
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A ação realizada nesta terça pela 6ª Delegacia de Polícia Civil ocorreu após a equipe fazer campana no local e conseguir deter o jovem em flagrante, na Rua Jorge Raimundo, com cinco pedras de crack . Em um matagal ao lado do colégio, ainda foi encontrada uma sacola plástica com aproximadamente 80 porções do entorpecente prontas para a venda, uma pedra maior da substância e uma bucha de maconha.
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Na mesma rua, a 70ª Companhia de Polícia Militar havia apreendido, no dia 8 de abril, 13kg de maconha com dois adolescentes, sendo um deles já detido oito vezes por tráfico e outro recolhido em três ocasiões pelo mesmo crime e também por roubo. O flagrante desta terça da Polícia Civil aconteceu duas semanas depois de a própria direção da escola encaminhar ofícios à Secretaria de Educação e à Polícia Militar pedindo providências para coibir o tráfico de drogas e até disparos de armas de fogo feitos próximo ao portão da instituição. A situação tem levado medo a moradores e colocado em risco a vida de funcionários e alunos. "Muitos pais têm nos procurado cobrando atitude, pois temem a segurança de seus filhos. Hoje (dia 4), por volta das 11h, houve troca de tiros em frente à escola", informou o colégio no documento encaminhado à PM, solicitando ações para amenizar a presença de usuários e traficantes de entorpecentes nas proximidades e dar mais segurança a estudantes e professores, com reforço no policiamento, principalmente nos horários de entrada e saída dos três turnos.
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Área de lazer
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Conforme a direção e o corpo docente, uma das saídas para o quadro de violência que tem se instalado no entorno seria a construção de uma quadra de esportes no terreno baldio no espaço onde foi encontrada a sacola com drogas. "Pedimos uma área de lazer, porque a escola não possui quadra, e esse terreno, que é da Prefeitura, está sendo ocupado por usuários de drogas. Os tiros também não têm hora para acontecer", disse um funcionário, que preferiu não se identificar. "Já fazemos um trabalho para não perder esses alunos para o tráfico, com aulas de capoeira, dança e grafite fora dos horários de aula, para mantê-los por mais tempo no colégio. Mas estamos pedindo ajuda com ações concretas", completou. Ainda de acordo com os funcionários da Santa Cândida, a violência começou a se instalar de forma mais incisiva no ano passado e tem levado pais a quererem transferir seus filhos. Professores também estariam cogitando mudanças de local de trabalho, pois o simples fato de estacionar o carro na rua já estaria sendo arriscado, na visão deles.
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Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar confirmou ter recebido a solicitação de monitoramento na área da escola e providenciado o empenho das viaturas, nos horários solicitados de entrada e saída dos turnos da manhã, tarde e noite, com a utilização das patrulhas de Prevenção Ativa, Comunitária e unidades do Tático Móvel. A Secretaria de Educação, por meio de sua assessoria, também confirmou ter recebido o memorando e reforçado o pedido da instituição à PM. Sobre o terreno vago que poderia ser utilizado como área de lazer, a secretaria informou que não é possível a construção de uma quadra de esportes no local devido ao grande declive do terreno. Além disso, segundo a assessoria, a área não pertence à escola.
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Conforme a direção e o corpo docente, uma das saídas para o quadro de violência que tem se instalado no entorno seria a construção de uma quadra de esportes no terreno baldio no espaço onde foi encontrada a sacola com drogas. "Pedimos uma área de lazer, porque a escola não possui quadra, e esse terreno, que é da Prefeitura, está sendo ocupado por usuários de drogas. Os tiros também não têm hora para acontecer", disse um funcionário, que preferiu não se identificar. "Já fazemos um trabalho para não perder esses alunos para o tráfico, com aulas de capoeira, dança e grafite fora dos horários de aula, para mantê-los por mais tempo no colégio. Mas estamos pedindo ajuda com ações concretas", completou. Ainda de acordo com os funcionários da Santa Cândida, a violência começou a se instalar de forma mais incisiva no ano passado e tem levado pais a quererem transferir seus filhos. Professores também estariam cogitando mudanças de local de trabalho, pois o simples fato de estacionar o carro na rua já estaria sendo arriscado, na visão deles.
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Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar confirmou ter recebido a solicitação de monitoramento na área da escola e providenciado o empenho das viaturas, nos horários solicitados de entrada e saída dos turnos da manhã, tarde e noite, com a utilização das patrulhas de Prevenção Ativa, Comunitária e unidades do Tático Móvel. A Secretaria de Educação, por meio de sua assessoria, também confirmou ter recebido o memorando e reforçado o pedido da instituição à PM. Sobre o terreno vago que poderia ser utilizado como área de lazer, a secretaria informou que não é possível a construção de uma quadra de esportes no local devido ao grande declive do terreno. Além disso, segundo a assessoria, a área não pertence à escola.
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Polícia quer identificar quem está 'cooptando garotos'
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O adolescente apreendido nesta terça supostamente traficando drogas no entorno da instituição seria morador do Jóquei Clube, Zona Norte. De acordo com o delegado à frente do caso, Carlos Eduardo Rodrigues, será levantado quem estaria por trás dele fornecendo os entorpecentes para a venda. Durante a operação, dois homens, 21 e 22 anos, que estariam atuando como olheiros, para observar a chegada de policiais, e como indicadores do local para aquisição de entorpecentes também foram presos, no período da tarde, por policiais da 6ª Delegacia de Polícia Civil. Com a dupla, foram apreendidas cerca de 20g de haxixe. "Estamos unindo esforços para identificar quem está pagando e cooptando esses garotos", destacou o delegado. Segundo ele, o suspeito de ser o responsável pelas drogas seria um morador do Santa Cândida já conhecido por envolvimento com o tráfico. Carlos Eduardo lembrou que, além de responder pelo crime, o homem também poderá ser enquadrado em corrupção de menores. "Quando não conseguimos prender em flagrante, podemos solicitar à Justiça prisões preventivas e indiciar essas pessoas, conforme cada caso."
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Depois de prestar declarações na delegacia, o adolescente foi liberado para os pais e teve procedimento encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. Os dois homens presos posteriormente foram autuados por associação para o tráfico de drogas e corrupção de menores, sendo encaminhados ao Ceresp. Como prevê a Lei de Drogas, no artigo 40, as penas pela infração cometida nas dependências ou imediações de estabelecimento de ensino são aumentadas de um sexto a dois terços.
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Depois de prestar declarações na delegacia, o adolescente foi liberado para os pais e teve procedimento encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. Os dois homens presos posteriormente foram autuados por associação para o tráfico de drogas e corrupção de menores, sendo encaminhados ao Ceresp. Como prevê a Lei de Drogas, no artigo 40, as penas pela infração cometida nas dependências ou imediações de estabelecimento de ensino são aumentadas de um sexto a dois terços.
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Ação da PM
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Segundo o assessor de comunicação da 4ª Região de Polícia Militar, major Paulo Alex Moreira, a corporação realiza diversas atividades, dentro e fora das instituições, para coibir o tráfico e uso de drogas. Sobre o comércio em áreas próximas das instituições de ensino, ele informou que as patrulhas escolares de cada companhia são designadas a atuar, principalmente, nos horários de entrada e saída dos estudantes. "É importante que a direção das escolas faça contato com as companhias. Orientamos que algum funcionário faça contato visual nas ruas antes de liberar os estudantes. Caso haja alguma atitude suspeita, a polícia deve ser acionada imediatamente."
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Segundo o assessor de comunicação da 4ª Região de Polícia Militar, major Paulo Alex Moreira, a corporação realiza diversas atividades, dentro e fora das instituições, para coibir o tráfico e uso de drogas. Sobre o comércio em áreas próximas das instituições de ensino, ele informou que as patrulhas escolares de cada companhia são designadas a atuar, principalmente, nos horários de entrada e saída dos estudantes. "É importante que a direção das escolas faça contato com as companhias. Orientamos que algum funcionário faça contato visual nas ruas antes de liberar os estudantes. Caso haja alguma atitude suspeita, a polícia deve ser acionada imediatamente."
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Fonte: Tribuna de Minas (MG)
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