Alunos reclamam de furtos e agressões dentro da escola. Faltam professores.
Nenhum formando do ensino fundamental tem conhecimento adequado em matemática. O cenário é da escola Professora Flávia Vizibeli Pirro, no Jabaquara (zona
sul de São Paulo), que teve a pior nota do ano passado entre as 3.500 unidades
da rede estadual do ensino médio e uma das piores no ensino fundamental.
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A avaliação foi feita pelo próprio governo do Estado.
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A Folha esteve na última sexta-feira (5) no colégio e ouviu relatos de
furto dentro da escola e agressões a alunos e a professores. A reportagem
presenciou um grupo de meninos jogando pedras nos alunos que estavam dentro da
escola. A doméstica Elisabeth Santos, 57, conta que dois de seus netos, de 12 e 13
anos, estudam no colégio e não sabem ler. "A escola é fraca mesmo."
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A unidade também é a que mais precisa de professores em sua diretoria de
ensino. A Secretaria da Educação afirma que a escola acompanha os alunos e que
professores cobrem eventuais ausências no quadro.
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MELHOR NOTA
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Com os dados divulgados nesta semana pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), foi
possível verificar o desempenho de cada escola da rede.
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O indicador utilizado é o Idesp, que vai de 0 a 10 e considera provas de
português e matemática e a proporção de alunos aprovados. Na pior escola do
médio, a nota foi 0,3. O indicador é usado como base para pagamento de bônus aos
professores. Na outra ponta da rede estadual está a escola Pedro Mascari, em Itápolis (360
km de São Paulo). Ela teve as melhores médias no 9º ano do fundamental e no
médio.
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A diretora Márcia Cândido Senchetti afirma que favorece a pequena quantidade
de alunos por sala (cerca de 15). Uma das inovações da escola levou os
estudantes à cozinha, onde aprenderam química com esfirras e frações com
brigadeiros. Apesar de elogiar a unidade, a diretora afirma que sua filha estuda em escola
privada. Assim, diz, ela pode comparar o ensino e levar à rede pública novas
experiências.
.Editoria de arte/Folhapress | ||
Fonte: Folha de São Paulo (SP) |
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