quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Latrocínios aumentam 458% em um ano

 
Por Joana Suarez
Os casos de latrocínio - roubos seguidos de mortes - em Minas Gerais tiveram um crescimento de 458% em 2011, em relação ao ano anterior. O número de ocorrências passou de 16 para 90. No país, Minas foi o Estado que teve o maior aumento. Os dados foram divulgados ontem no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido com base em informações do Ministério da Justiça.
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Entre as 27 unidades da federação, dez tiveram aumento em suas taxas de homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Minas Gerais e Santa Catarina foram os Estados que registraram maiores crescimentos. Neste último, a taxa de assassinatos a cada 100 mil pessoas subiu 44,8%: de 8,1, para 11,7. No território mineiro, a taxa passou de 14,7 para 18,4, um aumento de 25,3%.
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Para o sociólogo Robson Sávio, especialista em segurança pública, os números refletem a desordem na política de segurança no ano passado. "Tivemos problemas com maquiagem de dados e pouco investimento em prevenção a crimes", diz. Segundo ele, dados da Seds mostram que, em 2011, os gastos com integração das polícias e prevenção à criminalidade representaram menos de 1% do orçamento, com R$ 58,6 milhões.
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DIFERENÇA. Quanto à qualidade das informações enviadas, Minas pode fornecer bons dados, mas não o faz. "O Estado tem instrumentos e tecnologia para produção de dados, mas não alimenta o sistema", destaca Thandara Santos, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Em resposta, o secretário de Defesa Social de Minas, Rômulo Ferraz, afirma que houve um equívoco do Ministério da Justiça porque todos os dados foram enviados. O Estado não teria revelado informações sobre ocorrências envolvendo policiais. "Não temos porque omitir informações. No ano passado, cinco militares morreram em combate e nenhum policial civil morreu". (Fonte O Tempo)
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