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Nove alunos do primeiro ano de uma escola estadual de Belo Horizonte correm o risco de perder o ano, já que a turma em que estão matriculados será extinta por ter menos de 25 alunos. A direção da Escola Estadual Desembargador Mário Mattos, no bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste da capital, convocou os pais para uma reunião na última sexta-feira e orientou a todos a procurarem outra escola para as crianças, de 6 e 7 anos. Inconformados, eles recorreram à Secretaria de Estado de Educação, que promete entrar hoje no caso. Durante a reunião, os pais receberam uma lista com três sugestões de colégios. As escolas estudais sugeridas pelos funcionários são a Padre Eustáquio, a Pedro Dutra e a Francisco das Chagas Souza de Albuquerque. As duas primeiras ficam no bairro Padre Eustáquio, e a terceira, no bairro Gameleira, na região Oeste da capital. Embora tenha indicado as instituições, a escola não garantiu a vaga dos alunos. Os pais reclamam de que as turmas já estão cheias e que elas ficam longe da atual escola.
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"Não posso levar meu neto para uma escola longe da minha casa e não posso pagar ensino particular. Se a turma fechar, ele vai ficar sem estudar", disse o aposentado Carlos Mota, 78. "Eles nos pediram para buscar o histórico dos nossos filhos e procurar outras três escolas para matricular as crianças, mas não estamos conseguindo vagas", contou a enfermeira Patrícia Vaz, 40.
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"Não posso levar meu neto para uma escola longe da minha casa e não posso pagar ensino particular. Se a turma fechar, ele vai ficar sem estudar", disse o aposentado Carlos Mota, 78. "Eles nos pediram para buscar o histórico dos nossos filhos e procurar outras três escolas para matricular as crianças, mas não estamos conseguindo vagas", contou a enfermeira Patrícia Vaz, 40.
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Reunião. Com o anúncio da necessidade de desligamento das crianças, os pais se reuniram e foram ontem ao colégio conversar com a diretora, identificada apenas como Rita. Eles foram também até a Superintendência Regional de Ensino Metropolitana B, responsável pela escola.
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Depois da manifestação, a assessoria da Secretaria de Estado de Educação informou que a decisão da direção de fechar a turma sem garantir vaga para as crianças foi equivocada. A assessoria disse ainda que irá impor a adoção de turmas multisseriadas, com a união das crianças do primeiro ano com as do segundo ou do terceiro ano. Nenhum representante da escola quis se manifestar. À espera de uma solução por parte do governo, os pais prometem agir. "Vamos conversar com pais que têm os filhos em outras escolas e tentar trazê-los para a Mário Mattos. Não queremos tirar nossos filhos de uma escola que é boa nem juntá-los aos mais velhos", disse a administradora Damaris Aquino, 40.
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Depois da manifestação, a assessoria da Secretaria de Estado de Educação informou que a decisão da direção de fechar a turma sem garantir vaga para as crianças foi equivocada. A assessoria disse ainda que irá impor a adoção de turmas multisseriadas, com a união das crianças do primeiro ano com as do segundo ou do terceiro ano. Nenhum representante da escola quis se manifestar. À espera de uma solução por parte do governo, os pais prometem agir. "Vamos conversar com pais que têm os filhos em outras escolas e tentar trazê-los para a Mário Mattos. Não queremos tirar nossos filhos de uma escola que é boa nem juntá-los aos mais velhos", disse a administradora Damaris Aquino, 40.
Saída - .Especialistas condenam uso de aulas unificadas
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A proposta do Estado para evitar a saída dos estudantes da Escola Estadual Desembargador Mário Gonçalves Mattos é a criação de turmas multisseriadas. Os meninos do primeiro ano, no início do processo de alfabetização, poderão então dividir o mesmo espaço e o mesmo professor com crianças do segundo e do terceiro ano, ambos em estágios avançados. A possibilidade é vista com maus olhos por especialistas.
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"Os alunos do primeiro ano estão iniciando o processo de aprendizagem. Quando são misturados com crianças de séries mais avançadas, uma parte desse processo se perde", disse o professor de pedagogia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Antônio Carlos Gama.
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A coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG), Beatriz Cerqueira, concorda. "Os estudantes já viram conteúdos diferentes e fica muito difícil para os professores conciliarem essas informações", afirmou. (NO)
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"Os alunos do primeiro ano estão iniciando o processo de aprendizagem. Quando são misturados com crianças de séries mais avançadas, uma parte desse processo se perde", disse o professor de pedagogia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Antônio Carlos Gama.
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A coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG), Beatriz Cerqueira, concorda. "Os estudantes já viram conteúdos diferentes e fica muito difícil para os professores conciliarem essas informações", afirmou. (NO)
Fonte: O Tempo (MG)
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