Com o objetivo de reduzir a violência nas unidades da rede pública, 40 escolas passam a contar com a presença de policiais nos três turnos
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Desde ontem, 40 Escolas da rede pública de ensino contam com a presença de policiais militares em tempo integral. Os PMs estarão dentro dos colégios e farão rodas internas e nos arredores nos três turnos de atividades. A iniciativa faz parte de um programa que pretende combater a violência e o tráfico de drogas nas instituições. Além do policiamento, palestras e atividades lúdicas que visam combater o bullying e a dependência química serão organizadas pela Secretaria de Educação, com o intuito de conscientizar alunos e também as comunidades que receberam o projeto. De acordo com o secretário de Segurança, Sandro Avelar, o governo tem a intenção de aplicar nas Escolas a filosofia de policiamento comunitário para aproximar alunos, professores, diretores, pais e moradores das cidades.
O lançamento do programa Muita Calma Nesta Escola ocorreu na manhã de ontem no Centro de ensino médio 4 (CED 4) do Guará, que, em abril deste ano, foi palco de uma briga entre professores, alunos e policiais (Leia memória). Segundo Avelar, a escolha foi simbólica e representa uma mudança nas políticas de segurança pública.
“As equipes vão estabelecer uma relação de confiança com a comunidade e estão preparadas para o desafio. Um policial trabalhará de manhã, outro à tarde e mais dois durante a noite”, afirmou.
O comandante do Batalhão Escolar da Polícia Militar, Eduardo Leite Souza, explicou que esse programa também vai resgatar um trabalho desenvolvido anteriormente pela corporação. Segundo Souza, o grupamento conta atualmente com 516 militares e a extensão da iniciativa está relacionada ao aumento do efetivo.
“Quando o Batalhão Escolar foi criado, em 1989, havia policiais fixos nas Escolas. Agora, vamos retomar esse trabalho. Com o aumento do número de soldados, mais Escolas serão contempladas. As outras unidades de Educação que não integram as 40 escolas escolhidas inicialmente também receberão reforço nas rondas móveis e com policiais a pé”, acrescentou. Na avaliação do governador do DF, Agnelo Queiroz, esse trabalho visa criar uma cultura de paz para garantir a segurança da comunidade Escolar.
“Os alunos, pais, diretores eprofessores querem segurança nas salas de aula para desenvolver a atividade educativa. Também pretendemos levar isso para as Escolas privadas”, pontuou.
Para o diretor do CED 4, Antônio José Rodrigues, as drogas são responsáveis por criar os principais problemas nos colégios do DF. Segundo Rodrigues, o acesso aos entorpecentes está cada vez mais fácil e as dificuldades se multiplicam quando os pais dos alunos não acreditam que os filhos são usuários de drogas.
“Com a presença da polícia vamos diminuir os casos relacionados a droga e teremos um colaborador diário no combate a qualquer ilegalidade”, comentou.
Fonte:Correio Brasileinse (DF) - Todos pela educação
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