quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Polícia rastreia autor de ameaça a estudante do blog 'Diário de Classe'

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A Polícia de Florianópolis (SC) vai pedir à Justiça autorização para ter acesso ao número de IP (Internet Protocol) do computador a partir do qual foi publicada no último sábado uma ameaça contra Isadora Faber, de 13 anos, que mantém no Facebook a página Diário de Classe — em que a estudante denuncia problemas da escola pública que frequenta. De acordo com o delegado Ricardo Guedes, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente e Mulher da capital catarinense, o inquérito sobre a investigação do caso deve ficar pronto em um prazo de até 30 dias. Caso o responsável pela mensagem seja identificado, poderá responder por crime contra a honra e ameaça.
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Segundo Isadora, o comentário publicado no sábado dizia que a estudante "está com os dias contados". O autor do texto afirmava ainda que iria "meter bala bem na testa da mãe e do pai (sic)" da adolescente e a aconselhou a ficar "de olhos bem abertos quando sair de casa e da escola".
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Diante da ameaça, no domingo, os pais de Isadora registraram um boletim de ocorrência no 8º Distrito Policial. Por envolver uma vítima com menos de 18 anos de idade, o caso foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente e Mulher.
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"Ela já recebeu muitas críticas, mas ameaça de morte foi a primeira vez", lamentou Mel Faber, mãe da estudante. Apesar do incidente, Mel diz que a filha não vai interromper as postagens. "Fico muito preocupada. Já cogitei até trocá-la de escola, mas ela insiste em continuar, afirmando que ainda tem muito o que fazer pela instituição."
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Na página "Diário de Classe" Isadora registra problemas enfrentados pela Escola Municipal Maria Tomázia. As críticas, no entanto, têm incomodado alguns professores e funcionários da instituição, além de colegas de sala da garota. Não é a primeira vez que a família de Isadora recorre à Polícia em razão da repercussão causada pelas denúncias da menina na web.
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Em novembro, a adolescente contou pela rede social que teve a casa apedrejada e que sua avó, de 65 anos, foi atingida na testa por uma das pedras. No mesmo mês, uma pessoa cuja identidade é mantida em segredo procurou o Ministério Público para denunciar que a estudante estaria correndo perigo dentro de sua própria escola. Desde então, o MP fez recomendações à instituição para proteger Isadora.
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Fonte: Veja on line.

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