quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Janine é demitido e, em dez meses, pasta da Educação terá 3º ministro

"A presidenta da República, Dilma Rousseff, esteve com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, nesta quarta-feira, 30, às 15h, no Palácio do Planalto. Ficou confirmada a saída de Janine Ribeiro do cargo. A presidenta reconheceu e agradeceu o trabalho do ministro no MEC", afirma a nota divulgada pelo ministério.
 
Em seu perfil no Facebook, o ministro informou: "Mandei publicar esta nota no Portal do MEC. O encontro foi absolutamente cordial".
 
Troca de cadeiras
Mercadante será o terceiro ministro da Educação desde janeiro deste ano – o primeiro nome escolhido para a pasta foi o do ex-governador do Ceará Cid Gomes, que deixou o posto após sessão conturbada no Congresso Nacional. O petista deixou o MEC no início de 2014 para assumir a Casa Civil e seu retorno deve motivar novas alterações no ministério.
 
Seu atual secretário-executivo, Marco Antonio de Oliveira, por exemplo, foi secretário de ciência e tecnologia para inclusão social quando Mercadante era o titular de Ciência e Tecnologia e, em seguida, foi nomeado para a secretaria de educação profissional do Ministério da Educação. Mercadante vai deixar a Casa Civil, que ficará com o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner.
 
Nesta quarta-feira (30), Wagner informou que, se fosse convidado para assumir o cargo, estaria à disposição para ajudar. Ele também afirmou que o trabalho de articulação política do governo deve continuar nas mãos do ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini.
Berzoini também deve trocar de posto e atuar no Palácio do Planalto, à frente de uma nova pasta englobando a Secretaria de Relações Institucionais, o Gabinete de Segurança Institucional e a Secretaria Geral da Presidência.
 
Gestão de Janine
A gestão de Renato Janine no Ministério da Educação foi marcada por um orçamento limitado e certo incômodo com interferências externas na pasta – mais precisamente, do novo titular da Educação, que carrega o lema do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, Pátria Educadora.
 
Professor de Ética e Filosofia Política na USP, Janine teve seu nome anunciado em meio a investigações do maior escândalo de corrupção no país, e num momento de fragilidade política da gestão petista. A necessidade de melhorar o relacionamento com a base aliada foi justamente o que motivou uma nova troca na Educação, quase seis meses após a posse de Janine.
 
"Uma semana intensa de trabalho no MEC me familiarizando com seus mil programas e sua equipe", escreveu o ministro em rede social, no início de abril, dias antes de assumir o ministério. Desde então, Janine anunciou uma forte redução no número de contratos do Fies (cerca de 57% a menos em relação a 2014), se viu diante da mais longa greve das universidades federais e divulgou dados "preocupantes" sobre a alfabetização de crianças matriculadas no 3º ano do fundamental público. "Este ano vai exigir muita paciência", afirmou ele em entrevista publicada no dia em que tomou posse na nova função.
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Fonte: O Tempo (MG)

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